(FUVEST - 2011) Se o Ocidente procurava, atravs de suas invases sucessivas, conter o impulso do Isl, o resultado foi exatamente o inverso. Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos rabes. So Paulo: Brasiliense, p.241, 2007. Um exemplo do resultado inverso das Cruzadas foi a
(FUVEST - 2011) Quando a expanso comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do sculo XV, rapidamente o mundo conheceu um fenmeno at ento indito: populaes que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimenses dramticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriolgicos estranhos, do qual resultou a mundializao de doenas e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivduos no possuam anticorpos para enfrentar tais doenas. Isso ocorreu, primeiro, entre as populaes:
(FUVEST - 2011) Quando os Holandeses passaram ofensiva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independncia contra a Espanha, no fim do sculo XVI, foi contra as possesses coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais persistentes se dirigiram. Uma vez que as possesses ibricas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subsequente foi travada em quatro continentes e em sete mares e esta luta seiscentista merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holands foram em muito menor escala, mas a populao mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial. Charles Boxer, O imprio martimo portugus, 1415-1825. Lisboa: Edies 70, s.d., p.115. Podem-se citar, como episdios centrais dessa luta seiscentista, a
(FUVEST - 2011) assim extremamente simples a estrutura social da colnia no primeiro sculo e meio de colonizao. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os proprietrios rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da populao espria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres. Da simplicidade da infraestrutura econmica a terra, nica fora produtiva, absorvida pela grande explorao agrcola deriva a da estrutura social: a reduzida classe de proprietrios e a grande massa, explorada e oprimida. H naturalmente no seio desta massa gradaes, que assinalamos. Mas, elas no so contudo bastante profundas para se caracterizarem em situaes radicalmente distintas. Caio Prado Jr., Evoluo poltica do Brasil. 20 ed. So Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942]. Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial,
(FUVEST - 2011) Fonte: Francisco Jos de Goya y lucientes,3 de maio [de 1808] em Madri A cena retratada no quadro acima simboliza a
(FUVEST - 2011) Foi precisamente a diviso da economia mundial em mltiplas jurisdies polticas, competindo entre si pelo capital circulante, que deu aos agentes capitalistas as maiores oportunidades de continuar a expandir o valor de seu capital, nos perodos de estagnao material generalizada da economia mundial. Giovanni Arrighi, O longo sculo XX. Dinheiro, poder e as origens do nosso tempo. Rio de Janeiro/So Paulo: Contraponto/Edunesp, p.237, 1996. Conforme o texto, uma das caractersticas mais marcantes da histria da formao e desenvolvimento do sistema capitalista a
(FUVEST - 2011 - 1 fase) No entra a policia! No deixa entrar! Aguenta! Aguenta! No entra! No entra! repercutiu a multido em coro. E todo o cortio ferveu que nem uma panela ao fogo. Aguenta! Aguenta! Aluisio Azevedo, O cortio. 1890, parte X. O fragmento acima mostra a resistncia dos moradores de um cortio entrada de policiais no local. O romance de Aluisio Azevedo
(FUVEST - 2011)frica vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros. Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila Hernandez,A frica na sala de aula. So Paulo: Selo Negro, p.11, 2005. A frase acima se justifica porque
(FUVEST - 2011) A burca no um smbolo religioso, um smbolo da subjugao, da subjugao das mulheres. Quero dizer solenemente que no ser bem-recebida em nosso territrio. Nicolas Sarkozy, presidente da Frana, 22/6/2009, Estado.com.br, 22/6/2009.http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,burcas-naotem-lugar-na-franca-diz-sarkozy,391152,0.htm Acessado em 10/6/2010. Deputados que integram a Comisso Parlamentar encarregada de analisar o uso da burca na Frana propuseram a proibio de todos os tipos de vus islmicos integrais nos servios pblicos. () A resoluo prev a proibio do uso de tais vestimentas nos servios pblicos hospitais, transportes, escolas pblicas e outras instalaes do governo. Folha Online, 26/1/2010.http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u684757.shtml. Acessado em 10/6/2010. Com base nos textos acima e em seus conhecimentos, assinale a afirmao correta sobre o assunto.
(FUVEST 2011 - 2 fase) O processo de formao de cidades brasileiras esteve associado, entre outras situaes, existncia de aldeamento indgena, estao de sade, arraial de minerao, capela, forte, assentamento de imigrantes, rota de tropeiros ou, ainda, construo de cidades planejadas. Com base no mapa e em seus conhecimentos: a) Preencha, no quadro presente na folha de respostas, a legenda correta para o mapa acima. b) Identifique e explique duas razes para a construo de Braslia, capital do pas, que uma cidade planejada.
(FUVEST 2011 - 2 fase) a) Correlacione as informaes contidas nos mapas acima. b) Identifique e explique dois fatores responsveis por mudanas no padro espacial de distribuio da populao brasileira, ocorridas entre 1991 e 2000.
(FUVEST 2011 - 2 fase)Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de mltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificao visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viva ou um grupo de moas voltando do trabalho, pressupe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operrias, tambm o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conhecimento especfico da cidade. Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no sculo XIX: o espetculo da pobreza. So Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado. O texto mostra como o forte crescimento territorial e demogrfico de algumas cidades europeias, no sculo XIX, redefiniu formas de convivncia e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem at hoje. a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no sculo XIX. b) Indique e analise uma caracterstica, dentre as mencionadas no texto, que se faa presente em grandes cidades atuais.
(FUVEST 2011 - 2 fase)Desde a Antiguidade at a poca helnica, e durante a Idade Mdia (em algumas culturas, at hoje) se conferiu aos terremotos, como a todos os fenmenos cuja causa se desconhecia, uma explicao mstica. Os filsofos da antiga Grcia foram os primeiros a aventar causas naturais dos terremotos; no entanto, durante o perodo medieval, explicaes desse tipo foram formalmente proibidas por serem consideradas herticas, e a nica causa aceita na Europa era a da clera divina. Somente em princpios do sculo XVII que se voltou a especular acerca das causas naturais de tais fenmenos. Alejandro Nava, Terremotos. 4 ed. Mxico: FCE, 2003, p.24-25. Traduzido e adaptado. O texto menciona mudanas, da Antiguidade at o incio do sculo XVII, na explicao dos fenmenos naturais. Hoje em dia, tambm preciso considerar que as consequncias dos terremotos no dependem s de sua magnitude, mas tambm do grau de desenvolvimento social do local onde ocorrem, como foi possvel notar nos terremotos de 2010 no Haiti. a) Identifique e explique as mudanas que, no contexto intelectual do sculo XVII, contriburam para que os terremotos e outros fenmenos naturais deixassem de ser vistos apenas como fenmenos msticos. b) No caso do Haiti, a pobreza do pas ampliou o efeito devastador do fenmeno natural. Explique, historicamente, essa pobreza e seu impacto no agravamento das consequncias dos terremotos.
(FUVEST - 2011) O olho o senhor da astronomia, autor da cosmografia, conselheiro ecorretor de todas as artes humanas (...). o prncipe das matemticas; suas disciplinas sointimamente certas; determinou as altitudes e dimenses das estrelas; descobriu os elementos e seus nveis; permitiu o anncio de acontecimentos futuros, graas ao curso dos astros; engendrou a arquitetura, a perspectiva, a divina pintura (...). O engenho humano lhe deve a descoberta do fogo, que oferece ao olhar o que as trevas haviam roubado. Leonardo da Vinci, Tratado da pintura. Considere as afirmaes abaixo: I. O excerto de Leonardo da Vinci um exemplo do humanismo renascentista que valoriza o racionalismo como instrumento de investigao dos fenmenos naturais e a aplicao da perspectiva em suas representaes pictricas. II. Num olho humano com viso perfeita, o cristalino focaliza exatamente sobre a retina um feixe de luz vindo de um objeto. Quando o cristalino est em sua forma mais alongada, possvel focalizar o feixe de luz vindo de um objeto distante. Quando o cristalino encontra-se em sua forma mais arredondada, possvel a focalizao de objetos cada vez mais prximos do olho, at uma distncia mnima. III. Um dos problemas de viso humana a miopia. No olho mope, a imagem de um objeto distante forma-se depois da retina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se uma lente divergente. Est correto o que se afirma em
(FUVEST - 2010 - 2 fase - Questo 1) Na passagem da poca romana para a poca medieval, houve no s rupturas, mas tambm continuidades. Caracterize essas continuidades no campo da a) religio. b) lngua