(UFJF - 2017) O dia em que nasci moura e perea O dia em que nasci moura e perea, No o queira jamais o tempo dar; No torne mais ao Mundo, e, se tornar, Eclipse nesse passo o Sol padea. A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escurea, Mostre o Mundo sinais de se acabar, Nasam-lhe monstros, sangue chova o ar, A me ao prprio filho no conhea. As pessoas pasmadas, de ignorantes, As lgrimas no rosto, a cor perdida, Cuidem que o mundo j se destruiu. gente temerosa, no te espantes, Que este dia deitou ao Mundo a vida Mais desgraada que jamais se viu! CAMES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: LPM, 1998. No poema possvel localizar uma crise do humanismo renascentista que se expressa de forma:
(Ufjf-pism/2017) À cidade da Bahia Triste Bahia! Ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu já, tu a mi abundante. A ti trocou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando e tem trocado Tanto negócio e tanto negociante. Deste em dar tanto açúcar excelente Pelas drogas inúteis, que abelhuda Simples aceitas do sagaz Brichote. Oh quisera Deus que de repente Um dia amanheceras tão sisuda Que fora de algodão o teu capote! Matos, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Nos versos Triste Bahia! Ó quão dessemelhante/Estás e estou do nosso antigo estado, o eu lírico manifesta um descontentamento em relação:
(UFJF - 2017) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: O dia em que nasci moura e perea O dia em que nasci moura e perea, No o queira jamais o tempo dar; No torne mais ao Mundo, e, se tornar, Eclipse nesse passo o Sol padea. A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escurea, Mostre o Mundo sinais de se acabar, Nasam-lhe monstros, sangue chova o ar, A me ao prprio filho no conhea. As pessoas pasmadas, de ignorantes, As lgrimas no rosto, a cor perdida, Cuidem que o mundo j se destruiu. gente temerosa, no te espantes, Que este dia deitou ao Mundo a vida Mais desgraada que jamais se viu! CAMES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: LPM, 1998. No poema de Cames a viso de mundo expressa pelo eu lrico est baseada na ideia de: