(UEFS 2013 - Meio do ano)
Resumidamente, a Rio+20, como todas as reuniões de peso sobre meio ambiente antes dela (a Eco 92, por exemplo), contrapõe dois blocos — países ricos de um lado, emergentes e pobres do outro — com visões opostas sobre as duas questões básicas do desenvolvimento sustentável: 1) como adaptar o modelo econômico para acomodar os princípios da sustentabilidade; e, mais sensível ainda, 2) quem vai pagar a bilionária conta da mudança. (JIMENEZ; ARINI, 2012, p. 109).
A polarização entre países ricos e os países em desenvolvimento diz respeito, dentre outras questões,v
à recusa dos países emergentes de seguir os modelos e processos aplicados pelos países ricos, retardando seus próprios projetos de desenvolvimento sustentável.
à compreensão, por parte dos países ricos, de que sustentabilidade implica perda da hegemonia econômica que mantiveram até os dias atuais.
à responsabilidade, atribuída aos países ricos, para proverem financiamento de programas de sustentabilidade, uma vez acusados de ser os primeiros poluidores do planeta.
ao completo desconhecimento, por parte dos países pobres, das questões ligadas à sustentabilidade, levando-os a recusar propostas dos países ricos para a implantação de tecnologias antipoluidoras.
à manutenção, por países do hemisfério Norte, de laços de dependência econômica frente a países do hemisfério Sul, impedindo-os de adotar políticas de controle da poluição.v