(UNICAMP - 2022 - 1ª fase - Caderno R)
A poeta e ativista palestina Rafeef Ziadah estava participando da cobertura jornalística do massacre em Gaza quando um jornalista não-palestino perguntou-lhe se as coisas não seriam melhores se os palestinos parassem de ensinar o ódio às suas crianças. Em resposta a essa pergunta, Ziadah compôs o poema “We teach life, sir”, transcrito a seguir:
Today, my body was a TV’d massacre
that had to fit into sound-bites and word limits.
And I perfected my English and I learned my UN resolutions.
But still, he asked me, Ms. Ziadah, don’t you think that everything would be resolved
if you would just stop teaching so much hatred to your children?
Pause.
I look inside of me for strength to be patient
but patience is not at the tip of my tongue as the bombs drop over Gaza.
Today, my body was a TV’d massacre made to fit into sound-bites and word limits
and move those that are desensitized to terrorist blood.
And these are not two equal sides: occupier and occupied.
And a hundred dead, two hundred dead, and a thousand dead.
And between that, war crime, and massacre,
I vent out words and smile “not exotic”, “not terrorist”.
No sound-bite will fix this. We teach life, sir.
(Adaptado de https://blissonature.wordpress.com/2011/11/17/rafeef-ziadahwe-teach-life-sir-text-transcription-lyrics-words-of-poem/. Acessado em 01/ 07/2021.)
A partir da leitura do texto, depreende-se que
a violência contra palestinos chega ao mundo reduzida a pequenas frases e a um certo limite de palavras.
os bombardeamentos em Gaza são motivados por imagens estereotipadas da população na televisão.
o ensino dos conflitos históricos em Gaza é baseado em sentimentos como o ódio e a insensibilidade.
o aprendizado de inglês e das resoluções da ONU está associado ao fim da violência na Palestina.