(FGV - 2012) Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali. Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, era filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa (...).
Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV:África do século XII ao XVI.
No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois
encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo.
reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente.
percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas ritualísticas.