(FGV - 2015) Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa (engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes participantes ultramontanos da luta antimoura na Península.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Peregrinos, monges e guerreiros.
Feudo-clericalismo e religiosidade em Castela Medieval. São Paulo: Hucitec, 1990, p. 161.
Sobre a Reconquista Ibérica, é correto afirmar que se trata de
um conjunto de guerras e conquistas territoriais cujas motivações foram semelhantes àquelas que estimularam a ação dos cristãos durante as Cruzadas.
um movimento dirigido pelos comerciantes castelhanos, interessados em se apropriar das riquezas e rotas mercantis do mundo islâmico.
um movimento sem vinculação às crenças religiosas e devocionais cristãs e estimuladas pelo avanço científico precoce da Península Ibérica.
uma incursão de cavaleiros a serviço da monarquia francesa com o intuito de anexar a Península Ibérica e reestruturar o antigo Império Carolíngio.
um movimento essencialmente religioso que visava a combater o fanatismo muçulmano e estabelecer monarquias cristãs que respeitassem a liberdade religiosa na Península Ibérica.