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Disciplina

(UEL 2005)A indústria cultural não cessa de lograr

Filosofia | filosofia contemporânea | Escola de Frankfurt
UEL 2005UEL FilosofiaTurma ENEM Kuadro

(UEL 2005)

“A indústria cultural não cessa de lograr seus consumidores quanto àquilo que está continuamente a lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo privá-las disso é a mesma coisa”.

(ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:

A

A indústria cultural limita-se a atender aos desejos que surgem espontaneamente da massa de consumidores, satisfazendo as aspirações conscientes de indivíduos autônomos e livres que escolhem o que querem.

B

A indústria cultural tem um desempenho pouco expressivo na produção dos desejos e necessidades dos indivíduos, mas ela é eficiente no sentido de que traz a satisfação destes desejos e necessidades.

C

A indústria cultural planeja seus produtos determinando o que os consumidores desejam de acordo com critérios mercadológicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivíduo é privado do acesso ao prazer e à satisfação prometidos.

D

O entretenimento que veículos como o rádio, o cinema e as revistas proporcionam ao público não pode ser entendido como forma de exploração dos bens culturais, já que a cultura está situada fora desses canais. 

E

A produção em série de bens culturais padronizados permite que a obra de arte preserve a sua capacidade de ser o suporte de manifestação e realização do desejo: a cada nova cópia, a crítica se renova.