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Questões - UEL 2018 | Gabarito e resoluções

Questão 1
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase)Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões de 1 a 7. Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda não acabou de acontecer e já a mão nervosa do repórter o transforma em notícia. O marido está matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladrões arrombam o cofre. A polícia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce música mecânica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). Quanto a Sentimental, assinale a alternativa correta.

Questão 1
2018História

(UEL 2018 - 2a fase)Leia o texto a seguir. Os hunos excedem em ferocidade e barbárie tudo quanto é possível imaginar de bárbaro e feroz. Sob uma forma humana, vivem em estado de animais. Alimentam-se de raízes de plantas silvestres e de carne meio crua, macerada entre suas coxas e o lombo de suas cavalgaduras. Suas vestimentas consistem em uma túnica de linho e jaqueta de peles de ratazana selvagem. A túnica é de cor escura e apodrece no corpo. Cobrem-se com um gorro e envolvem as pernas com pele de bode. Quando cavalgam, acredita-se estarem pregados em suas montarias, pequenas e feias, mas infatigáveis e rápidas como relâmpagos. Passam sua vida a cavalo; a cavalo se reúnem em assembleias, compram, vendem, bebem, comem e até dormem às vezes. Nada se iguala à destreza com que lançam, a distância prodigiosa, suas flechas armadas de ossos afiados, tão duros e mortíferos como o ferro. (Res gestae, XXXI, 2). (Ammiano Marcelino. Res Gestae XXXI, 2, 1-11. Apud GUERRAS, M. S. Os povos bárbaros. São Paulo, Ática, 1991. p. 41-42.) A presença de populações germânicas do norte da Europa, consideradas bárbaras, era percebida pelos romanos desde muito cedo. No entanto, é apenas no século V d.C. que ocorre uma entrada maciça de tais povos em terras romanas, como os hunos, descritos no texto. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, relacione a invasão dos bárbaros com o processo de desagregação do Império Romano, apontando seus aspectos políticos, econômicos e sociais.

Questão 2
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase) Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda s questes de 1 a 7. Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarro. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruados na mesa todos contemplam esse romntico trabalho. Desgraadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Est sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E h em todas as conscincias um cartaz amarelo: Neste pas proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda no acabou de acontecer e j a mo nervosa do reprter o transforma em notcia. O marido est matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladres arrombam o cofre. A polcia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce msica mecnica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena no quer escrever. No entanto ele est c dentro inquieto, vivo. Ele est c dentro e no quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. So Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). Sobre o sujeito lrico em cada um dos trs poemas, considere as afirmativas a seguir. I. O registro de alteraes nos sentimentos dos sujeitos lricos mais marcado no sujeito lrico de Sentimental do que no sujeito lrico de Poesia. II. O apego vida material mais externado pelo sujeito lrico de Sentimental do que pelo sujeito lrico de Poesia. III. As inquietaes do sujeito lrico de Poesia esto mais vinculadas ao carter introspectivo, enquanto em Poema do jornal sobressaem cenas cotidianas. IV. A subjetividade no sujeito lrico de Poema do jornal mais evidente do que aquela expressa no sujeito lrico de Sentimental. Assinale a alternativa correta.

Questão 2
2018História

(UEL 2018 - 2a fase) Leia o texto a seguir. A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem e os outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não sofrem com a sua disjunção; os serviços prestados por uma são a condição da obra das outras duas; e cada uma, por sua vez, se encarrega de aliviar o todo. De modo que essa tripla associação nem por isso é menos unida, e é assim que a lei tem podido triunfar e que o mundo tem podido gozar de paz. (Adalbéron de Laon (c. 1020). Apud LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1984. p.45-46.) Esse texto se refere à Europa cristã medieval como a casa de Deus. A partir de tais informações, aponte o papel da Igreja Católica na criação e na manutenção do chamado Regime Feudal.

Questão 3
2018História

(UEL 2018 - 2a fase) No ano de 1899, eclodiu em Nova York uma greve de meninos jornaleiros (conhecidos como newsies ou newsboys). A razão do protesto, que durou vários dias, foi o aumento de preço do The New York World e do The New York Journal, de propriedade de Joseph Pulitzer e William Hearst, respectivamente. Concorrentes, ambos viram seus lucros caírem quando acabou a guerra hispano-americana (1898), que rendia grandes manchetes e garantia alta vendagem de seus jornais. Para manter os lucros, os empresários resolveram elevar o preço do exemplar, afetando diretamente os jornaleiros, que compravam os jornais e os revendiam ao público leitor. Era com o pequeno ganho da revenda que esses meninos sobreviviam, pois a grande maioria era pobre, muitos sem lar, órfãos ou fugitivos. Aos milhares, dormiam pelas ruas e vagavam pela cidade, desprovidos de qualquer assistência, fosse em educação, saúde ou moradia. Daquela vez, os meninos saíram vitoriosos da greve, mas a situação deles não melhorou. Com base nos conhecimentos sobre o Mundo Contemporâneo, responda aos itens a seguir. a) O que a greve representava para os empresários capitalistas do século XIX? b) Explique a formação do chamado trabalho infantil desde a Revolução Industrial até os dias atuais.

Questão 3
2018Português

(UEL - 2018 - 2 FASE) Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda s questes Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarro. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruados na mesa todos contemplam esse romntico trabalho. Desgraadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Est sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E h em todas as conscincias um cartaz amarelo: Neste pas proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda no acabou de acontecer e j a mo nervosa do reprter o transforma em notcia. O marido est matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladres arrombam o cofre. A polcia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce msica mecnica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena no quer escrever. No entanto ele est c dentro inquieto, vivo. Ele est c dentro e no quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. So Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). Sobre o nome da pessoa escrito com letras de macarro e o cartaz amarelo, presentes em Sentimental, e a notcia e a doce msica mecnica, citados em Poema do jornal, considere as afirmativas a seguir. I. O nome da pessoa escrito com letras de macarro e a doce msica mecnica so demonstraes de que o esprito romntico podou os excessos modernistas. II. A doce msica mecnica uma imagem que alivia as tenses proporcionadas pelo cartaz amarelo, indicando que o trnsito entre sonho e realidade nos dois poemas invertido. III. O cartaz amarelo e a notcia so evidncias que contm o reconhecimento de que a vida moderna pontuada pela urgncia do mundo real. IV. A notcia est em desacordo com a atmosfera de devaneio experimentada no ato de escrever o nome da pessoa amada com letras de macarro. Assinale a alternativa correta.

Questão 4
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase)Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões de 1 a 7. Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda não acabou de acontecer e já a mão nervosa do repórter o transforma em notícia. O marido está matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladrões arrombam o cofre. A polícia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce música mecânica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). Sobre os termos já e nervosa, presentes no segundo verso de Poema do jornal, considere as afirmativas a seguir. I. O termo já é ligeiramente antecipado, pois se refere à transformação em notícia, mas essa antecipação garante maior ênfase à questão do tempo como marca expressiva do poema. II. O termo nervosa contém, a princípio, um significado divergente do adjetivo doce, mas ambos os termos são associados com a agitação e a aceleração do cotidiano moderno. III. O termo já é empregado como contraponto ao termo ainda, utilizado no verso anterior, embora ambos estejam subordinados ao fato citado no verso inicial. IV. O termo nervosa indica que o repórter, assim como o poeta e como o sujeito lírico, exibe o desconforto para administrar emoções no acompanhamento da vida moderna.

Questão 4
2018História

(UEL 2018 - 2a fase) Leia a letra da música e o texto a seguir. Disseram que eu voltei americanizada (Vicente Paiva/Luiz Peixoto/Carmen Miranda) E disseram que eu voltei americanizada Com o burro do dinheiro, que estou muito rica Que não suporto mais o breque de um pandeiro E fico arrepiada ouvindo uma cuíca Disseram que com as mãos estou preocupada E corre por aí que houve um certo zum-zum Que já não tenho molho, ritmo, nem nada E dos balangandãs já nem existe mais nenhum Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno? Eu posso lá ficar americanizada? Eu que nasci com samba e vivo no sereno Topando a noite inteira a velha batucada Nas rodas de malandro, minhas preferidas Eu digo é mesmo eu te amo e nunca I love you Enquanto houver Brasil... na hora das comidas Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu! (PEIXOTO, L.; PAIVA, V. Disseram que eu voltei americanizada. Intérprete: Carmen Miranda. Rio de Janeiro: Odeon records, 1940.) Em setembro de 1940, Carmen Miranda gravou esse samba, Disseram que eu voltei americanizada, como crítica à fria recepção que teve no Brasil ao retornar de férias. Ela vivia então nos Estados Unidos, onde lotava clubes e teatros e iniciava a carreira de atriz. Logo após sua chegada, Carmen apresentou-se no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, mas a plateia mostrou-se desconfiada e incomodada com a artista americanizada. Nas primeiras fileiras para ver o espetáculo, estavam presentes todo o Estado-maior (ministros da guerra / exército / justiça / trabalho / educação / marinha / interventores / chefia de polícia e outros) do Estado Novo, além de empresários e industriais brasileiros, muitos com sobrenomes bem conhecidos, e que, a exemplo da elite de outros países, estavam fazendo negócios com a Alemanha do Führer [Hitler] e se identificando com sua postura anticomunista e antijudaica. (CASTRO, R. Carmen, uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.250.) Com base na letra da música, no texto e nos conhecimentos sobre o Estado Novo, responda aos itens a seguir. a) Explique o posicionamento político e militar do Governo Vargas em relação aos governos alemão e americano durante a Segunda Guerra Mundial. b) Explique a ideia de identidade nacional promovida pelo governo de Getúlio Vargas.

Questão 5
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase)Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões de 1 a 7. Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda não acabou de acontecer e já a mão nervosa do repórter o transforma em notícia. O marido está matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladrões arrombam o cofre. A polícia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce música mecânica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). Acerca das funções exercidas pelos termos de Poema do jornal, assinale a alternativa correta.

Questão 6
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase)Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões de 1 a 7. Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda não acabou de acontecer e já a mão nervosa do repórter o transforma em notícia. O marido está matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladrões arrombam o cofre. A polícia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce música mecânica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). Sobre o poema Poesia, assinale a alternativa correta.

Questão 7
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase)Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões de 1 a 7. Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. Poema do jornal O fato ainda não acabou de acontecer e já a mão nervosa do repórter o transforma em notícia. O marido está matando a mulher. A mulher ensanguentada grita. Ladrões arrombam o cofre. A polícia dissolve o meeting. A pena escreve. Vem da sala de linotipos a doce música mecânica. Poesia Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45). O termo pena, utilizado no segundo verso de Poesia, tem o significado de peça que se adapta à caneta, ou é a própria caneta, ou ainda corresponde ao instrumento com que se escreve. A palavra, porém, tem outros sentidos dicionarizados. Assinale a alternativa em que se estabelece a correta correlação entre a palavra empregada no poema e os demais sentidos.

Questão 8
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase) Leia o fragmento do conto A fogueira, de Mia Couto, e responda às questões de 8 a 13. 1 O velho adormeceu, a mulher sentou-se à porta. Na sombra do seu descanso viu o sol vazar, lento rei 2 das luzes. Pensou no dia e riu-se dos contrários: ela, cujo nascimento faltara nas datas, tinha já o seu fim 3 marcado. Quando a lua começou a acender as árvores do mato ela inclinou-se e adormeceu. Sonhou dali 4 para muito longe: vieram os filhos, os mortos e os vivos, a machamba encheu-se de produtos, os olhos a 5 escorregarem no verde. O velho estava no centro, gravatado, contando as histórias, mentira quase todas. 6 Estavam ali os todos, os filhos e os netos. Estava ali a vida a continuar-se, grávida de promessas. Naquela 7 roda feliz, todos acreditavam na verdade dos velhos, todos tinham sempre razão, nenhuma mãe abria a sua 8 carne para a morte. Os ruídos da manhã foram-na chamando para fora de si, ela negando abandonar aquele 9 sonho, pediu com tanta devoção como pedira à vida que não lhe roubasse os filhos. 10 Procurou na penumbra o braço do marido para acrescentar força naquela tremura que sentia. Quando a 11 sua mão encontrou o corpo do companheiro viu que estava frio, tão frio que parecia que, desta vez, ele 12 adormecera longe dessa fogueira que ninguém nunca acendera. (Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25). No trecho, o final do conto é narrado, momento em que ocorre a morte de uma personagem. Considerando o trecho e o conto, assinale a alternativa correta.

Questão 9
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase) Leia o fragmento do conto A fogueira, de Mia Couto, e responda às questões de 8 a 13. 1 O velho adormeceu, a mulher sentou-se à porta. Na sombra do seu descanso viu o sol vazar, lento rei 2 das luzes. Pensou no dia e riu-se dos contrários: ela, cujo nascimento faltara nas datas, tinha já o seu fim 3 marcado. Quando a lua começou a acender as árvores do mato ela inclinou-se e adormeceu. Sonhou dali 4 para muito longe: vieram os filhos, os mortos e os vivos, a machamba encheu-se de produtos, os olhos a 5 escorregarem no verde. O velho estava no centro, gravatado, contando as histórias, mentira quase todas. 6 Estavam ali os todos, os filhos e os netos. Estava ali a vida a continuar-se, grávida de promessas. Naquela 7 roda feliz, todos acreditavam na verdade dos velhos, todos tinham sempre razão, nenhuma mãe abria a sua 8 carne para a morte. Os ruídos da manhã foram-na chamando para fora de si, ela negando abandonar aquele 9 sonho, pediu com tanta devoção como pedira à vida que não lhe roubasse os filhos. 10 Procurou na penumbra o braço do marido para acrescentar força naquela tremura que sentia. Quando a 11 sua mão encontrou o corpo do companheiro viu que estava frio, tão frio que parecia que, desta vez, ele 12 adormecera longe dessa fogueira que ninguém nunca acendera. (Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25). Acerca das personagens apresentadas no conto, considere as afirmativas a seguir. I. O velho revela-se autoritário, desajeitado e falante, considerando suas atitudes ao longo do conto. II. A mulher mostra-se inteligente, pacata e resignada diante dos acontecimentos que estão por vir. III. A Morte é a personagem rancorosa, que aguarda o desfecho e o dia marcados para levar alguém. IV. Os filhos do casal são indiferentes aos pais, o que dificulta a salvação da mulher ao final do conto. Assinale a alternativa correta.

Questão 11
2018Português

(UEL 2018 - 2a fase) Leia o fragmento do conto A fogueira, de Mia Couto, e responda às questões de 8 a 13. 1 O velho adormeceu, a mulher sentou-se à porta. Na sombra do seu descanso viu o sol vazar, lento rei 2 das luzes. Pensou no dia e riu-se dos contrários: ela, cujo nascimento faltara nas datas, tinha já o seu fim 3 marcado. Quando a lua começou a acender as árvores do mato ela inclinou-se e adormeceu. Sonhou dali 4 para muito longe: vieram os filhos, os mortos e os vivos, a machamba encheu-se de produtos, os olhos a 5 escorregarem no verde. O velho estava no centro, gravatado, contando as histórias, mentira quase todas. 6 Estavam ali os todos, os filhos e os netos. Estava ali a vida a continuar-se, grávida de promessas. Naquela 7 roda feliz, todos acreditavam na verdade dos velhos, todos tinham sempre razão, nenhuma mãe abria a sua 8 carne para a morte. Os ruídos da manhã foram-na chamando para fora de si, ela negando abandonar aquele 9 sonho, pediu com tanta devoção como pedira à vida que não lhe roubasse os filhos. 10 Procurou na penumbra o braço do marido para acrescentar força naquela tremura que sentia. Quando a 11 sua mão encontrou o corpo do companheiro viu que estava frio, tão frio que parecia que, desta vez, ele 12 adormecera longe dessa fogueira que ninguém nunca acendera. (Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25). Acerca das figuras de linguagem usadas no trecho, assinale a alternativa correta.

Questão 13
2018Português

(UEL - 2018 - 2 fase) Leia o fragmento do conto A fogueira, de Mia Couto, e responda s questes de 8 a 13. 1 O velho adormeceu, a mulher sentou-se porta. Na sombra do seu descanso viu o sol vazar, lento rei 2 das luzes. Pensou no dia e riu-se dos contrrios: ela, cujo nascimento faltara nas datas, tinha j o seu fim 3 marcado. Quando a lua comeou a acender as rvores do mato ela inclinou-se e adormeceu. Sonhou dali 4 para muito longe: vieram os filhos, os mortos e os vivos, a machamba encheu-se de produtos, os olhos a 5 escorregarem no verde. O velho estava no centro, gravatado, contando as histrias, mentira quase todas. 6 Estavam ali os todos, os filhos e os netos. Estava ali a vida a continuar-se, grvida de promessas. Naquela 7 roda feliz, todos acreditavam na verdade dos velhos, todos tinham sempre razo, nenhuma me abria a sua 8 carne para a morte. Os rudos da manh foram-na chamando para fora de si, ela negando abandonar aquele 9 sonho, pediu com tanta devoo como pedira vida que no lhe roubasse os filhos. 10 Procurou na penumbra o brao do marido para acrescentar fora naquela tremura que sentia. Quando a 11 sua mo encontrou o corpo do companheiro viu que estava frio, to frio que parecia que, desta vez, ele 12 adormecera longe dessa fogueira que ningum nunca acendera. (Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. So Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25). Acerca do trecho O velho adormeceu, a mulher sentou-se porta, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o conectivo que pode ser inserido no lugar da vrgula, sem alterar o sentido original do perodo.