(UNICAMP - 2020) A origem da sociedade em rede decorre do desenvolvimento dos meios de transporte, das comunicações e da transmissão de energia, característica essencial da organização espacial da sociedade moderna – uma sociedade umbilicalmente ligada à evolução da técnica, à aceleração das interligações e da movimentação das pessoas, de objetos e de capitais sobre os territórios.
Nesse contexto, tem lugar a mudança, associada à rapidez do aumento da densidade e da escala da circulação.
(Adaptado de Ruy Moreira, Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico sobre o mundo. etc...,espaço, tempo e crítica. n. 1(3), p. 57,2007.)
No mundo contemporâneo, as redes configuram uma nova forma de organização geográfica das sociedades porque
colocam todos os lugares em conexão, garantem fluidez ao processo global de produção e homogeneízam os espaços.
anulam a importância dos territórios e fronteiras nacionais na articulação da geopolítica mundial, reconfigurando a geografia do poder.
constituem sistemas usados livremente pelas sociedades em busca de projetos emancipatórios, ampliando os conflitos e as disputas políticas.
sobrepõem-se, na escala mundo, às configurações regionais do passado, impondo um novo funcionamento reticular e hierárquico aos territórios.