(UNESP - 2016 - 1a fase)
Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização de suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o uso de sua força de trabalho nas plantations da América.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
As “plantations da América”, citadas no texto, correspondem a
um esforço de coordenação da colonização ao redor do Atlântico, com a aplicação de modelos econômicos idênticos nas colônias ibéricas da América e da costa africana.
uma estratégia de valorização, na colonização da América e na África, das atividades agrícolas baseadas em mão de obra escrava, com a consequente eliminação de toda forma de artesanato e de comércio local.
um modelo de organização da produção agrícola caracterizado pelo predomínio de grandes propriedades monocultoras, que utilizavam trabalho escravo e destinavam a maior parte de sua produção ao mercado externo.
uma forma de organização da produção agrícola, implantada nas colônias africanas a partir do sucesso da experiência de povoamento das colônias inglesas na América do Norte.
uma política de utilização sistemática de mão de obra de origem africana na pecuária, substituindo o trabalho dos indígenas, que não se adaptavam ao sedentarismo e à escravidão.