(ENEM-2007) Leia:
O canto do guerreiro
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
Gonçalves Dias.
Macunaíma
(Epílogo)
Acabou-se a história e morreu a vitória.
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos
tão pançudos. Quem podia saber do Herói?
Mário de Andrade.
Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que
a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.
a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.
há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.
função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de informações reais.
a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.