(UEFS 2014 - Meio do ano)
No início da história da civilização humana, as áreas eram escolhidas em locais situados nas encostas montanhosas, mais secas e menos abundantes em recursos, porém mais abrigadas de ameaça de animais de maior porte. Por um longo período, a seletividade limitou-se a se confundir com o processo da aprendizagem da domesticação e da aclimatação da flora e fauna. O grupo humano migra entre uma área e outra, até que, já munido da experiência do trato ambiental, desce para as “regiões anfíbias” nas quais vai se fixar em caráter permanente. A fixação definitiva marca o surgimento da civilização. (MOREIRA, 2007, p.83).
Considerando-se o texto e os propósitos da Geografia como ciência da organização espacial, pode-se afirmar:
A mundialização não impõe uma dimensão espacial mais ampla, assim o espaço do trabalho é suficiente para responder às necessidades globais do indivíduo.
A organização do espaço é indiferente à qualidade dos capitais aplicados em suas partes.
A organização espacial da sociedade começa com a prática da seletividade, processo de ensaio e erro, no decurso do qual a sociedade se ambientaliza.
À medida que a cooperação estende sua escala espacial, o homem produtor sabe cada vez mais quem é o criador de novos espaços, quem é o pensador, o beneficiário.
O espaço deve ser estudado como se os objetivos materiais que formam a paisagem trouxessem, neles mesmos, sua própria explicação.