(UFPR - 2017 - 1 FASE) A era dos memes na crise poltica atual Seria cmico, se no fosse trgico, o estado de irreverncia do brasileiro frente crise em que o pas encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de ns mesmos e da acentuada crise poltico-econmica atual nos instiga a refletir se estamos jogando a toalha ou se este apenas um jeitinho brasileiro de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e udios engraados expe um certo tipo de estratgia do brasileiro para lidar com situaes de conflito: Tira a Dilma. Tira o Acio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a cala jeans e bota um fio dental, morena voc to sensual. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. No h aquele que no se divirta com essa piada ou outra congnere; que no gargalhe diante dos diversos textos engraados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, de notrio saber que todas as classes esto conscientes da gravidade da situao e que, por conseguinte, concordam que medidas enrgicas precisam ser tomadas. A diferena est na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas. A memecrtica uma categoria de crtica social que tem causado desconforto nos polticos e membros dos poderes judicirio e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...] Por outro lado, questionar as contradies presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, no garante mudanas sociais de grande impacto. Esses manifestos e/ou crticas de formas isoladas (ou unssonas) podem, mesmo sem inteno, relegar os cidados brasileiros a um estado de inrcia, a uma condio de estado permanente de sonolncia eterna em bero esplndido. J os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaos de poder institudos ainda so os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e prticas opressoras que contribuem para o caos social. preciso o tte--tte, o dilogo crtico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um dilogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordncias, entretanto respeite a opinio divergente, sem abrir mo da tica e do respeito aos direitos humanos. (Luciano Freitas Filho Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponvel em: http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-nacrise-politica-atual/.) - Considere as avaliaes dos memes enquanto prtica social e assinale a alternativa que se apresenta coerente com o proposto pelo texto:
(UFPR - 2017 - 1 FASE) A era dos memes na crise poltica atual Seria cmico, se no fosse trgico, o estado de irreverncia do brasileiro frente crise em que o pas encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de ns mesmos e da acentuada crise poltico-econmica atual nos instiga a refletir se estamos jogando a toalha ou se este apenas um jeitinho brasileiro de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e udios engraados expe um certo tipo de estratgia do brasileiro para lidar com situaes de conflito: Tira a Dilma. Tira o Acio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a cala jeans e bota um fio dental, morena voc to sensual. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. No h aquele que no se divirta com essa piada ou outra congnere; que no gargalhe diante dos diversos textos engraados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, de notrio saber que todas as classes esto conscientes da gravidade da situao e que, por conseguinte, concordam que medidas enrgicas precisam ser tomadas. A diferena est na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas. A memecrtica uma categoria de crtica social que tem causado desconforto nos polticos e membros dos poderes judicirio e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...] Por outro lado, questionar as contradies presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, no garante mudanas sociais de grande impacto. Esses manifestos e/ou crticas de formas isoladas (ou unssonas) podem, mesmo sem inteno, relegar os cidados brasileiros a um estado de inrcia, a uma condio de estado permanente de sonolncia eterna em bero esplndido. J os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaos de poder institudos ainda so os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e prticas opressoras que contribuem para o caos social. preciso o tte--tte, o dilogo crtico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um dilogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordncias, entretanto respeite a opinio divergente, sem abrir mo da tica e do respeito aos direitos humanos. (Luciano Freitas Filho Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponvel em: http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-nacrise-politica-atual/.) Considere as afirmativas abaixo acerca dos usos de aspas presentes no texto: 1. Em Tira a Dilma, Tira o Acio, Tira o Cunha, Tira o Temer. Tira a cala jeans e bota o fio dental, morena voc to sensual, as aspas cumprem o papel de demarcar citao. 2. Em jogando a toalha, as aspas esto demarcando uma expresso idiomtica. 3. Em memecrtica, as aspas esto demarcando um deslocamento do sentido usual da palavra. 4. Em bero esplndido as aspas demarcam ironia pela via do recurso da intertextualidade. Assinale a alternativa correta.
(UFPR - 2017 - 1 FASE) Glria Pires incapaz de opinar no Oscar, Eduardo Jorge, Tapa na pantera, Luisa Marilac, Japons da federal, John Travolta confuso, diferentona, cala a boca Galvo, Nissim Ourfali, Winona Ryder em choque, e tantos outros memes e virais que costumam ser tratados como mera zoeira, simplesmente uma das mil manias derivadas da internet passaram a ser tratados como peas de museu, literalmente. Criado como um projeto do curso de Estudos de Mdia na Universidade Federal Fluminense (UFF), o Museu dos Memes leva justamente a zoeira a srio. [] ]Ainda que sejam tratados como besteira, para o criador e coordenador do museu, Viktor Chagas, os memes possuem, para alm de sua funo cmica, uma funo social basta olhar para as diversas hashtags de denncia em causas como dentro do movimento negro e feminista para entender que tal lgica possui mais desdobramentos, possibilidades e sentidos do que imaginamos em seu aspecto mais pueril. (Disponvel em: . Acesso em 29/09/17) Com base no texto B, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) A funo cmica, prpria dos memes, apresentada como atenuante da funo social, que tambm prpria deles. ( ) O autor do texto antecipa-se a uma avaliao negativa acerca dos memes e apresenta contra-argumento em relao a ela. ( ) Os exemplos de memes como peas de museu, apresentados no incio do texto, servem de sustentao ideia de paradoxo entre zoeira e seriedade. ( ) O autor apresenta a denncia em causas como a feminista e a do movimento negro para explicitar a lgica de funcionamento das hashtags. Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.
(UFPR - 2017 - 1 FASE) Texto A: A era dos memes na crise poltica atual Seria cmico, se no fosse trgico, o estado de irreverncia do brasileiro frente crise em que o pas encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de ns mesmos e da acentuada crise poltico-econmica atual nos instiga a refletir se estamos jogando a toalha ou se este apenas um jeitinho brasileiro de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e udios engraados expe um certo tipo de estratgia do brasileiro para lidar com situaes de conflito: Tira a Dilma. Tira o Acio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a cala jeans e bota um fio dental, morena voc to sensual. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. No h aquele que no se divirta com essa piada ou outra congnere; que no gargalhe diante dos diversos textos engraados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, de notrio saber que todas as classes esto conscientes da gravidade da situao e que, por conseguinte, concordam que medidas enrgicas precisam ser tomadas. A diferena est na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas. A memecrtica uma categoria de crtica social que tem causado desconforto nos polticos e membros dos poderes judicirio e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...] Por outro lado, questionar as contradies presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, no garante mudanas sociais de grande impacto. Esses manifestos e/ou crticas de formas isoladas (ou unssonas) podem, mesmo sem inteno, relegar os cidados brasileiros a um estado de inrcia, a uma condio de estado permanente de sonolncia eterna em bero esplndido. J os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaos de poder institudos ainda so os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e prticas opressoras que contribuem para o caos social. preciso o tte--tte, o dilogo crtico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um dilogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordncias, entretanto respeite a opinio divergente, sem abrir mo da tica e do respeito aos direitos humanos. (Luciano Freitas Filho Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponvel em: http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-nacrise-politica-atual/.) Texto B: Glria Pires incapaz de opinar no Oscar, Eduardo Jorge, Tapa na pantera, Luisa Marilac, Japons da federal, John Travolta confuso, diferentona, cala a boca Galvo, Nissim Ourfali, Winona Ryder em choque, e tantos outros memes e virais que costumam ser tratados como mera zoeira, simplesmente uma das mil manias derivadas da internet passaram a ser tratados como peas de museu, literalmente. Criado como um projeto do curso de Estudos de Mdia na Universidade Federal Fluminense (UFF), o Museu dos Memes leva justamente a zoeira a srio. [] ]Ainda que sejam tratados como besteira, para o criador e coordenador do museu, Viktor Chagas, os memes possuem, para alm de sua funo cmica, uma funo social basta olhar para as diversas hashtags de denncia em causas como dentro do movimento negro e feminista para entender que tal lgica possui mais desdobramentos, possibilidades e sentidos do que imaginamos em seu aspecto mais pueril. (Disponvel em: . Acesso em 29/09/17) O que distingue centralmente o texto A do texto B :
(UFPR - 2017- 1 FASE) A crise final da escravido, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistncia, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistncia escravido, o quilombo-rompimento, a tendncia dominante era a poltica do esconderijo e do segredo de guerra. Por isso, esforavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia, sua organizao interna e suas lideranas de todo tipo de inimigo, curioso ou forasteiro, inclusive, depois, os historiadores. J no modelo novo de resistncia, o quilombo abolicionista, as lideranas so muito bem conhecidas, cidados prestantes, com documentao civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente. No mais os grandes guerreiros do modelo anterior, mas um tipo novo de liderana, uma espcie de instncia de intermediao entre a comunidade de fugitivos e a sociedade envolvente. Sabemos hoje que a existncia de um quilombo inteiramente isolado foi coisa rara. Mas, no caso dos quilombos abolicionistas, os contatos com a sociedade so tantos e to essenciais que o quilombo encontra-se j internalizado, parte do jogo poltico da sociedade mais ampla. (Quilombo abolicionista cap. 1; p. 11. SILVA, Eduardo: As Camlias do Leblon e a abolio da escravatura: uma investigao de histria cultural. SP: Cia das Letras, 2003.) Com base no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
(UFPR - 2017- 1 FASE) A crise final da escravido, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistncia, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistncia escravido, o quilombo-rompimento, a tendncia dominante era a poltica do esconderijo e do segredo de guerra. Por isso, esforavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia, sua organizao interna e suas lideranas de todo tipo de inimigo, curioso ou forasteiro, inclusive, depois, os historiadores. J no modelo novo de resistncia, o quilombo abolicionista, as lideranas so muito bem conhecidas, cidados prestantes, com documentao civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente. No mais os grandes guerreiros do modelo anterior, mas um tipo novo de liderana, uma espcie de instncia de intermediao entre a comunidade de fugitivos e a sociedade envolvente. Sabemos hoje que a existncia de um quilombo inteiramente isolado foi coisa rara. Mas, no caso dos quilombos abolicionistas, os contatos com a sociedade so tantos e to essenciais que o quilombo encontra-se j internalizado, parte do jogo poltico da sociedade mais ampla. (Quilombo abolicionista cap. 1; p. 11. SILVA, Eduardo: As Camlias do Leblon e a abolio da escravatura: uma investigao de histria cultural. SP: Cia das Letras, 2003.) Assinale a alternativa em que o se apresenta a mesma funo que a do termo sublinhado na sequncia Por isso, esforavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia [...].
(UFPR - 2017- 1 FASE) A crise final da escravido, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistncia, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistncia escravido, o quilombo-rompimento, a tendncia dominante era a poltica do esconderijo e do segredo de guerra. Por isso, esforavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia, sua organizao interna e suas lideranas de todo tipo de inimigo, curioso ou forasteiro, inclusive, depois, os historiadores. J no modelo novo de resistncia, o quilombo abolicionista, as lideranas so muito bem conhecidas, cidados prestantes, com documentao civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente. No mais os grandes guerreiros do modelo anterior, mas um tipo novo de liderana, uma espcie de instncia de intermediao entre a comunidade de fugitivos e a sociedade envolvente. Sabemos hoje que a existncia de um quilombo inteiramente isolado foi coisa rara. Mas, no caso dos quilombos abolicionistas, os contatos com a sociedade so tantos e to essenciais que o quilombo encontra-se j internalizado, parte do jogo poltico da sociedade mais ampla. (Quilombo abolicionista cap. 1; p. 11. SILVA, Eduardo: As Camlias do Leblon e a abolio da escravatura: uma investigao de histria cultural. SP: Cia das Letras, 2003.) As expresses cidados prestantes e instncia de intermediao, no segundo pargrafo, podem ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrncia, respectivamente, como:
(UFPR - 2017- 1 FASE) Ol, meus queridos amigos. Tudo bem com vocs? Eu sou Felipe Castanhari. E vocs devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na Sria. Que estamos o tempo todo na tev e na internet. E eu notei que a grande maioria das pessoas no fazem ideia do que t rolando. Por que uma galera t enchendo os barcos com risco de morrer s pra sair de um pas? Mano, o que est acontecendo? Basicamente, o que t rolando ali uma guerra civil que est devastando o pas. So centenas de milhares de pessoas mortas. E tem muita gente desesperada tentando sair desta M. Pessoas que perderam suas casas, perderam suas famlias esto tentando deixar o pas a procura de uma vida decente. Mas como assim, a Sria chegou nessa situao de M.? Vamos imaginar que a Sria um grande colgio, uma grande escola. E esse colgio governado por um cara chamado Bashar al-Assad, que est comandando esse grande colgio desde 2000. Antes disso, quem comandava esse grande colgio era seu pai, um rapaz chamado Hafez alAssad. Digamos que a democracia no um conceito muito cultuado nesse colgio, porque a mesma famlia que manda naquela P. h 40 anos. S que aconteceu uma grande M. em 2011 e tudo mudou. Lembra que estamos fazendo de conta que a Sria um grande colgio, certo? Ento temos vrias turmas no ensino mdio. Cada uma delas com 30 alunos mais ou menos. Ningum gostava do diretor, do dono da escola. S que mesmo assim o pessoal ficava meio de boa. Ficava todo mundo meio que passando de ano, sabe? [...] S que em 2011 a galera de uma das salas resolveu descer pro ptio e protestar contra o diretor. Porque ele dava meio que uns privilgios s pra umas turmas. E o resto do colgio meio que se F., meio que se F. legalmentis. Ento, tinha uma galera que tava meio cansada disso e foi l pro ptio protestar. Eles foram l e fizeram um protesto pacfico. Ele chegou l e viu aquela confuso no ptio e resolveu expulsar todo mundo que tava ali protestando. [...] Meteu bala geral. [...] S que foi a que comeou a virar uma loucura, porque as prprias salas comearam a se dividir. Ento ao invs do colgio inteiro partir pra cima do diretor, eles comearam meio que formar panelinhas. E quando as panelinhas se encontravam no ptio, elas comeavam a brigar entre elas. [...] Vio, isso um P. absurdo [...]. Pessoal, vamo entender isso. As pessoas preferem arriscar suas vidas e morrer afogado no mar do que ficar l na Sria. Olha a M. que t acontecendo. [...] Alm de ter bombardeio, as pessoas de Alepo, a principal cidade do conflito da Sria, elas esto sem gua, sem comida, remdios, energia eltrica. Alepo virou um verdadeiro inferno. E a gente pode fazer um pouquinho mais do que ficar indignado. Talvez isso esteja muito longe da gente. Mas a gente aqui no Brasil tem como ajudar. Existem vrias entidades como a Unicef que esto fazendo um trabalho de socorro aos civis na Sria, especialmente as crianas, galera. A gente pode fazer doaes para essas entidades. E s vezes uma pequena quantia pra voc pode fazer uma P. diferena pruma criana l na guerra. Segundo a argumentao do texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) A analogia entre a guerra na Sria e o funcionamento de um colgio expe o atual estado de conflito interno no pas. ( ) Os riscos que os srios enfrentam, sem condies de infraestrutura bsica, sustenta o apelo ajuda humanitria. ( ) A fragmentao das faces de resistncia ao governo apresentada como a causa da distribuio de privilgios pelo governo srio entre seus aliados. ( ) Felipe Castanhari explicita seu posicionamento em relao guerra na Sria com a frase Vio, isso um P. absurdo. Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.
(UFPR - 2017- 1 FASE) Ol, meus queridos amigos. Tudo bem com vocs? Eu sou Felipe Castanhari. E vocs devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na Sria. Que estamos o tempo todo na tev e na internet. E eu notei que a grande maioria das pessoas no fazem ideia do que t rolando. Por que uma galera t enchendo os barcos com risco de morrer s pra sair de um pas? Mano, o que est acontecendo? Basicamente, o que t rolando ali uma guerra civil que est devastando o pas. So centenas de milhares de pessoas mortas. E tem muita gente desesperada tentando sair desta M. Pessoas que perderam suas casas, perderam suas famlias esto tentando deixar o pas a procura de uma vida decente. Mas como assim, a Sria chegou nessa situao de M.? Vamos imaginar que a Sria um grande colgio, uma grande escola. E esse colgio governado por um cara chamado Bashar al-Assad, que est comandando esse grande colgio desde 2000. Antes disso, quem comandava esse grande colgio era seu pai, um rapaz chamado Hafez alAssad. Digamos que a democracia no um conceito muito cultuado nesse colgio, porque a mesma famlia que manda naquela P. h 40 anos. S que aconteceu uma grande M. em 2011 e tudo mudou. Lembra que estamos fazendo de conta que a Sria um grande colgio, certo? Ento temos vrias turmas no ensino mdio. Cada uma delas com 30 alunos mais ou menos. Ningum gostava do diretor, do dono da escola. S que mesmo assim o pessoal ficava meio de boa. Ficava todo mundo meio que passando de ano, sabe? [...] S que em 2011 a galera de uma das salas resolveu descer pro ptio e protestar contra o diretor. Porque ele dava meio que uns privilgios s pra umas turmas. E o resto do colgio meio que se F., meio que se F. legalmentis. Ento, tinha uma galera que tava meio cansada disso e foi l pro ptio protestar. Eles foram l e fizeram um protesto pacfico. Ele chegou l e viu aquela confuso no ptio e resolveu expulsar todo mundo que tava ali protestando. [...] Meteu bala geral. [...] S que foi a que comeou a virar uma loucura, porque as prprias salas comearam a se dividir. Ento ao invs do colgio inteiro partir pra cima do diretor, eles comearam meio que formar panelinhas. E quando as panelinhas se encontravam no ptio, elas comeavam a brigar entre elas. [...] Vio, isso um P. absurdo [...]. Pessoal, vamo entender isso. As pessoas preferem arriscar suas vidas e morrer afogado no mar do que ficar l na Sria. Olha a M. que t acontecendo. [...] Alm de ter bombardeio, as pessoas de Alepo, a principal cidade do conflito da Sria, elas esto sem gua, sem comida, remdios, energia eltrica. Alepo virou um verdadeiro inferno. E a gente pode fazer um pouquinho mais do que ficar indignado. Talvez isso esteja muito longe da gente. Mas a gente aqui no Brasil tem como ajudar. Existem vrias entidades como a Unicef que esto fazendo um trabalho de socorro aos civis na Sria, especialmente as crianas, galera. A gente pode fazer doaes para essas entidades. E s vezes uma pequena quantia pra voc pode fazer uma P. diferena pruma criana l na guerra. Considere o trecho que vem na sequncia da fala de Castanhari. E outra coisa que voc podia fazer no apoiar pessoas de polticas do mal ou contra os refugiados da Sria. Porque no meio disso tudo tem pessoas ignorantes que dizem que os refugiados da Sria so todos terroristas. Porque no meio disso tudo, o que as pessoas precisam de pases dispostos a estender a mo para elas. Porque no meio de todo esse sofrimento, dessa guerra, de toda essa morte, a nica esperana que um refugiado tem de ter uma vida normal est nas mos de um pas vizinho disposto a estender a mo pra essa pessoa. [...] Assinale a alternativa que sintetiza o trecho em formato de discurso indireto.
(UFPR - 2017- 1 FASE) Ol, meus queridos amigos. Tudo bem com vocs? Eu sou Felipe Castanhari. E vocs devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na Sria. Que estamos o tempo todo na tev e na internet. E eu notei que a grande maioria das pessoas no fazem ideia do que t rolando. Por que uma galera t enchendo os barcos com risco de morrer s pra sair de um pas? Mano, o que est acontecendo? Basicamente, o que t rolando ali uma guerra civil que est devastando o pas. So centenas de milhares de pessoas mortas. E tem muita gente desesperada tentando sair desta M. Pessoas que perderam suas casas, perderam suas famlias esto tentando deixar o pas a procura de uma vida decente. Mas como assim, a Sria chegou nessa situao de M.? Vamos imaginar que a Sria um grande colgio, uma grande escola. E esse colgio governado por um cara chamado Bashar al-Assad, que est comandando esse grande colgio desde 2000. Antes disso, quem comandava esse grande colgio era seu pai, um rapaz chamado Hafez alAssad. Digamos que a democracia no um conceito muito cultuado nesse colgio, porque a mesma famlia que manda naquela P. h 40 anos. S que aconteceu uma grande M. em 2011 e tudo mudou. Lembra que estamos fazendo de conta que a Sria um grande colgio, certo? Ento temos vrias turmas no ensino mdio. Cada uma delas com 30 alunos mais ou menos. Ningum gostava do diretor, do dono da escola. S que mesmo assim o pessoal ficava meio de boa. Ficava todo mundo meio que passando de ano, sabe? [...] S que em 2011 a galera de uma das salas resolveu descer pro ptio e protestar contra o diretor. Porque ele dava meio que uns privilgios s pra umas turmas. E o resto do colgio meio que se F., meio que se F. legalmentis. Ento, tinha uma galera que tava meio cansada disso e foi l pro ptio protestar. Eles foram l e fizeram um protesto pacfico. Ele chegou l e viu aquela confuso no ptio e resolveu expulsar todo mundo que tava ali protestando. [...] Meteu bala geral. [...] S que foi a que comeou a virar uma loucura, porque as prprias salas comearam a se dividir. Ento ao invs do colgio inteiro partir pra cima do diretor, eles comearam meio que formar panelinhas. E quando as panelinhas se encontravam no ptio, elas comeavam a brigar entre elas. [...] Vio, isso um P. absurdo [...]. Pessoal, vamo entender isso. As pessoas preferem arriscar suas vidas e morrer afogado no mar do que ficar l na Sria. Olha a M. que t acontecendo. [...] Alm de ter bombardeio, as pessoas de Alepo, a principal cidade do conflito da Sria, elas esto sem gua, sem comida, remdios, energia eltrica. Alepo virou um verdadeiro inferno. E a gente pode fazer um pouquinho mais do que ficar indignado. Talvez isso esteja muito longe da gente. Mas a gente aqui no Brasil tem como ajudar. Existem vrias entidades como a Unicef que esto fazendo um trabalho de socorro aos civis na Sria, especialmente as crianas, galera. A gente pode fazer doaes para essas entidades. E s vezes uma pequena quantia pra voc pode fazer uma P. diferena pruma criana l na guerra. A fala do youtuber Felipe Castanhari tem caractersticas fortes da oralidade, que so diferentes das caractersticas da variante escrita da lngua. Assinale a alternativa que apresenta uma comparao correta.
(UFPR - 2017- 1 FASE) TV a Servio da Tecnologia e do Racismo Os meios de comunicao, todos eles, tm sido brao direito e esquerdo da propagao das tecnologias da estrutura racista. Isso uma verdade que se pode confirmar com absoluta facilidade em todos os veculos de comunicao disponveis, em especial a televiso. O poderoso e influente jornalista Assis Chateaubriand foi o responsvel pela primeira transmisso televisiva no Brasil, em 18 de setembro de 1950, pela TV Tupi, em So Paulo. No ano seguinte, seria a vez de o Rio de Janeiro ser contemplado com essa novssima ferramenta, viabilizada por recursos importados dos Estados Unidos. O Brasil, ento, passou a ser o quarto pas do mundo a operar esse tipo de veculo, ficando atrs apenas da Inglaterra, Frana e dos prprios Estados Unidos. O pas seguia pouco mais de meio sculo de ps-abolio. Uma ps-abolio que ora tentava se livrar das sobras humanas, cuja explorao explcita j no era mais permitida pela lei, ora se valia da fragilidade dessas sobras vivas para prosseguir com os acmulos de riqueza construda custa da explorao histrica e no reparada. [...] (Joice Beth, Le Monde Diplomatique Brasil, junho/2017, p. 38. Adaptado.) Com relao palavra sobras citada na ltima frase do texto, correto afirmar que refere:
(UFPR - 2017- 1 FASE) TV a Servio da Tecnologia e do Racismo Os meios de comunicao, todos eles, tm sido brao direito e esquerdo da propagao das tecnologias da estrutura racista. Isso uma verdade que se pode confirmar com absoluta facilidade em todos os veculos de comunicao disponveis, em especial a televiso. O poderoso e influente jornalista Assis Chateaubriand foi o responsvel pela primeira transmisso televisiva no Brasil, em 18 de setembro de 1950, pela TV Tupi, em So Paulo. No ano seguinte, seria a vez de o Rio de Janeiro ser contemplado com essa novssima ferramenta, viabilizada por recursos importados dos Estados Unidos. O Brasil, ento, passou a ser o quarto pas do mundo a operar esse tipo de veculo, ficando atrs apenas da Inglaterra, Frana e dos prprios Estados Unidos. O pas seguia pouco mais de meio sculo de ps-abolio. Uma ps-abolio que ora tentava se livrar das sobras humanas, cuja explorao explcita j no era mais permitida pela lei, ora se valia da fragilidade dessas sobras vivas para prosseguir com os acmulos de riqueza construda custa da explorao histrica e no reparada. [...] (Joice Beth, Le Monde Diplomatique Brasil, junho/2017, p. 38. Adaptado.) O pargrafo a seguir d continuidade ao texto de Joice Beth. O mito da democracia racial foi amplamente propagado, __________ sempre, nas telenovelas, negros e brancos conviviam de forma pacfica, __________ alicerou na mentalidade do sujeito negro uma aceitao inexistente da negritude, __________ essa convivncia era claramente hierarquizada, estabelecendo sem nenhum constrangimento quem era superior e mandava e quem era inferior e, __________, obedecia. Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.
(UFPR - 2017- 1 FASE) A respeito dos poemas que compem o livro ltimos Cantos (1851), do maranhense Gonalves Dias, assinale a alternativa correta.
(UFPR - 2017- 1 FASE) No romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, o narrador tece consideraes generalizantes a respeito da sociedade de sua poca, ao mesmo tempo em que narra a vida da protagonista, de sua famlia e a malandragem de Cassi Jones. A respeito de aspectos da construo de Clara ou de fatos de que ela participa, assinale a alternativa correta.
(UFPR - 2017- 1 FASE) Considere os versos da cano abaixo: Nosso amor mais gostoso Nossa saudade dura mais Nosso abrao mais apertado Ns no usa as bleque tais! O samba Nis no usa as bleque tais, composto por Adoniran Barbosa e Gianfrancesco Guarnieri, serviu de trilha sonora para a pea Eles no usam black-tie (1958). A respeito do assunto, assinale a alternativa correta.