(EsPCEx - 2006)
O estudo da distribuição da população economicamente ativa de um país é de fundamental importância, uma vez que fornece parâmetros para a avaliação de sua economia e de suas transformações no decorrer do tempo, servindo, inclusive, para fins de planejamento econômico e social.
Considerando a estrutura ocupacional no Brasil, segundo os setores de atividade econômica, podemos afirmar que:
a grande concentração populacional no setor terciário da economia resulta, entre outros fatores, da difusão de novas tecnologias no setor secundário, as quais liberam mão-de-obra e contribuem para a diversificação do setor de serviços.
a presença de elevado contingente populacional no setor terciário da economia, tal qual ocorre nos países desenvolvidos, evidencia uma conjuntura socioeconômica semelhante à desses países.
devido à superpopulação relativa no campo, condicionada a fatores como a estrutura fundiária e a queda de produtividade agrícola, verifica-se, hoje, a repetição do que ocorreu nas décadas de 1960 e 1970: intenso êxodo rural e o conseqüente “inchaço” do setor terciário.
a multiplicação de atividades agrícolas intensivas em capital e mão-de-obra e as significativas mudanças na estrutura fundiária, a partir da década de 90, têm contribuído para significativo incremento populacional no campo e para o conseqüente aumento percentual de população no setor primário da economia.
o significativo aumento percentual de trabalhadores no setor secundário da economia, entre as décadas de 1980 e 1990, deve-se, em grande parte, ao avanço do processo da industrialização brasileira e da abertura comercial realizada neste período.