(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.
ESCREVO-LHE ESTA CARTA...
Um ano depois, programa de alfabetização no Acre
apresenta resultados acima da média e, como
prova final, bilhetes comoventes
Repleto de adultos recém-alfabetizados, o Teatro
Plácido de Castro, na capital do Acre, Rio Branco, quase
veio abaixo com a leitura do bilhete escrito pela dona de
casa Sebastiana Costa para o marido: “Manoel, eu fui
para aula. Se quiser comida esquente. Foi eu que
escrevi.” Atordoada com os aplausos, a franzina
Sebastiana desceu do palco com a cabeça baixa e os
ombros encurvados.
Casada há trinta anos e mãe de oito filhos, ela só
descontraiu um pouco quando a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, comentou que o bilhete não
precisava ser interpretado como um desaforo, embora
passasse um sentimento de libertação. Alfabetizada
apenas aos dezessete anos, a ministra Marina conhece
como poucos o drama daqueles que não são capazes
de decifrar o letreiro de um ônibus ou de rabiscar uma
simples mensagem.
(Revista ISTOÉ)
O bilhete escrito por Sebastiana Costa tem linguagem simples, mas nem por isso o que dizem suas palavras deixa de conotar um significado mais profundo,
apontado pelo redator do texto, num comentário pessoal, em tom opinativo.
indicado no comentário feito pela ministra do Meio Ambiente.
esclarecido tão logo irrompem os intensos aplausos do público.
evidenciado pela expressão corporal de Sebastiana, ao descer do palco.
relacionado ao fato de o público ser composto por adultos recém-alfabetizados.