(ITA - 2011 - 1ª FASE)
O poema abaixo, “Gioconda (Da Vinci)”, de Carlos Drummond de Andrade, refere-se a uma célebre tela renascentista:
O ardiloso sorriso
alonga-se em silêncio
para contemporâneos e pósteros
ansiosos, em vão, por decifrá-lo.
Não há decifração. Há o sorriso.
(Em: Farewell. Rio de Janeiro: Record, 1996)
NÃO se pode afirmar que o poema
faz uso de metalinguagem num sentido amplo, pois é uma obra de arte que fala de outra.
procura se inserir no debate que a tela Gioconda provoca desde a Renascença.
mostra que são inúmeros os significados do sorriso da Gioconda.
garante não haver razão alguma para a polêmica, como diz o último verso.
ilustra a polissemia de obras de arte, inclusive do próprio poema.