(UEG - 2015)
Lembrança de morrer
[...]
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro,
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre sineiro
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Poesias completas de Álvares de Azevedo. 7. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. p. 37.
Este fragmento mostra uma atitude escapista típica do romantismo. O eu lírico idealiza
a vida como um ofício de prazer, destinado à fruição eterna.
a morte como um meio de libertação do terrível fardo de viver.
o tédio como a repetição dos fragmentos belos e significativos da vida.
o deserto como um destino sereno para quem vence as hostilidades da vida.