(ENEM - 2014) O texto introduz uma reportagem a respeito do futuro da televiso, destacando que as tecnologias a ela incorporadas sero responsveis por:
(ENEM - 2014) Quando Deus redimiu da tirania Da mo do Fara endurecido O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Pscoa ficou da redeno o dia. Pscoa de flores, dia de alegria quele povo foi to afligido O dia, em que por Deus foi redimido; Ergo sois vs, Senhor, Deus da Bahia. Pois mandado pela Alta Majestade Nos remiu de to triste cativeiro, Nos livrou de to vil calamidade. Quem pode ser seno um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade o Fara do povo brasileiro. (DAMASCENO, D.Melhores poemas: Gregrio de Matos. So Paulo: 2006) Com umaelaborao delinguagem e uma visodemundoqueapresentamprincpios barrocos, o soneto deGregrio de Matos apresentatemtica expressapor
(ENEM - 2014) O Brasil sertanejo Que tipo de msica simboliza o Brasil? Eis uma questo discutida h muito tempo, que desperta opinies extremadas. H fundamentalistas que desejam impor ao pblico um tipo de som nascido das razes socioculturais do pas. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que no tem estilo. Sonham com o imprio da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e cultiva apenas a msica internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto. A realidade dos hbitos musicais do brasileiro agora est claro, nada tem a ver com esses esteretipos. O gnero que encanta mais da metade do pas o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gneros em ascenso, sobretudo entre as classes C, D e E, so o funk e o religioso, em especial o gospel.Rock e msica eletrnica so msicas de minoria. o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinio Pblica e Estatstica (Ibope). A pesquisa Tribos musicais - o comportamento dos ouvintes de rdio sob uma nov tica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma m notcia: os dois gneros foram superados em popularidade. O Brasil moderno no tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se eternizasse. A cara musical do pas agora outra. GIRON, L. A. poca, n. 805, out. 2013 (fragmento) O texto objetiva convencer o leitor de que a configuraoda preferncia musical dos brasileiros no mais a mesma da dos anos 1970. A estratgia de argumentao para comprovar essa posio baseia-se no(a)
(ENEM - 2014) Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse texto publicitrio:
(ENEM - 2014) Linotipos O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se de um tipo de mquina de composio de tipos de chumbo, inventada em 1884 em Baltimore, nos Estados Unidos, pelo alemo Ottmar Mergenthaler. O invento foi de grande importncia por ter significado um novo e fundamental avano na histria das artes grficas. A linotipia provocou, na verdade, uma revoluo porque venceu a lentido da composio dos textos executada na tipografia tradicional, em que o texto era composto mo, juntando tipos mveis um por um. Constitua-se, assim, no principal meio de composio tipogrfica at 1950. A linotipo, a partir do sculo XIX, passou a produzir impressos a baixo custo, o que levou informao s massas, democratizou a informao. Promoveu uma revoluo na educao. Antes da linotipo, os jornais e revistas eram escassos, com poucas pginas e caros. Os livros didticos eram tambm caros, pouco acessveis. Disponvel em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado) O texto apresenta um histrico da linotipo, uma mquina tipogrfica inventada no sculo XIX e responsvel pela dinamizao da imprensa. Em termos sociais, a contribuio da linotipo teve impacto direto na
(ENEM - 2014) Cordel resiste tecnologia grfica O Cariri mantm uma das mais ricas tradies da cultura popular. a literatura de cordel, que atravessa os sculos sem ser destruda pela avalanche de modernidade que invade o serto lrico e telrico. Na contramo do progresso, que informatizou a indstria grfica, a Lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas mquinas para impresso dos seus cordis. A chapa para impresso do cordel feita mo, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confeco de uma pgina. Em seguida, a chapa levada para a impressora, tambm manual, para imprimir. A manuteno desse sistema antigo de impresso faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa a confeco da xilogravura para a capa do cordel. As xilogravuras so ilustraes populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordestina at hoje ignorada. Acredita-se que os missionrios portugueses tenham ensinado sua tcnica aos ndios, como uma atividade extra-catequese, partindo do princpio religioso que defende a necessidade de ocupar as mos para que a mente no fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clich, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais impressos em rotoplanas. VICELMO, A. Disponvel em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado). A estratgia grfica constituda pela unio entre as tcnicas da impresso manual e da confeco da xilogravura na produo de folhetos de cordel
(ENEM - 2014) Em bom portugus No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. No somente pela gria que a gente apanhada (alis, j no se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo a gente). A prpria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do lxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha ateno para os que falam assim: - Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! No sabero dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E iro ao banho de mar em vez de ir praia, vestido de roupa de banho em vez de biquni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Compraro um automvel em vez de comprar um carro, pegaro um defluxo em vez de um resfriado, vo andar no passeio em vez de passear na calada. Viajaro de trem de ferro e apresentaro sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). A lngua varia no tempo, no espao e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa caracterstica da lngua, evidenciando que:
(ENEM - 2014) Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amonaco, Monstro de escurido e rutilncia, Sofro, desde a epignesis da infncia, A influncia m dos signos do zodaco. Profundssimamente hipocondraco, Este ambiente me causa repugnncia Sobe-me boca uma nsia anloga nsia Que se escapa da boca de um cardaco. J o verme este operrio das runas Que o sangue podre das carnificinas Come, e vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para ro-los, E h de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgnica da terra! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transio designada como pr-modernista. Com relao potica e abordagem temtica presentes no soneto, identificam-se marcas dessa literatura de transio, como
(ENEM - 2014) O negcio Grande sorriso do canino de ouro, o velho Ablio prope s donas que se abastecem de po e banana: Como o negcio? De cada trs d certo com uma. Ela sorri, no responde ou uma promessa a recusa: Deus me livre, no! Hoje no... Ablio interpelou a velha: Como o negcio? Ela concordou e, o que foi melhor, a filha tambm aceitou o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele se chegou: Como o negcio Ela sorriu, olhinho baixo. Ablio espreitou o cometa partir. Manh cedinho saltou a cerca. Sinal combinado, duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o quintal, cuidadosa para no acordar os filhos. Ele trazia a capa de viagem, estendida na grama orvalhada. O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu imitar a proeza. No crepsculo, pum-pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em viagem, mas no era dia do Ablio. Desconfiada, a moa surgiu janela e o vizinho repetiu: Como o negcio? Diante da recusa, ele ameaou: Ento voc quer o velho e no quer o moo? Olhe que eu conto! TREVISAN, D. Mistrios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento) Quanto abordagem do tema e aos recursos expressivos, essa crnica tem um carter:
(ENEM - 2014) A ltima edio deste peridico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informao agora passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal que liga o municpio de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questo, a reportagem encontrou mais uma forma errada de destinao do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residncias e, em vez de um destino correto, procuram dispens-lo em outras regies. Uma situao no mnimo incmoda. Se voc sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por que no o fazer no local ideal? muita falta de educao achar que aquilo que no correto para sua regio possa ser para outra. Areciclagem do lixo domstico um passo inteligente e de conscincia. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prtica o errado. Um perigo! Disponvel em: http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado). Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notcia veiculada no jornal. Tal diferena traz tona uma das funes sociais desse gnero textual, que
(ENEM - 2014) O objeto escultrico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o incio de uma vertente importante na arte contempornea, que amplia as funes da arte. Tendo como referncia a obra Bicho de bolso, identifica-se essa vertente pelo(a):
(ENEM - 2014) Por onde houve colonizao portuguesa, a msica popular se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental. Podemos ver cavaquinho e violo atuarem juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonsia, ou em Goa. O carter nostlgico, sentimental, outro ponto comum da msica das colnias portuguesas em todo o mundo. O kronjong, a msica tpica de Jacarta, uma espcie de lundu mais lento, tocado comumente com flauta, cavaquinho e violo. Em Goa no muito diferente. De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da msica popular desenvolvida nos pases colonizados por Portugal compartilha um instrumental, destacando-se o cavaquinho e o violo. No Brasil, so exemplos de msica popular que empregam esses mesmos instrumentos:
(ENEM - 2014) Vida obscura Ningum sentiu o teu espasmo obscuro, ser humilde entre os humildes seres, embriagado, tonto de prazeres, o mundo para ti foi negro e duro. Atravessaste no silncio escuro a vida presa a trgicos deveres e chegaste ao saber de altos saberes tornando-te mais simples e mais puro. Ningum te viu o sentimento inquieto, magoado, oculto e aterrador, secreto, que o corao te apunhalou no mundo, Mas eu que sempre te segui os passos sei que cruz infernal prendeu-te os braos e o teu suspiro como foi profundo! SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961. Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Sousa transps para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepo traduz-se em
(ENEM - 2014) A Histria, mais ou menos Negcio seguinte. Trs reis magrinhos ouviram um pl de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por l. Os profetas, que no eram de dar cascata, j tinham dicado o troo: em Belm, da Judeia, vai nascer o Salvador, e t falado. Os trs magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belm, como mandava o catlogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalm. Pra qu! Chegaram l de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde est o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos ador-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligo, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele que era o dono da praa. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem o empresrio? Tem baixo eltrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa. VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crnicas. So Paulo: tica, 1994. Na crnica de Verssimo, a estratgia para gerar o efeito de humor decorre do(a)
(ENEM - 2014) FABIANA, arrepiando-se de raiva Hum! Ora, eis a est para que se casou com meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. isto constantemente. No sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa...J posso, no posso! (Batendo com o p).Um dia arrebento, e ento veremos! PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012 As rubricas em itlico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuao teatral, constituem