(FUVEST - 2017) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um dio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patro, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas s vezes se arreliava. No havia pacincia que suportasse tanta coisa. -Um dia um homem faz besteira e se desgraa. Graciliano Ramos, Vidas secas. Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem conscincia de Fabiano, apresentada no texto como ainda contida e genrica, encontrar foco e uma expresso coletiva militante e organizada, em poca posterior publicao de Vidas secas, no movimento
(FUVEST - 2017) Esta imagem integra o manuscrito de uma das mais notveis obras da cultura medieval. A alternativa que melhor caracteriza o documento :
(FUVEST - 2017)Em relao tica e justia na vida poltica da Grcia Clssica, correto afirmar:
(FUVEST - 2017)Em uma significativa passagem da tragdia Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal declara: Ouso tudo o que prprio de um homem; quem ousa fazer mais do que isso no o . De acordo com muitos intrpretes, essa postura revela, com extraordinria clareza, toda a audcia da experincia renascentista. Com relao cultura humanista, correto afirmar que
(FUVEST - 2017) Os ensaios sediciosos do final do sculo XVIII anunciam a eroso de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobra-se nas reas perifricas do sistema atlntico pois essa a posio da Amrica portuguesa , apontando para a emergncia de novas alternativas de ordenamento da vida social. Istvn Jancs, A Seduo da Liberdade. In: Fernando Novais,Histria da Vida Privada no Brasil, v.1.So Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado. A respeito das rebelies contra o poder colonial portugus na Amrica, no perodo mencionado no texto, correto afirmar que,
(FUVEST - 2017) Encontram-se assinaladas no mapa, sobre as fronteiras dos pases atuais, as rotas eurasianas de comrcio a longa distncia que, no incio da Idade Moderna, cruzavam o Imprio Otomano, demarcado pelo quadro. A respeito dessas rotas, das regies que elas atravessavam e das relaes de poder que elas envolviam, correto afirmar que
(FUVEST - 2017) No Brasil, do mesmo modo que em muitos outros pases latinoamericanos, as dcadas de 1870 e 1880 foram um perodo de reforma e de compromisso com as mudanas. De maneira geral, podemos dizer que tal movimento foi uma reao s novas realidades econmicas e sociais resultantes do desenvolvimento capitalista no s como fenmeno mundial mas tambm em suas manifestaes especificamente brasileiras. Emlia Viotti da Costa, Brasil: a era da reforma, 18701889. In: Leslie Bethell, Histria da Amrica Latina, v.5. So Paulo: Edusp, 2002. Adaptado. A respeito das mudanas ocorridas na ltima dcada do Imprio do Brasil, cabe destacar a reforma
(FUVEST - 2017) Mas o pecado maior contra a Civilizao e o Progresso, contra o Bom Senso e o Bom Gosto e at os Bons Costumes, que estaria sendo cometido pelo grupo de regionalistas a quem se deve a ideia ou a organizao deste Congresso, estaria em procurar reanimar no s a arte arcaica dos quitutes finos e caros em que se esmeraram, nas velhas casas patriarcais, algumas senhoras das mais ilustres famlias da regio, e que est sendo esquecida pelos doces dos confeiteiros franceses e italianos, como a arte popular como a do barro, a do cesto, a da palha de Ouricuri, a de piaava, a dos cachimbos e dos santos de pau, a das esteiras, a dos ex-votos, a das redes, a das rendas e bicos, a dos brinquedos de meninos feitos de sabugo de milho, de canudo de mamo, de lata de doce de goiaba, de quenga de coco, de cabaa - que , no Nordeste, o preparado do doce, do bolo, do quitute de tabuleiro, feito por mos negras e pardas com uma percia que iguala, e s vezes excede, a das sinhs brancas. Gilberto Freyre. Manifesto regionalista (7 ed.). Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 1996. De acordo com o texto de Gilberto Freyre, o Manifesto regionalista, publicado em 1926,
(FUVEST - 2017) No nos esqueamos de que este um tempo de abertura. Vivemos sob o signo da anistia que esquecimento, ou devia ser. Tempo que pede conteno e pacincia. Sofremos todo mpeto agressivo. Adocemos os gestos. O tempo de perdo. (...) Esqueamos tudo isto, mas cuidado! No nos esqueamos de enfrentar, agora, a tarefa em que fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. No nos esqueamos de organizar a defesa das instituies democrticas contra novos golpistas militares e civis para que em tempo algum do futuro ningum tenha outra vez de enfrentar e sofrer, e depois esquecer os conspiradores, os torturadores, os censores e todos os culpados e coniventes que beberam nosso sangue e pedem nosso esquecimento. Darcy Ribeiro. Rquiem, Ensaios inslitos. Porto Alegre: LPM, 1979. O texto remete anistia e reflexo sobre os impasses da abertura poltica no Brasil, no perodo final do regime militar, implantado com o golpe de 1964. Com base nessas referncias, escolha a alternativa correta.
(FUVEST 2017) Um elemento essencial para a evoluo da dieta humana foi a transio para a agricultura como o modo primordial de subsistncia. A Revoluo Neoltica estreitou dramaticamente o nicho alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos disponveis; com a virada para a agricultura intensiva, houve um claro declnio na nutrio humana. Por sua vez, a industrializao recente do sistema alimentar mundial resultou em uma outra transio nutricional, na qual as naes em desenvolvimento esto experimentando, simultaneamente, subnutrio e obesidade. George J. Armelagos, Brain Evolution, the Determinates of Food Choice, and the Omnivores Dilemma, Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2014. Adaptado. A respeito dos resultados das transformaes nos sistemas alimentares descritas pelo autor, correto afirmar:
(FUVEST - 2017 - 2 fase) Cano do exlio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi; As aves que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida, Nossa vida mais amores. [...] No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabi. Gonalves Dias, Primeiros cantos Canto do regresso ptria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui No cantam como os de l Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra [...] No permita Deus que eu morra Sem que volte pra So Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de So Paulo. Oswald de Andrade, PauBrasil a) Considerando que os poemas foram escritos, respectivamente, em 1843 e 1924, caracterize seus contextos histricos sob os pontos de vista poltico e social. b) Comparando os dois poemas, indique uma diferena esttica e uma diferena ideolgica entre ambos.
(FUVEST - 2016- 2 FASE) a) Utilize a coluna Perodos e outras duas sua escolha, e elabore um grfico representando, de modo aproximado e simultneo, os dados da tabela. b) Relacione os nmeros apresentados nas duas colunas escolhidas com outros aspectos da economia colonial do Brasil do sculo XVIII.
(FUVEST - 2016- 2 FASE) O papel da imprensa, como agente histrico, foi decisivo para a Independncia do Brasil na medida em que significou e ampliou espaos de liberdade de expresso e de debate poltico, que formaram e interferiram no quadro da separao de Portugal e de incio da edificao da ordem nacional. A palavra impressa no prprio territrio do Brasil era ento uma novidade que circulava e ajudava a delinear identidades culturais e polticas e constituiu-se em significativo mecanismo de interferncia, com suas singularidades e interligada a outras dimenses daquela sociedade que aliava permanncias e mutaes. Marco Morel, Independncia no papel: a imprensa peridica. I. Jancs (org.). Independncia: histria e historiografia. Adaptado. a) Explique por que a imprensa pode ser considerada uma novidade no Brasil poca da Independncia. b) O texto se refere a outras dimenses daquela sociedade que aliava permanncias e mutaes. D dois exemplos dessas dimenses, relacionando as com o incio da edificao da ordem nacional no Brasil da poca da Independncia.
(FUVEST - 2016- 2aFASE) Como proteo contra a fantasia e a demncia financeiras, a memria muito melhor do que a lei. Quando a lembrana do desastre de 1929 se perdeu no esquecimento, a lei e a regulao no foram suficientes. A histria extremamente til para proteger as pessoas da avareza dos outros e delas mesmas. John Kenneth Galbraith, O grande crash, 1929. a) Indique duas das caractersticas principais do que o autor chama de desastre de 1929. b) Identifique algum fenmeno posterior, comparvel ao desastre de 1929, estabelecendo semelhanas e diferenas entre ambos.
(FUVEST - 2016- 2aFASE) Com base nessas imagens, a) identifique as situaes histricas especficas s quais elas se referem; b) descreva dois elementos internos a cada uma que permitam estabelecer uma relao entre elas.