(UEL 2016 - 2a fase) Leia os textos a seguir.
O reino recém-unido da Grã-Bretanha estava emergindo como uma potência europeia, intelectual, militar e comercial. Newton era reconhecido como o gênio supremo da época, enquanto a Royal Society de Londres era vista como seu árbitro científico supremo. Locke estava fundando a Filosofia empírica e promulgando as ideias políticas liberais que, na altura do fim do século, seriam corporificadas na constituição americana. Enquanto isso, Robinson Crusoé, de Defoe, e As Viagens de Gúliver, de Swift, satisfaziam, cada um à sua maneira, a fome de aventuras estrangeiras do público. Essa era uma nação autoconfiante, experimentando os primeiros rebuliços do que viria a ser a Revolução Industrial – a máquina a vapor já estava sendo usada nas minas da Cornualha.
(STRATHERN, P. Uma Breve História da Economia. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p.62.)
Há hoje, nas planícies da Índia e da China, homens e mulheres, infestados por pragas e famintos, vivendo pouco melhor, aparentemente, do que o gado que trabalha com eles de dia e que compartilha seu local de dormir à noite. Esse padrão asiático, e esses horrores não mecanizados, é o destino daqueles que aumentam seus números sem passar por uma revolução industrial.
(ASHTON, T. S. The Industrial Revolution, 1760-1830. London: Oxford University Press, 1948. p.161.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir.
a) Explique o contexto histórico da Revolução Industrial.
b) Situe o posicionamento dos autores desses textos quanto a esse evento histórico.