(UNESP - 1ª FASE)
As transformações no tempo e no espaço são responsáveis também pela ressignificação de conceitos, de modo que a pobreza urbana de hoje não é a mesma que a de décadas atrás [...]. O imperativo das finanças permitiu a renovação dos padrões de consumo das camadas mais pobres das cidades, que experimentam, ao mesmo tempo, a precariedade em seu cotidiano. Dessa maneira, pobreza urbana é nova porque possui os conteúdos do atual período da história, e é velha porque ocorre em copresença da falta de serviços e infraestruturas básicas.
(Kauê Lopes dos Santos. Uma nova pobreza urbana: financeirização do consumo e novos espaços da periferia de São Paulo, 2017.)
O excerto identifica
a contradição no perfil da pobreza nas cidades contemporâneas e define espaço como uma acumulação desigual de temporalidades.
o aumento de consumo de bens duráveis e semiduráveis pela população pobre urbana e celebra o sucesso da política desenvolvimentista dos anos 1950.
a expansão territorial das metrópoles dos países emergentes e questiona a importância do estudo do passado para compreender os problemas do presente.
o impacto da modernização tecnológica das grandes cidades dos países subdesenvolvidos e destaca a implantação de políticas de aceleração do desenvolvimento nos anos 2000.
a paralisia do setor financeiro privado diante do aumento da pobreza na década de 2010 e indica uma tendência de investimentos nas áreas nobres das grandes cidades.