(UNESP - 2020 - 1 FASE) A ideia de pátria se vinculava estreitamente à de natureza e em parte extraía dela a sua justificativa. Ambas conduziam a uma literatura que compensava o atraso material e a debilidade das instituições por meio da supervalorização dos aspectos regionais, fazendo do exotismo razão de otimismo social. A partir de 1930 houve uma mudança de orientação, sobretudo na ficção regionalista, percebendo-se o que havia de mascaramento no encanto pitoresco com que antes se abordava o homem rústico. Evidenciou-se a realidade dos solos pobres, das técnicas arcaicas, da miséria pasmosa das populações, da sua incultura paralisante. A visão que resulta dessa perspectiva é pessimista quanto ao presente e problemática quanto ao futuro.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios, 1989. Adaptado.)
O excerto assinala uma reorientação nos rumos da literatura brasileira, na medida em que os escritores
deparam-se com a instituição de uma regionalização oficial pelo IBGE.
passam a mostrar os aspectos do Brasil como país subdesenvolvido.
reconhecem o estabelecimento de alianças democráticas no Brasil.
percebem a assimilação do american way of life pelo povo brasileiro.
optam pelo emprego de uma visão eurocêntrica em sua produção literária.