(ITA - 2015 - 1ª FASE)
O poema abaixo, de João Cabral de Melo Neto, integra o livro A escola das facas
A voz do canavial
Voz sem saliva da cigarra,
do papel seco que se amassa,
de quando se dobra o jornal:
assim canta o canavial,
ao vento que por suas folhas,
de navalha a navalha, soa,
vento que o dia e a noite toda
o folheia, e nele se esfola.
Sobre o poema, é INCORRETO afirmar que a descrição
compara o som das folhas do canavial com o da cigarra.
põe em relevo a rusticidade da plantação de cana de açúcar.
destaca o som do vento que passa pela plantação.
associa o som do canavial com o amassar das folhas de papel.
faz do vento a navalha que corta o canavial.