ENEM

ITA

IME

FUVEST

UNICAMP

UNESP

UNIFESP

UFPR

UFRGS

UNB

VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UEL 2008) As relaes amorosas, aps os anos de 1960

(UEL 2008) As relações amorosas, após os anos de 1960/1980, tenderam a facilitar os contatos feitos e desfeitos imediatamente, gerando uma gama de possibilidades de parceiros e experimentos de prazer. Essa forma de contato amoroso tem sido denominada pelos jovens como "ficar". Assim, em uma festa pode-se "ficar" com vários parceiros ou durante um tempo "ir ficando" em diferentes situações, sem que isso se configure em compromisso, namoro ou outra modalidade institucional de relação. Os processos sociais que provocaram as mudanças nas relações amorosas, bem como suas consequências para o indivíduo e para a sociedade, têm sido problematizados por vários cientistas sociais.

Assinale a alternativa em que o texto explica os sentidos das relações amorosas descritas acima.

A

"Hoje as artes de expressão não são as únicas que se propõem às mulheres; muitas delas tentam atividades criadoras. A situação da mulher predispõe-na a procurar uma salvação na literatura e na arte. Vivendo à margem do mundo masculino, não o apreende em sua figura universal e sim através de uma visão singular; ele é para ela, não um conjunto de utensílios e conceitos e sim uma fonte de sensações e emoções; ela interessa-se pelas qualidades das coisas no que têm de gratuito e secreto [...]".

(BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 5 ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. p. 473.)

B

"Hoje, no entanto, existe uma renovação, o que significa dizer que os cientistas, quando chegam através do seu conhecimento a esses problemas fundamentais, tentam por si próprios compreendê-los e fazem um apelo à sua própria reflexão. Nos próximos anos, por exemplo, após as experiências do Aspecto, a discussão sobre o espaço e sobre o tempo – problemas filosóficos – vai ser retomada".

(MORIN, E. A inteligência da complexidade. 2. ed. São Paulo: Peirópolis, 2000. p. 37.)

C

"Nova era demográfica de declínio populacional não catastrófico pode estar alvorecendo. Fome, epidemias, enchentes, vulcões e guerras cobraram seu preço no passado, mas que grandes populações não se reproduzam por escolha individual é uma mudança histórica notável. Na Europa Ocidental, esse padrão está se estabelecendo em tempos de paz, sob condições de grande prosperidade, embora, sejam ainda visíveis oscilações conjunturais, significativas na depressão escandinava do início dos anos de 1990."

(THERBORN, G. Sexo e poder. São Paulo: Contexto, 2006. p. 446).

D

"É assim numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto para o uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolução do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar é a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a ‘experiência amorosa‘ à semelhança de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas características e prometem desejo sem ansiedade, esforço sem suor e resultados sem esforço."

(BAUMAN, Z. Amor líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p.21-22).

E

"Viver na grande metrópole significa enfrentar a violência que ela produz, expande e exalta, no mesmo pacote em que gera e acalenta as criações mais sublimes da cultura.[...] Nesse sentido, talvez a primeira violência de que somos vítima, já no início do dia, é o jornalismo, sempre muito sequioso de retratar e reportar, nos mínimos detalhes, o que de mais contundente e chocante a humanidade produziu no dia anterior [...]".

(NAFFAH NETO, A. Violência e ressentimento. In: CARDOSO, I. et al (Orgs). Utopia e mal-estar na cultura. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 99.)