(UEL - 2005) na verdade conforme ao dever que o merceeiro no suba os preos ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negcio grande, o comerciante esperto tambm no faz semelhante coisa, mas mantm um preo fixo geral para toda a gente, de forma que uma criana pode comprar em sua casa to bem como qualquer outra pessoa. -se, pois servido honradamente; mas isto ainda no bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princpios de honradez; o seu interesse assim o exigia; mas no de aceitar que ele alm disso tenha tido uma inclinao imediata para os seus fregueses, de maneira a no fazer, por amor deles, preo mais vantajoso a um do que outro. (KANT, Immanuel. Fundamentao da metafsica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. SoPaulo: Abril Cultural, 1980. p. 112.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre a ao do merceeiro. I. uma ao correta, isto , conforme o dever. II. moral, pois revela honestidade na relao com seus clientes. III. No uma ao por dever, pois sua inteno egosta. IV. honesta, mas motivada pela compaixo aos semelhantes. Esto corretas apenas as afirmativas:
(UEL - 2005) A busca da tica a busca de um fim, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um fim: Toda arte e todo mtodo, assim como toda ao e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem aquilo para que todas as coisas tendem. Nesse passo inicial de a tica a Nicmaco est delineado o pensamento fundamental da tica. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distncia em relao ao seu prprio fim. (PAIXO, Mrcio Petrocelli. O problema da felicidade em Aristteles: a passagem da tica dianotica aristotlica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Ps-Moderno, 2002. p. 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a tica em Aristteles, considere as afirmativas a seguir. I. O fim ltimo da ao humana consiste na felicidade alcanada mediante a aquisio de honrarias oriundas da vida poltica. II. A tica o estudo relativo excelncia ou virtude prpria do homem, isto , do fim da vida humana. III. Todas as coisas tm uma tendncia para realizar algo, e nessa tendncia encontramos seu valor, sua virtude, que o fim de cada coisa. IV. Uma ao virtuosa aquela que est em acordo com o dever, independentemente dos seus fins. Esto corretas apenas as afirmativas:
(UEL - 2005) Sobre a passagem do mito filosofia, na Grcia Antiga, considere as afirmativas a seguir. I.Os poemas homricos, em razo de muitos de seus componentes, j contm caractersticas essenciais da compreenso de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia. II.O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, j se evidencia na prpria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses so compreendidos como perfeitos. III.A humanizao dos deuses na religio grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalizao da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosfico e cientfico. IV.O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosfico, devido assimilao que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa. Esto corretas apenas as afirmativas:
(Uel 2005) “Era a manhã ensolarada do dia 1º de maio de 1980, e as pessoas que haviam chegado ao centro de São Bernardo do Campo para a comemoração da data se depararam com a cidade ocupada por 8 mil policiais armados, com ordens de impedir qualquer concentração. Já desde as primeiras horas daquele dia as vias de acesso estavam bloqueadas por comandos policiais que vistoriavam ônibus, caminhões e automóveis [...]. Pela manhã, enquanto um helicóptero sobrevoava os locais previstos para as manifestações, carros de assalto e brucutus exibiam a disposição repressiva das forças da ordem”(SADER, Eder. Quando novos personagens entram em cena. São Paulo: Paz e Terra, 1995. p. 27.) Com base nos conhecimentos sobre a história recente do Brasil, é correto afirmar que, nesse episódio, o autor se refere ao:
(Uel 2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”.(LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político.III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento. Estão corretas apenas as afirmativas:
(UEL 2005) A indústria cultural não cessa de lograr seus consumidores quanto àquilo que está continuamente a lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo privá-las disso é a mesma coisa. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
(UEL 2005) A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
(UEL - 2004) O maquiavelismo uma interpretao deO Prncipede Maquiavel, em particular a interpretao segundo a qual a ao poltica, ou seja, a ao voltada para a conquista e conservao do Estado, uma ao que no possui um fim prprio de utilidade e no deve ser julgada por meio de critrios diferentes dos de convenincia e oportunidade. (BOBBIO, Norberto.Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant.Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Braslia: Editora da UNB, 1984. p. 14.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder poltico :
(UEL-2004) Que ningum espere um grande progresso nas cincias, especialmente no seu lado prtico, at que a filosofia natural seja levada s cincias particulares e as cincias particulares sejam incorporadas filosofia natural. [...] De fato, desde que as cincias particulares se constituram e se dispersaram, no mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios, dos sons, da estrutura e do esquematismo dos corpos, das afeces e das percepes intelectuais, o que lhes teria infundido novas foras para novos progressos. (BACON, Francis.Novum Organum. Trad. de Jos Aluysio Reis de Andrade. 4.ed. So Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 48.) Com base no texto, correto afirmar que Francis Bacon:
(UEL - 2004) Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetio em nossa experincia de uma conjuno constante entre fenmenos que, por fora do hbito acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. nesse sentido que pode ser dito que a causalidade uma forma nossa de perceber o real, uma idia derivada da reflexo sobre as operaes de nossa prpria mente, e no uma conexo necessria entre causa e efeito, uma caracterstica do mundo natural. (MARCONDES, Danilo. Iniciao histria da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 183.) De acordo com o texto e os conhecimentos sobre causalidade em Hume, correto afirmar:
(UEL - 2004) Tomemos [...] este pedao de cera que acaba de ser tirado da colmia: ele no perdeu ainda a doura do mel que continha, retm ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, so patentes; duro, frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzir algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se lquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzir. A mesma cera permanece aps essa modificao? Cumpre confessar que permanece: e ningum o pode negar. O que , pois, que se conhecia deste pedao de cera com tanta distino? Certamente no pode ser nada de tudo o que notei nela por intermdio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou viso, ou ao tato, ou audio, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece. (DESCARTES, Ren.Meditaes. Trad. De Jac Guinsburg e Bento Prado Jnior. So Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.) Com base no texto, correto afirmar que para Descartes:
(UEL - 2004) A idia ilusria da vontade livre deriva de percepes inadequadasconfusas; a liberdade, entendida corretamente, noentanto no o estar livre da necessidade, mas sim a conscincia da necessidade. (SCRUTON, Roger.Espinosa. Trad. de Anglica Elisabeth Knke. So Paulo: Unesp, 2000. p. 41.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a seguir. I. A liberdade identifica-se com escolha voluntria. II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causualidade interna do sujeito III. A liberdade e a necessidade so compatveis. IV. A liberdade baseia-se na contingncia, pois se tudo no universo fosse necessrio no haveria espao para aes livres. Esto corretas apenas as afirmativas:
(UEL - 2004) Mais que saber identificar a natureza das contribuies substantivas dos primeiros filsofos fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferao de ticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por fora da tradio ou da imposio religiosa, o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade. (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pr-socrticos: a inveno da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.) Assinale a alternativa que apresenta a guinada de atitude que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filsofos.
(UEL - 2003) Leia o trecho a seguir: Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo est ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no cu etreo foi expulso, ou para a priso do Trtaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem so eles? (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire dAguiar. So Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.) O texto acima parte de uma narrativa mtica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.
(UEL - 2003) O imperativo categrico , portanto s um nico, que este: Age apenas segundo uma mxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal. (KANT, Immanuel. Fundamentao da metafsica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edies 70, 1995. p. 59.) Segundo essa formulao do imperativo categrico por Kant, uma ao considerada tica quando: