(Ufu/2004) Nos primeiros parágrafos de Urupês, Monteiro Lobato posiciona-se em relação às principais tendências da literatura brasileira. Assinale a alternativa em que a posição de Lobato é apresentada INCORRETAMENTE.
(UFU 1 fase Janeiro de 2004) No escrito publicado postumamente,Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário: Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento.. DESCARTES, René.Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6-7. Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método para a investigação da verdade, são elas:
(UFU - 2004) Leia o texto abaixo. No me desconhecido que muitos tm tido e tm a opinio de que as coisas do mundo so governadas pela fortuna e por Deus, de sorte que a prudncia dos homens no pode corrigi-las, e mesmo no lhes traz remdio algum. [...] s vezes, pensando nisso, me tenho inclinado a aceit-la. No obstante, e porque o nosso livre arbtrio no desaparea. penso poder ser verdade que a fortuna seja rbitra de metade de nossas aes. mas que. ainda assim, ela nos deixa governar quase outra metade. MAQUIAVEL. O prncipe. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 109. O pensamento apresentado acima abre caminho para o conceito de virt, qualidade indispensvel para o xito do prncipe, pois a fortuna oferece as ocasies para as aes do governante, que ter de agir com virt. Assinale a alternativa que oferece a definio de virt tal como Maquiavel a concebeu.
(UFU-MG-2004) Leia com atenção todas as instruções. a) Você vai encontrar duas situações sobre assuntos diferentes para fazer sua redação. Leia as duas situações propostas até o fim e escolha aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento. b) Dê um título para sua redação. Este título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. c) Não se esqueça de que você deverá fazer um texto expositivo ou argumentativo. d) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. e) Se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada. SITUAÇÃO A Leia o texto a seguir. Atualmente a democracia não goza de muito prestígio na América Latina. Estudo realizado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) mostra que a maior parte da população latino-americana apoiaria um governo autoritário, desde que com ele se resolvessem os problemas econômicos de seus respectivos países. Os números obtidos em pesquisa que envolveu a população de 18 nações - incluindo o Brasil - indicam que a maioria dos latino-americanos considera o desenvolvimento econômico preferível aos benefícios políticos da democracia. Julgam, além disso, que o regime democrático não resolve os problemas de seus países. O estudo indica que se frustraram as esperanças de que a instituição da democracia fosse acompanhada pela superação do desenvolvimento e das desigualdades que historicamente caracterizam a região. De fato, os índices de desemprego, os indicadores de pobreza e o desnível de renda relativos aos países latino-americanos ainda são escandalosos. A ONU estima, por exemplo, que até o ano passado 43,9% da população latino-americana vivia abaixo da linha de pobreza. Em 2002, o índice de desemprego médio regional era de 9,2%. Folha de S. Paulo, 26 de abril de 2004. Faça sua redação, apresentando argumentos para sustentar seu ponto de vista em relação à seguinte questão: Deve-se, em troca da prosperidade econômica, abrir mão da democracia? SITUAÇÃO B Leia as informações a seguir. A violência verbal intencional e repetitiva ocorre na maioria das escolas. Este problema tende a aumentar e deixar marcas tanto em quem a sofre como em quem a pratica, incluindo efeitos na vida adulta que podem abalar a vida afetiva e profissional. Desde os 8 anos de idade, o paulistano Lucas é chamado de rato. Hoje, aos 13, vê-se obrigado a suportar os professores e até mesmo o pai chamarem-no de ratão. Ninguém nunca respeitou meus pedidos. Não adiantou retrucar, xingar e brigar, reclama Lucas. Fábio, de 14 anos, passou a ser chamado de burro depois que repetiu a 6a série. Ele já havia mudado de escola uma vez, porque brigava com os colegas que o ridicularizavam por ser baixo. Não gosto de partir para a ignorância, mas é duro ser um Zé-ninguém na classe, defende-se. No ano que repeti, era excluído dos grupos de trabalho, vivia isolado, lembra. Época, 31 de maio de 2004. Em janeiro de 2003, Edmar Freitas, de 18 anos, pulou o muro de sua ex-escola e abriu fogo contra os ex-colegas. Depois de ferir sete pessoas, ele se matou. Edmar era alvo de chacota desde a infância por ser gordinho. Em fevereiro, um estudante baiano de 17 anos matou dois colegas. Detido em uma unidade da Febem, ele alegou que um deles, Farlei Almeida, o ridicularizava. Época, 31 de maio de 2004. Os textos acima exemplificam o sentimento das pessoas agredidas como também as consequências da violência verbal. Faça sua redação discorrendo sobre a responsabilidade da escola e da família em relação ao problema da violência verbal nas escolas.
(Ufu 2004) Uma das hipóteses científicas mais reconhecidas na Antropologia argumenta que a proibição do incesto estava presente na emergência da cultura, quando o homem deixou de ser apenas mais um animal social e se tornou um ser cultural, produtor de símbolos. Sobre este processo fundamental da humanidade, assinale a alternativa teórica incorreta.
(UFU - 2004) Em O ente e a essncia, Toms de Aquino argumenta sobre a existncia de Deus, refutando teses de outras doutrinas da filosofia escolstica. Com este propsito ele escreveu: Tampouco inevitvel que, se afirmarmos que Deus exclusivamente ser ou existncia, caiamos no erro daqueles que disseram que Deus aquele ser universal, em virtude do qual todas as coisas existem formalmente. Com efeito, este ser que Deus de tal condio, que nada se lhe pode adicionar. (...) Por este motivo afirma-se no comentrio nona proposio do livro Sobre as Causas, que a individuao da causa primeira, a qual puro ser, ocorre por causa da sua bondade. Assim como o ser comum em seu intelecto no inclui nenhuma adio, da mesma forma no inclui no seu intelecto qualquer preciso de adio, pois, se isto acontecesse, nada poderia ser compreendido como ser, se nele algo pudesse ser acrescentado. AQUINO, Toms. O ente e a essncia. Trad. de Luiz Joo Barana. So Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 15. Coleo Os Pensadores. Toms de Aquino est seguro de que nada se pode acrescentar a Deus, porque
(Ufu 2004) “Do arco o nome é vida e a obra é morte.” HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção “Os Pensadores”. Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir, comparado a um rio no qual “entramos e não entramos”. Assinale a alternativa que explica o fragmento mencionado acima.
(Ufu 2004) “Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos: porém, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, através do que nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposição. Por isso, tente-se ver uma vez se não progredimos melhor nas tarefas da Metafísica admitindo que os objetos têm que se regular pelo nosso conhecimento, o que assimjá concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos mesmos que deve estabelecer algo sobre os objetos antes de nos serem dados. O mesmo aconteceu com os pensamentos de Copérnico que, depois das coisas não quererem andar muito bem com a explicação dos movimentos celestes admitindo—se que todo exército de astros girava em tomo do espectador, tentou ver se não seria mais bem-sucedido se deixasse o espectador mover-se e, em contrapartida, os astros em repouso.” KANT, I. Crítica da razão pura. Prefácio à segunda edição. Trad. de Valério Rohden e UdoBaldur Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 14. (Os Pensadores) Considerando a leitura do trecho acima, podemos dizer que a revolução copernicana de Kant é
(Ufu 2004) Leia atentamente a passagem, extraída do texto O que é esclarecimento de I.Kant. “Entretanto, nada além da liberdade é necessário ao esclarecimento: na verdade, o que se requer é a mais inofensiva de todas as coisas às quais esse termo pode ser aplicado, ou seja, a liberdade de fazer uso público da própria razão a despeito de tudo [...].” ARANHA, M. L. A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. 2ª ed. São Paulo:Moderna, 1977, p. 114. Assinale a proposição verdadeira em relação ao que Kant define como “fazer uso público da própria razão”
(UFU/2004) A relação entre mito e logos pode ser ilustrada a partir do seguinte fragmento do poema Sobre a Natureza de Parmênides: e a deusa me acolheu benévola Mão direita tomou e assim dizia e me interpelava: Ó jovem, companheiro de aurigas imortais Tú que assim conduzido chega à nossa morada, Salve! Pois não foi mal destino que te mandou perlustrar Essa via (pois ela está fora da senda dos homens)... Após ler o fragmento, escolha a alternativa que melhor representa a arelação mito-logos nas origens da filosofia:
(Ufu 2004) As assertivas a seguir resumem formulações teóricas da Sociologia sobre coesão social e anomia. Leia-as e assinale a alternativa que indica as formulações corretas na tradição teórica de Émile Durkheim. I. A solidariedade mecânica, como base da coesão social, perde terreno para a solidariedade orgânica, quando aumenta a divisão social do trabalho, como se observa na transição das sociedades agrárias para as sociedades urbana-industriais. II. A solidariedade mecânica funda-se na adesão total do indivíduo ao grupo ao qual pertence, enquanto a solidariedade orgânica tem fundamento na cooperação dos indivíduos e grupos, segundo a interdependência de suas funções vitais. III. A transição da solidariedade mecânica para a orgânica impõe transformações na estrutura social, incluindo mudanças em seus fundamentos morais que, quando mal assimiladas, podem levar a estados de anomia, como se vê em alguns casos de suicídio. IV. A anomia corresponde a situações de desorganização pessoal e social decorrentes da ausência de consciência coletiva, da luta de classes e do desencantamento do mundo próprios das sociedades de consumo, formadas por hordas e clãs sem identidades.
(UFU - 2004) Leia o texto abaixo. Podemos, por conseguinte, dividir todas as percepes do esprito em duas classes ou espcies, que se distinguem por seus diferentes graus de fora e vivacidade. As menos fortes e menos vivas so geralmente denominadas pensamentos ou idias. A outra espcie () pelo termo impresso, [pelo qual] entendo, pois, todas as percepes mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos. E as impresses diferenciam-se das idias, que so as percepes menos vivas, das quais temos conscincia, quando refletimos sobre quaisquer das sensaes ou dos movimentos acima mencionados. HUME, D. Investigao acerca do entendimento humano. Trad. de Joo Paulo Gomes Monteiro. So Paulo: Nova Cultural, p. 69-70. (Os Pensadores) Para Hume, podemos afirmar que o conhecimento deve ser entendido como
(Ufu 2004) Em Émile Durkheim, a Sociologia aparece como conhecimento científico, como uma espécie de autoconsciência da sociedade. Assinale a alternativa correta que corrobora esse princípio, nos termos de suas formulações teóricas.
(UFU 2004) As ilustrações adiante representam algumas características morfológicas das angiospermas, usadas para classificá-las em monocotiledôneas e dicotiledôneas. Adaptado de Amabis, J. M. e Martho, G. R. Biologia dos organismos. São Paulo: Moderna. 2002. Assinale a alternativa que apresenta apenas características comumente encontradas nas monocotiledôneas.
(UFU - 2004) Na tradio de alguns filsofos gregos e de Hegel, Marx insere-se entre os pensadores dialticos. Sua teoria afirma que a contradio social