(UNESP - 2020 - 1 FASE) Leia o texto e observe o mapa para responder às questões.
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o
Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina,
Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria
o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas
toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados
do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima,
torna-se importante aprender bem história marítima, que é
ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita
liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia
tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação
com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso
formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América
portuguesa. [...]
Nunca os missionários entraram na briga para saber se
o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a
escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde
o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros,
ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A
escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização,
e o segundo é a dessocialização.
O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica reconhecer a importância
da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os territórios colonizados na América.
do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola no tráfico escravagista.
do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do conceito geográfico de Ocidente.
da constituição do espaço geográfico do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os continentes americano e africano.
do surgimento do tráfico de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil com a América espanhola.