(UNESP - 2019 - 2 fase) Analise a letra da cano Mulheres de Atenas, de Chico Buarque e Augusto Boal, composta em 1976, para responder questo 01. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raa de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas no choram Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas Cadenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos, poder e fora de Atenas Quando eles embarcam, soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam sedentos Querem arrancar violentos Carcias plenas Obscenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar o carinho De outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaos Quase sempre voltam pros braos De suas pequenas Helenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas no tm gosto ou vontade Nem defeito nem qualidade Tm medo apenas No tm sonhos, s tm pressgios O seu homem, mares, naufrgios Lindas sirenas Morenas [...] (Chico Buarque, letra e msica, 1989.) a) Cite duas referncias mticas presentes na cano. b) Identifique duas caractersticas da condio da mulher na Atenas antiga, citando o trecho da cano que as menciona.
(UNESP - 2019 - 2 fase) Observe a tela Tiradentes esquartejado, de Pedro Amrico, pintada em 1893. a) Indique o momento histrico em que a tela foi pintada e cite uma dificuldade poltica, social ou econmica vivida naquele momento. b) Identifique, atravs da anlise da imagem, um elemento visual que acentue seu carter dramtico e um elemento visual que enfatize a caracterizao de Tiradentes como mrtir.
(UNESP - 2019 - 2 fase) No livro The Moral Consequences of Economic Growth, Benjamin Friedman, professor de economia poltica [da Universidade] de Harvard, parte de vasta evidncia histrica para defender que o crescimento econmico no um facilitador apenas de melhorias materiais, mas tambm da liberdade, da tolerncia, da justia e da democracia. [...] Nos anos 1930, os Estados Unidos conseguiram fortalecer os valores democrticos em meio Grande Depresso. O autor atribui essa sorte ao New Deal do presidente Roosevelt, que qualifica como uma tentativa de disseminar a oportunidade econmica o mais amplamente possvel. Considera que [...] o caminho escolhido foi deliberadamente pluralista e inclusivo, com o objetivo no somente de restaurar a prosperidade econmica, mas de criar maior igualdade de oportunidades. (Laura Carvalho. Valsa brasileira: do boom ao caos econmico, 2018.) a) Indique duas caractersticas do New Deal. b) Identifique e explique a ideia central do primeiro pargrafo do texto.
(UNESP - 2019 - 2 fase) a) Identifique e explique o que o sr. ATO cinco. b) Escolha dois dos quatro artigos do pedido de divrcio e justifique as afirmaes neles apresentadas.
(UNESP - 2019 - 1 FASE) Destinada unicamente exportao, em funo da qual se organiza e mantm a explorao, tal atividade econmica desenvolveu-se margem das necessidades prprias da sociedade brasileira. No alvorecer do sculo XIX, essa atividade econmica, que se iniciara sob to brilhantes auspcios e absorvera durante cem anos o melhor das atenes e dos esforos do pas, j tocava sua runa final. Os prenncios dessa runa j se faziam alis sentir para os observadores menos cegos pela cobia dessa longa data. De meados do sculo XVIII em diante, essa atividade econmica, contudo, no fizera mais que declinar. (Caio Prado Jnior. Formao do Brasil contemporneo, 1999. Adaptado.) A atividade econmica a que o texto se refere est presente em:
(UNESP - 2019 - 2 FASE) Texto 1 O Iluminismo no somente uso crtico da razo; tambm o compromisso de utilizar a razo e os resultados que ela pode obter nos vrios campos de pesquisa para melhorar a vida individual e social do homem. O compromisso de transformao, prprio do Iluminismo, leva concepo da histria como progresso, ou seja, como possibilidade de melhoria do ponto de vista do saber e dos modos de vida do homem. Por outro lado, na cultura contempornea, a crena no progresso foi muito abalada pela experincia das duas guerras mundiais e pelas mudanas que elas produziram no campo da histria. (Nicola Abbagnano. Dicionrio de filosofia, 2000. Adaptado.) Texto 2 H um quadro de [Paul] Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos esto escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da histria deve ter esse aspecto. Seu rosto est dirigido para o passado. Onde ns vemos uma cadeia de acontecimentos, ele v uma catstrofe nica, que acumula incansavelmente runa sobre runa e as dispersa a nossos ps. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraso e prende-se em suas asas com tanta fora que ele no pode mais fech-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de runas cresce at o cu. Essa tempestade o que chamamos progresso. (Walter Benjamin. Sobre o conceito de histria. In: Magia e tcnica, arte e poltica, 1987.) a) De acordo com o texto 1, qual a relao entre razo e progresso? Explique o papel contraditrio da cincia para a realizao do progresso na histria. b) Cite as informaes do texto 1 que justificam a concepo de Walter Benjamin sobre o progresso. Explique por que, segundo Benjamin, a histria pode ser entendida como progresso da barbrie.
(UNESP - 2019 - 1 FASE) Leia o trecho do livro A dana do universo, do fsico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder questo. Algumas pessoas tornam-se heris contra sua prpria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionrias, muitas vezes no as reconhecem como tais, ou no acreditam no seu prprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurana expondo suas ideias opinio dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opo. O mundo est cheio de poemas e teorias escondidos no poro. Coprnico , talvez, o mais famoso desses relutantes heris da histria da cincia. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias no fossem difundidas, possivelmente com medo de crticas ou perseguio religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razes erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platnico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Coprnico props que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse s ideias platnicas, ele retornou aos pitagricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocntrico de Aristarco dezoito sculos antes. Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmolgicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Coprnico era, sem dvida, um revolucionrio conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova viso csmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Coprnico decerto teria odiado a revoluo que involuntariamente causou. Entre 1510 e 1514, comps um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentrio). Embora na poca fosse relativamente fcil publicar um manuscrito, Coprnico decidiu no publicar seu texto, enviando apenas algumas cpias para uma audincia seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagrico de discrio; apenas aqueles que eram iniciados nas complicaes da matemtica aplicada astronomia tinham permisso para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posio elitista era muito peculiar, vinda de algum que fora educado durante anos dentro da tradio humanista italiana. Ser que Coprnico estava tentando sentir o clima intelectual da poca, para ter uma ideia do quo perigosas eram suas ideias? Ser que ele no acreditava muito nas suas prprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crtica? Ou ser que ele estava to imerso nos ideais pitagricos que realmente no tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razes que possam justificar a atitude de Coprnico so, at hoje, um ponto de discusso entre os especialistas. (A dana do universo, 2006. Adaptado.) O medo de Coprnico de crticas ou perseguio religiosa (2pargrafo) deve-se ao fato de suas ideias se oporem teoria
(UNESP -2019 - 1 FASE ) So uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estaturio, Scrates! [...] Ora pois! Concordais que no so inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituio; que, embora difceis, eram de algum modo possveis, mas no de outra maneira que no seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vrios, forem filsofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem imprprias de um homem livre e destitudas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a mxima importncia retido e s honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessrio dos bens a justia, qual serviro e faro prosperar, organizando assim a sua cidade? (Plato. A Repblica, 1987.) O texto, concludo na primeira metade do sculo IV a.C., caracteriza
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) Por muitssimo tempo escreveu-se a histria sem se preocupar com as mulheres. No sculo XII assim como hoje, masculino e feminino no andam um sem o outro. As damas de Gunes e as damas de Ardres tiveram todas por marido um s da guerra, senhor de uma fortaleza que seu mais remoto ancestral havia edificado. (Georges Duby. Damas do sculo XII: a lembrana das ancestrais, 1997. Adaptado.) O texto trata de relaes desenvolvidas num meio social especfico, durante a Idade Mdia ocidental. Nele,
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) Outra prtica comum aos povos mesoamericanos foi a construo de cidades. [...] As cidades mesoamericanas tambm serviam para dar identidade grupal aos seus habitantes, ou seja, as pessoas se reconheciam como pertencentes a tal cidade e no como indgena, termo que comeou a ser utilizado pelos espanhis para referir-se aos milhares de grupos que se [...] autodenominavam mexicas, cholutecas, tlaxcaltecas, dependendo da cidade que habitavam. (Eduardo Natalino dos Santos. Cidades pr-hispnicas do Mxico e da Amrica Central, 2004.) As cidades existentes na Amrica Central e no Mxico no perodo pr-colombiano
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) O dia em que o capito-mor Pedro lvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a inveno da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por ns, e por esta causa ps nome terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porm, como o demnio com o sinal da cruz perdeu todo o domnio que tinha sobre os homens, receando perder tambm o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...]. (Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.) O texto revela que
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) Analise a tela Marat assassinado, pintada por Jacques-Louis David em 1793. (In: Ernst Hans Gombrich. A histria da arte, 2015.) Essa pintura apresenta estilo
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) Um homem transporta o fio metlico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto agua a extremidade, um quinto prepara a extremidade superior para receber a cabea; para fazer a cabea so precisas duas ou trs operaes distintas; coloc-la constitui tambm uma tarefa especfica, branquear o alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da embalagem tambm uma tarefa independente. [...] Tive ocasio de ver uma pequena fbrica deste tipo, em que s estavam empregados dez homens, e onde alguns deles, consequentemente, realizavam duas ou trs operaes diferentes. Mas, apesar de serem muito pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente necessria, [...] conseguiam produzir mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Se dividirmos esse trabalho pelo nmero de trabalhadores, poderemos considerar que cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfinetes por dia; mas se trabalhassem separadamente uns dos outros, e sem terem sido educados para este ramo particular de produo, no conseguiriam produzir vinte alfinetes, nem talvez mesmo um nico alfinete por dia. (Adam Smith. Investigao sobre a natureza e as causas da riqueza das naes, 1984.) O texto, originalmente publicado em 1776, demonstra
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) particularmente no Oeste da provncia de So Paulo o Oeste de 1840, no o de 1940 que os cafezais adquirem seu carter prprio, emancipando-se das formas de explorao agrria estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clssico da lavoura canavieira e do engenho de acar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traos caractersticos, desprendendo-se mais da terra e da tradio da rotina rural. A terra de lavoura deixa ento de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte de renda [...]. (Srgio Buarque de Holanda. Razes do Brasil, 1987.) O carter prprio das fazendas de caf do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte, pelo
(UNESP - 2019 - 1 FASE ) (Lucas Claro Martinez. frica colonizada. In: Regina Claro. Olhar a frica, 2012.) O mapa representa a diviso da frica no final do sculo XIX. Essa diviso