(Ufu 2004) “Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos: porém, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, através do que nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposição. Por isso, tente-se ver uma vez se não progredimos melhor nas tarefas da Metafísica admitindo que os objetos têm que se regular pelo nosso conhecimento, o que assim
já concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos mesmos que deve estabelecer algo sobre os objetos antes de nos serem dados. O mesmo aconteceu com os pensamentos de Copérnico que, depois das coisas não quererem andar muito bem com a explicação dos movimentos celestes admitindo—se que todo exército de astros girava em tomo do espectador, tentou ver se não seria mais bem-sucedido se deixasse o espectador mover-se e, em contrapartida, os astros em repouso.”
KANT, I. Crítica da razão pura. Prefácio à segunda edição. Trad. de Valério Rohden e Udo
Baldur Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 14. (Os Pensadores)
Considerando a leitura do trecho acima, podemos dizer que a revolução copernicana de Kant é