(UNESP - 2019 - 1 FASE ) É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-se das formas de exploração agrária estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico da lavoura canavieira e do “engenho” de açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traços característicos, desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina rural. A terra de lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte de renda [...].
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1987.)
O “caráter próprio” das fazendas de café do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte, pelo
menor isolamento dessas fazendas em relação aos meios urbanos.
emprego exclusivo de mão de obra imigrante e assalariada.
desaparecimento das práticas de mandonismo local.
maior volume de produção de mantimentos nessas fazendas.
esforço de produzir prioritariamente para o mercado interno.