(UNESP - 2024)
Não existe definição objetiva, nem muito menos neutra, daquilo que é ou não a ciência. Esta tanto pode ser uma procura metódica do saber quanto um modo de interpretar a realidade; tanto pode ser uma instituição, com seus grupos de pressão, seus preconceitos, suas recompensas oficiais, quanto uma atuação subordinada a instâncias administrativas, políticas ou ideológicas. Se perguntarmos sobre o modo de funcionamento da ciência, sobre seu papel social, sobre sua maneira de explicar os fenômenos e de compreender o ser humano no mundo, perceberemos facilmente que as condições reais em que são produzidos os conhecimentos objetivos e racionalizados estão banhadas por uma inegável atmosfera sócio-político-cultural.
(Hilton Japiassu. O mito da neutralidade científica, 1975. Adaptado.)
A consideração de Hilton Japiassu em relação à neutralidade da ciência destaca
a inexistência de método seguro.
o enviesamento do fazer científico.
a falta de recursos materiais nas pesquisas.
a submissão do saber ao senso comum.
o rompimento com o dogmatismo religioso.