(UNESP - 2023)
Em 2017, a campanha de [Marine] Le Pen havia focado principalmente no combate à imigração e na defesa de um “Frexit”.
Agora, [...] as agendas anti-imigração, anti-União Europeia e anti-islã, bandeiras tradicionais de Le Pen, passaram a ser abordadas com um vocabulário menos explícito, em alguns casos adotando a linguagem dos defensores do Estado laico e até do feminismo. Com o choque causado pela guerra na Ucrânia, ela ainda tratou de minimizar sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin, embora seu partido, o Reagrupamento Nacional, tenha por anos cultivado laços próximos com o Kremlin. [...]
Críticos de Le Pen apontam que a forma pode ter mudado, mas o conteúdo permanece o mesmo. “Seus fundamentos não mudaram: é um programa racista que visa dividir a sociedade e é muito brutal. É um programa de saída da Europa, embora ela não o diga claramente”, afirmou [Emmanuel] Macron recentemente.
(Jean-Philip Struck. “França terá segundo turno entre Macron e Le Pen”. www.dw.com, 11.04.2022.)
Ao apresentar as discordâncias entre as duas candidaturas à presidência francesa nas eleições de 2022, o excerto associa a candidatura de
Emmanuel Macron a movimentos de oposição ao projeto de unificação europeia.
Marine Le Pen a pautas e propostas tradicionais do neofascismo francês.
Marine Le Pen à luta pela ampliação dos direitos civis e dos programas sociais.
Emmanuel Macron ao ideário católico, em função de sua crítica direta ao islamismo.
Marine Le Pen ao ideário socialista, em função de seu vínculo político com a Rússia.