(ENEM - 2016) A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma ameaa, ou esta se associou quela de forma indissolvel. Ela vai alm da constatao da ameaa fsica. Concebida para a felicidade humana, a submisso da natureza, na sobremedida de seusucesso, que agora se estende prpria natureza do homem, conduziu ao maior desafio j posto ao ser humano pela sua prpria ao. O novo continente da prxis coletiva que adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para a teoria tica, uma terra de ningum. JONAS. H. O princpio da responsabilidade. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado). As implicaes ticas da articulao apresentada no texto impulsionam a necessidade de construo de um novo padro de comportamento, cujo objetivo consiste em garantir o(a)
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) Texto I At aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixes o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviat, tirando essa comparao dos dois ltimos versculos do captulo 41 de J, onde Deus, aps ter estabelecido o grande poder do Leviat, lhe chamou Rei dos Soberbos. No h nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar. HOBBES, T. O Leviat. So Paulo: Martins Fontes, 2003. Texto II Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil a soluo adequada para as inconvenincias do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juzes em causa prpria, pois fcil imaginar que um homem to injusto a ponto de lesar o irmo dificilmente ser justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa. LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Petrpolis: Vozes, 1994. Thomas Hobbes e John Locke, importantes tericos contratualistas, discutiram aspectos ligados natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)
(ENEM - 2016) Esses chopes dourados [...] quando a gerao de meu pai batia na minha a minha achava que era normal que a gerao de cima s podia educar a de baixo batendo quando a minha gerao batia na de vocs ainda no sabia que estava errado mas a gerao de vocs j sabia e cresceu odiando a gerao de cima a chegou esta hora em que todas as geraes j sabem de tudo e pssimo ter pertencido gerao do meio tendo errado quando apanhou da de cima e errado quando bateu na de baixo e sabendo que apesar de amaldioados ramos todos inocentes. WANDERLEY, J. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do sculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento). Ao expressar uma percepo de atitudes e valores situados na passagem do tempo, o eu lrico manifesta uma angstia sintetizada na
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) A forma de organizao interna da indstria citada gera a seguinte consequncia para a mo de obra nela inserida:
(ENEM 2016) TEXTO I TEXTO II Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiis os ensinamentos que julgava corretos e que deviam ser imitados por escravos que, em geral, traziam outras crenas de suas terras de origem, muito diferentes das que preconizavam a f catlica. OLIVEIRA, A. J. Negra devoo. Revista de Histria da Biblioteca Nacional,n. 20, maio 2007 (adaptado). Posteriormente ressignificados no interior de certas irmandades e no contato com outra matriz religiosa, o cone e a prtica mencionada no texto estiveram desde o sculo XVII relacionados a um esforo da Igreja Catlica para
(ENEM - 2016) Antiode Poesia, no ser esse o sentido em que ainda te escrevo: flor! (Te escrevo: flor! No uma flor, nem aquela flor-virtude em disfarados urinis). Flor a palavra flor; verso inscrito no verso, como as manhs no tempo. Flor o salto da ave para o voo: o salto fora do sono quando seu tecido se rompe; uma exploso posta a funcionar, como uma mquina, uma jarra de flores. MELO NETO, J. C. Psicologia da composio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997 (fragmento). A poesia marcada pela recriao do objeto por meio da linguagem, sem necessariamente explic-lo. Nesse fragmento de Joo Cabral de Melo Neto, poeta da gerao de 1945, o sujeito lrico prope a recriao potica de
(ENEM 2016)Um petroleiro possui reservatório em formato de um paralelepípedo retangular com as dimensões dadas por 60 m x 10 m de base e 10 m de altura. Com o objetivo de minimizar o impacto ambiental de um eventual vazamento, esse reservatório é subdividido em três compartimentos, A, B e C, de mesmo volume, por duas placas de aço retangulares com dimensões de 7 m de altura e 10 m de base, de modo que os compartimentos são interligados, conforme a figura. Assim, caso haja rompimento no cascodo reservatório, apenas uma parte de sua carga vazará. Suponha que ocorra um desastre quando o petroleiro se encontra com sua carga máxima: ele sofre um acidente que ocasiona um furo no fundo do compartimento C. Para fins de cálculo, considere desprezíveis asespessuras das placas divisórias. Após o fim do vazamento, o volume de petróleo derramado terá sido de:
(ENEM - 2016) A vegetao apresenta adaptaes ao ambiente, como plantas arbreas e arbustivas com razes que se expandem horizontalmente, permitindo forte ancoragem no substrato lamacento; razes que se expandem verticalmente, por causa da baixa oxigenao do substrato; folhas que tm glndulas para eliminar o excesso de sais; folhas que podem apresentar cutcula espessa para reduzir a perda de gua por evaporao. As caractersticas descritas referem-se a plantas adaptadas ao bioma:
(ENEM - 2016) Uma pessoa responsvel pela manuteno de uma sauna mida. Todos os dias cumpre o mesmo ritual: colhe folhas de capim-cidreira e algumas folhas de eucalipto. Em seguida, coloca as folhas na sada do vapor da sauna, aromatizando-a, conforme representado na figura. Qual processo de separao responsvel pela aromatizao promovida?
(ENEM - 2016)O cultivo de uma flor rara s vivel se do ms do plantio para o ms subsequente o clima da regio possuir as seguintes peculiaridades: a variao do nvel de chuvas (pluviosidade), nesses meses, no for superior a 50 mm; a temperatura mnima, nesses meses, for superior a 15 C; ocorrer, nesse perodo, um leve aumento no superior a 5 C na temperatura mxima. Um floricultor pretendendo investir no plantio dessa flor em sua regio, fez uma consulta a um meteorologista que lhe apresentou o grfico com as condies previstas para os 12 meses seguintes nessa regio. Com base nas informaes do grfico, o floricultor verificou que poderia plantar essa flor rara. O ms escolhido para o plantio foi:
(ENEM - 2016) Qual a segurana do sangue? Para que o sangue esteja disponvel para aqueles que necessitam, os indivduos saudveis devem criar o hbito de doar sangue e encorajar amigos e familiares saudveis a praticarem o mesmo ato. A prtica de selecionar criteriosamente os doadores, bem como as rgidas normas aplicadas para testar, transportar, estocar e transfundir o sangue doado fizeram dele um produto muito mais seguro do que j foi anteriormente. Apenas pessoas saudveis e que no sejam de risco para adquirir doenas infecciosas transmissveis pelo sangue, como hepatites B e C, HIV, sfilis e Chagas, podem doar sangue. Se voc acha que sua sade ou comportamento pode colocar em risco a vida de quem for receber seu sangue, ou tem a real inteno de apenas realizar o teste para o vrus HIV, NO DOE SANGUE. Cumpre destacar que apesar de o sangue doado ser testado para as doenas transmissveisconhecidas no momento, existe um perodo chamado de janela imunolgica em que um doador contaminado por um determinado vrus pode transmitir a doena atravs do seu sangue. DA SUA HONESTIDADE DEPENDE A VIDA DE QUEM VAI RECEBER SEU SANGUE Disponvel em: www.prosangue.sp.gov.br.Acesso em: 24 abr. 2015 (adaptado). Nessa campanha, as informaes apresentadas tm como objetivo principal
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) Relacionando as informaes do mapa com o processo de ocupao brasileiro, as reas de maior precariedade esto associadas
(ENEM - 2016) Em 1935, o governo brasileiro comeou a negar vistos a judeus. Posteriormente, durante o Estado Novo, uma circular secreta proibiu a concesso de vistos a pessoas de origem semita, inclusive turistas e negociantes, o que causou uma queda de 75% da imigrao judaica ao longo daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposies da lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no pas durante a guerra e as ameaas de deportao em massa nunca foram concretizadas, apesar da extradio de alguns indivduos por sua militncia poltica. GRIMBERG, K. Nova lngua interior: 500 anos de histria dos judeus no Brasil. In: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 (adaptado). Uma razo para a adoo da poltica de imigrao mencionada no texto foi o(a)
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) Aquarela do Brasil Brasil! Meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que d Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim! Ah! Abre a cortina do passado Tira a me preta do Cerrado Bota o rei congo no congado Brasil! Pra mim! Deixa cantar de novo o trovador A merencria luz da lua Toda cano do meu amor Quero ver a s dona caminhando Pelos sales arrastando O seu vestido rendado Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim! ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento). Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composio de Ary Barroso um exemplo tpico de
(ENEM - 2016) TEXTO I Entrevistadora eu vou conversar aqui com a professora A. D. ... o portugus ento no uma lngua difcil? Professora olha se voc parte do princpio... que a lngua portuguesa no s regras gramaticais... no se voc se apaixona pela lngua que voc... j domina que voc j fala ao chegar na escola se o teu professor cativa voc a ler obras da literatura... obras da/ dos meios de comunicao... se voc tem acesso a revistas... ... a livros didticos... a... livros de literatura o mais formal o e/ o difcil porque a escola transforma como eu j disse as aulasde lngua portuguesa em anlises gramaticais. TEXTO II Entrevistadora Vou conversar com a professora A. D. O portugus uma lngua difcil? Professora No, se voc parte do princpio que a lngua portuguesa no s regras gramaticais. Ao chegar escola, o aluno j domina e fala a lngua. Se o professor motiv-lo a ler obras literrias, e se tem acesso a revistas, a livros didticos, voc se apaixona pela lngua. O que torna difcil que a escola transforma as aulas de lngua portuguesa em anlises gramaticais. MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualizao. So Paulo: Cortez, 2001 (adaptado). O Texto I a transcrio de uma entrevista concedida por uma professora de portugus a um programa de rdio. O Texto II a adaptao dessa entrevista para a modalidade escrita.Em comum, esses textos