(ENEM - 2014) Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse texto publicitrio:
(Enem 2014) Antes de o sol começar a esquentar as terras da faixa ao sul do Saara conhecida como Sahel, duas dezenas de mulheres da aldeia de Widou, no norte do Senegal, regam a horta cujas frutas e verduras alimentam a população local. É um pequeno terreno que, visto do céu, forma uma mancha verde – um dos primeiros pedaços da “Grande Muralha Verde”, barreira vegetal que se estenderá por 7000 km do Senegal ao Djibuti, e é parte de um plano conjunto de vinte países africanos. GIORGI, J. Muralha verde. Folha de S. Paulo. 20 maio 2013 (adaptado). O projeto ambiental descrito proporciona a seguinte consequência regional imediata:
(ENEM 2014)O condomnio de um edifcio permite que cada proprietrio de apartamento construa um armrio em sua vaga de garagem. O projeto da garagem, na escala 1 : 100, foi disponibilizado aos interessados j com as especificaes das dimenses do armrio, que deveria ter o formato de um paraleleppedo retngulo reto, com dimenses, no projeto, iguais a 3 cm, 1 cm e 2 cm. O volume real do armrio, em centmetros cbicos, ser
(ENEM 2014) Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB) Art. 1 - Fica fundada nesta cidade de So Paulo, para se irradiar por todo o Brasil, a Frente Negra Brasileira, unio poltica e social da Gente Negra Nacional, para a afirmao dos direitos histricos da mesma, em virtude da sua atividade material e moral no passado e para reivindicao de seus direitos sociais e polticos, atuais, na Comunho Brasileira. Dirio Oficial do Estado de So Paulo, 4 nov. 1931 Quando foi fechada pela ditadura do Estado Novo, em 1937, a FNB caracterizava-se como uma organizao
(ENEM - 2014)Uma pessoa possui um espao retangular de lados 11,5 m e 14 m no quintal de sua casa e pretende fazer um pomar domstico de mas. Ao pesquisar sobre o plantio dessa fruta, descobriu que as mudas de ma devem ser plantadas em covas com uma nica muda e com espaamento mnimo de 3 metros entre elas e entre elas e as laterais do terreno. Ela sabe que conseguir plantar um nmero maior de mudas em seu pomar se dispuser as covas em filas alinhadas paralelamente ao lado de maior extenso. O nmero mximo de mudas que essa pessoa poder plantar no espao disponvel :
(ENEM - 2014) Linotipos O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se de um tipo de mquina de composio de tipos de chumbo, inventada em 1884 em Baltimore, nos Estados Unidos, pelo alemo Ottmar Mergenthaler. O invento foi de grande importncia por ter significado um novo e fundamental avano na histria das artes grficas. A linotipia provocou, na verdade, uma revoluo porque venceu a lentido da composio dos textos executada na tipografia tradicional, em que o texto era composto mo, juntando tipos mveis um por um. Constitua-se, assim, no principal meio de composio tipogrfica at 1950. A linotipo, a partir do sculo XIX, passou a produzir impressos a baixo custo, o que levou informao s massas, democratizou a informao. Promoveu uma revoluo na educao. Antes da linotipo, os jornais e revistas eram escassos, com poucas pginas e caros. Os livros didticos eram tambm caros, pouco acessveis. Disponvel em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado) O texto apresenta um histrico da linotipo, uma mquina tipogrfica inventada no sculo XIX e responsvel pela dinamizao da imprensa. Em termos sociais, a contribuio da linotipo teve impacto direto na
(ENEM 2014)Uma loja que vende sapatos recebeu diversas reclamaes de seus clientes relacionadas venda de sapatos de cor branca ou preta. Os donos da loja anotaram as numeraes dos sapatos com defeito e fizeram um estudo estatstico com o intuito de reclamar com o fabricante. A tabela contm a mdia, a mediana e a moda desses dados anotados pelos donos. Para quantificar os sapatos pela cor, os donos representaram a cor branca pelo nmero 0 e a cor preta pelo nmero 1. Sabe-se que a mdia da distribuio desses zeros e uns igual a 0,45. Os donos da loja decidiram que a numerao dos sapatos com maior nmero de reclamaes e a cor com maior nmero de reclamaes no sero mais vendidas. A loja encaminhou um ofcio ao fornecedor dos sapatos, explicando que no sero mais encomendados os sapatos de cor.
(ENEM - 2014) Cordel resiste tecnologia grfica O Cariri mantm uma das mais ricas tradies da cultura popular. a literatura de cordel, que atravessa os sculos sem ser destruda pela avalanche de modernidade que invade o serto lrico e telrico. Na contramo do progresso, que informatizou a indstria grfica, a Lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas mquinas para impresso dos seus cordis. A chapa para impresso do cordel feita mo, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confeco de uma pgina. Em seguida, a chapa levada para a impressora, tambm manual, para imprimir. A manuteno desse sistema antigo de impresso faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa a confeco da xilogravura para a capa do cordel. As xilogravuras so ilustraes populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordestina at hoje ignorada. Acredita-se que os missionrios portugueses tenham ensinado sua tcnica aos ndios, como uma atividade extra-catequese, partindo do princpio religioso que defende a necessidade de ocupar as mos para que a mente no fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clich, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais impressos em rotoplanas. VICELMO, A. Disponvel em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado). A estratgia grfica constituda pela unio entre as tcnicas da impresso manual e da confeco da xilogravura na produo de folhetos de cordel
(Enem 2014) No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados. RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado). Uma consequência geográfica do processo socioespacial descrito no texto é a
(Enem 2014) Para analisar o desempenho de um método diagnóstico, realizam-se estudos em populações contendo pacientes sadios e doentes. Quatro situações distintas podem acontecer nesse contexto de teste: 1. Paciente TEM a doença e o resultado do teste é POSITIVO. 2. Paciente TEM a doença e o resultado do teste é NEGATIVO. 3. Paciente NÃO TEM a doença e o resultado do teste é POSITIVO. 4. Paciente NÃO TEM a doença e o resultado do teste é NEGATIVO. Um índice de desempenho para avaliação de um teste diagnóstico é a sensibilidade, definida como a probabilidade de o resultado do teste ser POSITIVO se o paciente estiver com a doença. O quadro refere-se a um teste diagnóstico para a doença A, aplicado em uma amostra composta por duzentos indivíduos. Resultado do Teste Doença A Presente Ausente Positivo 95 15 Negativo 5 85 BENSEÑOR, I. M.; LOTUFO, P. A. Epidemiologia: abordagem prática. São Paulo: Sarvier, 2011 (adaptado). Conforme o quadro do teste proposto, a sensibilidade dele é de
(ENEM - 2014) Em bom portugus No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. No somente pela gria que a gente apanhada (alis, j no se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo a gente). A prpria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do lxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha ateno para os que falam assim: - Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! No sabero dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E iro ao banho de mar em vez de ir praia, vestido de roupa de banho em vez de biquni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Compraro um automvel em vez de comprar um carro, pegaro um defluxo em vez de um resfriado, vo andar no passeio em vez de passear na calada. Viajaro de trem de ferro e apresentaro sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). A lngua varia no tempo, no espao e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa caracterstica da lngua, evidenciando que:
(ENEM - 2014) Alguns dos desejos so naturais e necessrios; outros, naturais e no necessrios; outros, nem naturais nem necessrios, mas nascidos de v opinio. Os desejos que no nos trazem dor se no satisfeitos no so necessrios, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando difcil obter sua satisfao ou parecem geradores de dano. EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974. No fragmento da obra filosfica de Epicuro, o homem tem como fim
(ENEM - 2014) Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amonaco, Monstro de escurido e rutilncia, Sofro, desde a epignesis da infncia, A influncia m dos signos do zodaco. Profundssimamente hipocondraco, Este ambiente me causa repugnncia Sobe-me boca uma nsia anloga nsia Que se escapa da boca de um cardaco. J o verme este operrio das runas Que o sangue podre das carnificinas Come, e vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para ro-los, E h de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgnica da terra! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transio designada como pr-modernista. Com relao potica e abordagem temtica presentes no soneto, identificam-se marcas dessa literatura de transio, como
(Enem 2014) O acesso entre os dois andares de uma casa feito atravs de uma escada circular (escada caracol), representada na figura. Os cinco pontos A, B, C, D, E sobre o corrimo esto igualmente espaados, e os pontos P, A e E esto em uma mesma reta. Nessa escada, uma pessoa caminha deslizando a mo sobre o corrimo do ponto A at o ponto D. A figura que melhor representa a projeo ortogonal, sobre o piso da casa (plano), do caminho percorrido pela mo dessa pessoa :
(ENEM - 2014) O negcio Grande sorriso do canino de ouro, o velho Ablio prope s donas que se abastecem de po e banana: Como o negcio? De cada trs d certo com uma. Ela sorri, no responde ou uma promessa a recusa: Deus me livre, no! Hoje no... Ablio interpelou a velha: Como o negcio? Ela concordou e, o que foi melhor, a filha tambm aceitou o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele se chegou: Como o negcio Ela sorriu, olhinho baixo. Ablio espreitou o cometa partir. Manh cedinho saltou a cerca. Sinal combinado, duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o quintal, cuidadosa para no acordar os filhos. Ele trazia a capa de viagem, estendida na grama orvalhada. O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu imitar a proeza. No crepsculo, pum-pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em viagem, mas no era dia do Ablio. Desconfiada, a moa surgiu janela e o vizinho repetiu: Como o negcio? Diante da recusa, ele ameaou: Ento voc quer o velho e no quer o moo? Olhe que eu conto! TREVISAN, D. Mistrios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento) Quanto abordagem do tema e aos recursos expressivos, essa crnica tem um carter: