(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Auto da barca do inferno, são representados os judeus, marginalizados na sociedade portuguesa medieval.
Memórias de um sargento de milícias, são figuradas Luisinha e as crias da casa de D. Maria.
Dom Casmurro, são figurados os escravos da casa de D. Glória.
A cidade e as serras, são representados os camponeses de Tormes
Vidas secas, são figurados Fabiano, sinha Vitória e os meninos