(ITA - 2010 - 1 FASE) Na obra Quaderna (1960), Joo Cabral de Melo Neto incluiu um conjunto de textos, intitulado Poemas da cabra, cujo tema o papel desse animal no universo social e cultural nordestino. Um desses poemas reproduzido abaixo: Um ncleo de cabra visvel por debaixo de muitas coisas. Com a natureza da cabra Outras aprendem sua crosta. Um ncleo de cabra visvel em certos atributos roucos que tm as coisas obrigadas a fazer de seu corpo couro. A fazer de seu couro sola. a armar-se em couraas, escamas: como se d com certas coisas e muitas condies humanas. Os jumentos so animais que muito aprenderam da cabra. O nordestino, convivendo-a, fez-se de suamesma casta. Acerca desse poema, NO se pode afirmar que:
(ITA - 2010 - 1 FASE) No romance A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector, o narrador faz muitas observaes acerca de Macaba, tais como: I. H os que tm. E h os que no tm. muito simples: a moa no tinha. No tinha o qu? apenas isso mesmo: no tinha. II. Ela no pensava em Deus. Deus no pensava nela. III. Vejo a nordestina se olhando no espelho e um ruflar de tambor no espelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto ns nos intertrocamos. IV. [...] ela era um acaso. [...] Pensando bem: quem no um acaso na vida? Tais frases nos permitem dizer que Macaba provoca no narrador
(ITA - 2010 - 1 FASE) O poema abaixo faz parte da obra Livro sobre nada (1996), de Manoel de Barros: A cincia pode classificar e nomear os rgos de um sabi mas no pode medir seus encantos A cincia no pode calcular quantos cavalos de fora existem nos encantos de um sabi Quem acumula muita informao perde o condo de adivinhar: divinare. Os sabis divinam. certo dizer que estamos diante de um poema
(ITA - 2010 - 1 FASE) Acerca de Paulo Honrio, narrador protagonista do romance So Bernardo (1934), de Graciliano Ramos, INCORRETO dizer que:
(ITA - 2010 - 1 FASE) No ltimo livro que publicou em vida, Teia (1996), a escritora Orides Fontela escreveu o poema abaixo. Joo I De barro o operrio e a casa (de barro o nome e a obra) II O pssaro-operrio madruga: construir a casa construir o canto ganhar construir o dia III O pssaro faz o seu trabalho e o trabalho faz o pssaro IV O duro impuro labor: construir-se. V O canto anterior ao pssaro a casa anterior ao barro O nome anterior vida. Podemos afirmar que: I. nem a parte I nem a II indicam que o pssaro joo-de-barro pode ser visto como metfora de um determinado tipo social. II. apenas a parte III sugere que o trabalho feito pelo joo-de-barro aproxima-se daquele feito por um operrio. III. o poema, em seu todo, aproxima metaforicamente o joo-de-barro de um trabalhador brasileiro (um Joo, como o ttulo indica). IV. como no caso do pssaro, tambm para o operrio vale a idia de que o homem faz o trabalho e o trabalho faz o homem. Esto corretas apenas as afirmaes: