(UNICAMP - 2012 - 1ª FASE) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.”
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)
No trecho apresentado, o autor:
argumenta que um corpo político existe quando os homens encontram-se associados em estado de igualdade política.
reconhece os direitos sagrados como base para os direitos políticos e sociais.
defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus direitos políticos.
denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava multidões de homens a se submeterem a um único senhor.