(ENEM - 2018 - PROVA AMARELA)
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto — e raro — de crítica e público.
Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24 jun. 2014
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é um(a)
reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do texto.
resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desconhecida.
sinopse, pois sintetiza as informações relevantes de uma obra de modo impessoal.
instrução, pois ensina algo por meio de explicações sobre uma obra específica.
resenha, pois apresenta uma produção intelectual de forma critica.