(UEL - 2005)
“E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a ideia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa ideia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta ideia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”.
(DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)
Com base no texto, é correto afirmar:
O espírito possui uma ideia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta ideia possa ser conhecida com evidência.
A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.
O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
A existência de Deus, como uma ideia clara e distinta, é impossível de ser provada.