(UNICAMP - 2021 - 1a Fase)
Em nosso planeta em rápida urbanização, a vida cotidiana da crescente população de urbanoides é cada vez mais sustentada por sistemas vastos e incrivelmente complexos de infraestrutura e tecnologia. Ainda que muitas vezes passem despercebidos – pelo menos quando funcionam –, esses sistemas permitem que a vida urbana moderna exista. Seus encanamentos, dutos, servidores, fios e túneis sustentam os fluxos, as conexões e os metabolismos que são intrínsecos às cidades contemporâneas.
(Adaptado de Stephen Graham, Cidades sitiadas. O novo urbanismo militar. São Paulo: Editora Boitempo, 2016, p. 345.)
Depreende-se do texto que
a vida na cidade é composta por um conjunto de individualidades autossuficientes, sem a necessidade de interconexões e solidariedades.
as cidades contemporâneas são dependentes de sistemas técnicos infraestruturais, mas cada vez menos dependentes do trabalho técnico e social.
os bastidores infraestruturais e sociais da vida urbana cotidiana, em geral ocultos, tornam-se claros e palpáveis em momentos de interrupções sistêmicas.
a dependência das infraestruturas em rede existe apenas em cidades modernas e tecnologicamente avançadas, as chamadas cidades hight-tech.