(UFPR - 2023) A divisão oficial do Brasil em cinco Grandes Regiões foi instituída em 1967 para atender às atividades de planejamento estatal. Os critérios de regionalização consideraram características econômicas e sociais e também as divisões político-administrativas das Unidades da Federação, no sentido de que nenhum estado ou o Distrito Federal poderia ter parte de seu território classificado numa Grande Região e parte em outra.
Sobre o tema, é correto afirmar:
O Nordeste se define por ser uma região de perdas econômicas e crise social, posto que a participação percentual da região no PIB brasileiro vem declinando ao longo das últimas décadas, e os indicadores sociais nordestinos permaneceram estacionados.
Os critérios de regionalização utilizados criam algumas distorções, como se vê no caso de Minas Gerais, dado que os municípios do Triângulo Mineiro e Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentam indicadores dentro da média dos municípios do Sudeste, e os municípios do Norte mineiro apresentam indicadores dentro da média dos municípios do interior do Nordeste.
A divisão de um país continental como o Brasil em cinco regiões com milhares de municípios cada uma reflete a centralização do planejamento público sob regimes autoritários, posto que regimes democráticos utilizam divisões regionais baseadas em unidades homogêneas com dezenas de municípios.
Antes de 1967, o Sudeste e o Sul faziam parte da Região Centro-Sul, a qual foi dividida nessas duas Grandes Regiões para que o planejamento estatal pudesse atender às especificidades de municípios que se definem pela industrialização ou pelo dinamismo agropecuário.
Com a extinção da Sudam e da Sudene, essa regionalização perdeu sua funcionalidade para o planejamento, mas continua sendo utilizada por órgãos de pesquisa para a organização de dados estatísticos.