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Questões de Português - PUC 2013 | Gabarito e resoluções

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Questão
2013Português

(Pucrs 2013) Compare o poema de Camões e o poema Encarnação, leia as afirmativas que seguem e preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso. Poema 1 Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, que, como o acidente em seu sujeito, assim coa alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matéria simples busca a forma. Poema 2 Carnais, sejam carnais tantos desejos, carnais, sejam carnais tantos anseios, palpitações e frêmitos e enleios, das harpas da emoção tantos arpejos... Sonhos, que vão, por trêmulos adejos, à noite, ao luar, intumescer os seios láteos, de finos e azulados veios de virgindade, de pudor, de pejos... Sejam carnais todos os sonhos brumos de estranhos, vagos, estrelados rumos onde as Visões do amor dormem geladas... Sonhos, palpitações, desejos e ânsias formem, com claridades e fragrâncias, a encarnação das lívidas Amadas! ( ) Os dois poemas falam mais sobre o sentimento do amor do que sobre o objeto amado. ( ) No poema de Camões, o amor figura-se no campo das ideias. ( ) Quanto à forma, os dois poemas são sonetos. ( ) O título Encarnação contém uma certa ambiguidade, aliando um sentido espiritual a um erótico. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

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2013Português

(PUC/RS - 2013) Revista de maior circulao no mundo, a Time mostrou como ficaram 1tnues os limites entre a cincia e a fico. Em reportagem de capa, intitulada Jovem para sempre, no 11descarta 19nas entrelinhas a chance de que um dia, quem sabe, 3se 12descubra no a cura das doenas, 8mas a cura da morte. 4Menos sutilmente, estimula a esperana de que talvez o ser humano 13possa chegar aos 300 anos. A revista ancora o sonho em moscas e minhocas que, 5tratadas em laboratrios, passaram a viver muitas vezes mais. A suspeita de 20que, em algum lugar, seria possvel 14desmontar um 21relgio que determina o aparecimento de rugas, seios cados, pernas flcidas, queda de cabelo. 6Ao tentar 15separar fantasias e bom senso, a reportagem estabelece como hiptese realista que, 9a partir das descobertas mdicas das prximas trs dcadas, a expectativa de vida suba para 120 anos. Seria a continuao do impacto provocado pelo ingls Alexander Fleming, que descobriu o primeiro antibitico. Traduzindo: as crianas de hoje se lembrariam de seus pais 10ou seja, ns como pessoas que 16morreram jovens porque no 17completaram 80 22anos. 11Assim como achamos que nossos tataravs morriam cedo porque no 18completavam 60 anos de idade. Os novos mitos nutridos pela tecnologia reforam o absurdo brasileiro. Dezenas de milhares de crianas que no completam 2parcos 12 meses de vida morrem anualmente, 7porque simplesmente no tm comida ou bebem gua contaminada. DIMENSTEIN, Gilberto. Expectativa de vida. In: _____. Aprendiz do futuro. So Paulo: tica: 2004. (fragmento) Analise as seguintes propostas de alterao da pontuao do texto. 1. Inserir vrgulas antes e depois da expresso nas entrelinhas (ref. 19). 2. Substituir por dois-pontos a vrgula que segue o primeiro que (ref. 20). 3. Inserir uma vrgula aps relgio (ref. 21). 4. Substituir o ponto aps anos (ref. 22) por vrgula seguida de letra minscula. As alteraes que manteriam o sentido, a coerncia e a correo do texto so:

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2013Português

(PUC/RS - 2013) Leia o trecho a seguir. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi; As aves que aqui gorjeiam No gorjeiam como l. (...) No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabi. Os versos do famoso poema Cano do Exlio evi denciam um grande amor ptria, simbolizada por sua natureza. Criado por _________ e pertencente escola _________, o poema revela, em tom _________, um eu lrico que exterioriza sua _________. A alternativa correta para o preenchimento das lacunas acima :

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2013Português

(PUCRS-2013) Leia o poema a seguir, de Luís de Camões. Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, que, como o acidente em seu sujeito, assim coa alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matéria simples busca a forma. Com base no poema e em seu contexto, afirma-se: I. Criado no século XVI, o poema apresenta um eu lírico que reflete sobre o amor e sobre osefeitos desse sentimento no ser apaixonado. II. Camões é também o criador de Os Lusíadas, a mais famosa epopeia produzida em línguaportuguesa, que tem como grande herói o povo português, representado por Vasco daGama. III. Uma das características composicionais do poema é a presença de inversões sintáticas. A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:

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2013Português

(Pucrs 2013) Leia o poema a seguir, de Lus de Cames. Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; no tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela est minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcanar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma est ligada. Mas esta linda e pura semidia, que, como um acidente em seu sujeito, assim como a alma minha se conforma, est no pensamento como idia: [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matria simples busca a forma. Com base no poema e em seu contexto, afirma-se: I. Criado no sculo XVI, o poema apresenta um eu lrico que reflete sobre o amor e sobre os efeitos desse sentimento no ser apaixonado. II. Cames tambm o criador de Os Lusadas, a mais famosa epopeia produzida em lngua portuguesa, que tem como grande heri o povo portugus, representado por Vasco da Gama. III. Uma das caractersticas composicionais do poema a presena de inverses sintticas. A(s) afirmativa(s) correta(s) /so

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2013Português

(PUC/RS - 2013/ Adaptada) Leia o poema Encarnao. Carnais, sejam carnais tantos desejos, carnais, sejam carnais tantos anseios, palpitaes e frmitos e enleios, das harpas da emoo tantos arpejos... Sonhos, que vo, por trmulos adejos, noite, ao luar, intumescer os seios lteos, de finos e azulados veios de virgindade, de pudor, de pejos... Sejam carnais todos os sonhos brumos de estranhos, vagos, estrelados rumos onde as Vises do amor dormem geladas... Sonhos, palpitaes, desejos e nsias formem, com claridades e fragrncias, a encarnao das lvidas Amadas! Com base no poema e em seu contexto, afirma-se: I. A atmosfera onrica, a sugesto atravs de smbolos, a musicalidade das palavras por meio da aliterao so caractersticas que permitem associar o poema escola simbolista. II. O eu lrico, em tom quase de splica, ambiciona a concretizao daquilo que pensa e deseja. III. A idealizao da mulher amada, como se percebe no uso da letra maiscula no verso final, retira do poema uma possveldimenso ertica. A(s) afirmativa(s) correta(s) /so

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2013Português

(PUC/Campinas - 2013) Napoleo Bonaparte e Adolf Hitler, entre outros, sonharamcom a pan-Europa que, com a incluso de mais dez pases,se tornou uma realidade irreversvel. Os antecedentes da UnioEuropeia so assim, alguns mais respeitveis do que outros.Durante muito tempo depois da tentativa de Carlos Magno desubstituir o imprio romano pelo seu, uma identidade europeiase definia mais pelo que no era do que pelo que era: crist eno muulmana, civilizada em vez de brbara (e, portanto, como direito de subjugar e europeizar os brbaros isto , o restodo mundo). (Luis Fernando Verissimo. O mundo brbaro. Rio de Janeiro:Objetiva, 2008) Num processo de colonizao, o colonizador v o nativo como um elemento a ser no apenas fisicamente dominado, mas tambm como algum a quem deve impor ideias e convices. Exemplo disso ocorreu, entre ns, com

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2013Português

(PUC/MG - 2013) Fragmento do romanceBom dia camaradas, de Ondjaki. Mas, camarada Antnio, tu no preferes que o pas seja assim livre?, eu gostava de fazer essa pergunta quando entrava na cozinha. [...] Menino, no tempo do branco isso no era assim... Depois, sorria. Eu mesmo queria era entender aquele sorriso. Tinha ouvido histrias incrveis de maus tratos, de ms condies de vida, pagamentos injustos, e tudo mais. Mas o camarada Antnio gostava dessa frase dele a favor dos portugueses, e sorria assim tipo mistrio. [...] Mas, Antnio... Tu no achas que cada um deve mandar no seu pas? Os portugueses tavam aqui a fazer o qu? !, menino, mas naquele tempo a cidade estava mesmo limpa... tinha tudo, no faltava nada... Antnio, no vs que no tinha tudo? As pessoas no ganhavam um salrio justo, quem fosse negro no podia ser diretor, por exemplo... Mas tinha sempre po na loja, menino, os machimbondos [nibus de transporte pblico] funcionavam... ele s sorrindo. Mas ningum era livre, Antnio... no vs isso? Ningum era livre como assim? Era livre sim, podia andar na rua e tudo... No isso, Antnio eu levantava-me do banco. No eram angolanos que mandavam no pas, eram portugueses... E isso no pode ser... O camarada Antnio a ria s. (In: ONDJAKI. Bom dia camarada. Rio de Janeiro: Agir, 2006. p. 17-18.) Fragmento do ensaio Lngua que no sabamos que sabamos, de Mia Couto. Num conto que nunca cheguei a publicar acontece o seguinte: uma mulher, em fase terminal de doena, pede ao marido que lhe conte uma histria para apaziguar as insuportveis dores. Mal ele inicia a narrao, ela o faz parar: No, assim no. Eu quero que me fale numa lngua desconhecida. Desconhecida? pergunta ele. Uma lngua que no exista. Que eu preciso tanto de no compreender nada! O marido se interroga: como se pode saber falar uma lngua que no existe? Comea por balbuciar umas palavras estranhas e sente-se ridculo como se a si mesmo desse provas da incapacidade de ser humano. Aos poucos, porm, vai ganhando mais -vontade nesse idioma sem regra. E ele j no sabe se fala, se canta, se reza. Quando se detm, repara que a mulher est adormecida, e mora em seu rosto o mais tranquilo sorriso. Mais tarde, ela lhe confessa: aqueles murmrios lhe trouxeram lembranas de antes de ter memria. E lhe deram o conforto desse mesmo sono que nos liga ao que havia antes de estarmos vivos. [...] Moambique um extenso pas, to extenso quanto recente. Existem mais de 25 lnguas distintas. Desde o ano da Independncia, alcanada em 1975, o portugus a lngua oficial. H trinta anos apenas, uma minoria absoluta falava essa lngua ironicamente tomada de emprstimo do colonizador para negar o passado colonial. H trinta anos, quase nenhum moambicano tinha o portugus como lngua materna. Agora, mais de 12% dos moambicanos tm o portugus como seu primeiro idioma. E a grande maioria entende e fala portugus inculcando na norma portuguesa as marcas das culturas de raiz africana. (In: COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? e outras interinvenes. So Paulo: Companhia das Letras, 2011.) A colonizao portuguesa na frica perdurou at o fim do sculo XX, com as guerras de independncia. As tenses polticas e sociais repercutiram e ainda repercutem fortemente na produo literria desses pases, especialmente nas literaturas angolana e moambicana. Levando-se em considerao o contexto histrico do perodo ps-colonial, possvel verificar que, para o narrador-menino do texto de Ondjaki, bem como para Mia Couto, em seu ensaio, a colonizao portuguesa vista como:

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2013Português

(PUC/MG - 2013) (CAMPOS, Augusto. Ps-tudo. 1984. Disponvel em: http://www2.uol.com.br/augustodecampos/poemas.htm. Acesso: 19 ago. 2013). O poema de Augusto de Campos pertence poesia concreta. Constitui uma caracterstica desse movimento:

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