(UFU/2006) Considere as seguintes afirmativas a respeito da questão dos universais na Idade Média. I. A questão dos universais é a maneira como os pensadores medievais, especialmente durante o período da Escolástica, trataram relação entre as palavras e as coisas. II. Os filósofos realistas eram aqueles pensadores que consideravam os universais como entidades realmente existentes, separadas das coisas que eles designavam. III. O realismo é uma posição filosófica que, de certo modo, deriva da filosofia de Platão. Assinale a alternativa correta.
(UFU - 2006) Considere as seguintes afirmaes de Aristteles e assinale a alternativa correta. I. ... a cincia dos primeiros princpios e das primeiras causas. II. ... a cincia do ser enquanto ser. Que cincia essa ou quais cincias so essas?
(UFU - 2006) Ni uma bela cidade que vive, hoje, sob regime democrtico. No passado remoto, quando os senhores de terra e de escravos mandavam em tudo, um punhado de homens destemidos decidiu lutar para instituir na cidade o respeito s leis, perante as quais todos seriam iguais. A luta foi dura e sangrenta, resultando em perseguies e mortes. Quase todos os integrantes desse grupo rebelde foram executados; apenas um deles sobreviveu e conseguiu deixar a cidade dentro de um saco de aniagem. Os chefes militares aproveitaram-se da rebelio para dar o golpe e tomar o poder. Assim, durante duas dcadas, reinou em Ni a paz dos cemitrios. Os donos de terra tiveram de ceder parte de suas propriedades aos novos senhores, enquanto os descontentes que decerto os havia nada diziam, pois qualquer crtica ao regime provocava brutais represlias. Por isso, segundo se conta, alguns mais revoltados, na nsia de manifestar seu descontentamento, cavavam buracos no quintal de sua casa, metiam a cabea neles at o pescoo e berravam insultos e improprios contra a ditadura militar. H quem afirme que esses gritos de raiva entranhando-se no solo fizeram nascer estranhos arbustos, de folhas afiadas feito navalhas, e que dessas navalhas se valeu a populao para numa noite de trrido e sufocante vero, quando o cu ardia feito um tacho incandescente emborcado sobre Ni invadir os quartis e cortar os colhes de todos os generais e, em seguida, decapit-los com a ajuda da tropa sublevada. Parece que, no entanto, a verdade histrica outra: a rebelio teria surgido aos poucos, quando as pessoas comearam a cochichar em cozinhas e mictrios pblicos, dando incio secreta mobilizao que, de repente, como uma onda gigante (um tsunami), invadiu os quartis e as manses dos poderosos, afogando a todos. O lder rebelde, que se havia exilado e que voltara clandestinamente, foi quem encabeou a rebelio do cochicho, pois com este nome passou ela histria. Derrotada a ditadura, o lder props que se institussem na cidade eleies livres para todos os cargos de governo, dos deputados ao governador. Criaram-se os partidos, e as eleies culminaram com a vitria do lder revolucionrio. Ele, ento, deu incio a grandes mudanas com a desapropriao de parte das terras para a reforma agrria e com mais recursos para a indstria que fizeram crescer a classe operria e, com isso, surgirem sindicatos mais fortes. Emergem, ento, lderes operrios, que passam a atuar na vida poltica de Ni. Aprovou-se uma legislao que consagrava os direitos bsicos dos trabalhadores. A cidade viveu, ento, o melhor momento de sua histria, com a multiplicao de escolas, bibliotecas pblicas, hospitais, servio de saneamento e proteo ambiental. Os anos se passaram, Ni continuou a crescer e cada vez mais rapidamente, com a migrao de pessoas que at ento viviam no campo ou nas cidades vizinhas. Esse aumento inesperado da populao alterou a estrutura urbana de Ni, uma vez que, como cogumelos, se multiplicavam os casebres de zinco e papelo que foram brotando em torno da cidade at aprision-la num cinturo de misria e violncia. Logo apareceram polticos que se voltaram para essas reas pobres e nela desenvolveramuma pregao oportunista que lhes valeu muitos votos. Prometiam quela gente necessitada casas, alimentos e transporte quase de graa. Um deles conseguiu elegerse governador, mas no teve futuro, j que o que prometera era impossvel de cumprir. Pouco depois, um lder operrio, que se destacara por seu carisma, conseguiu chegar ao poder para a euforia da maior parte da populao, convencida de que, enfim, estando frente do governo um homem nascido do povo, seus problemas seriam resolvidos. Ele disse que, em seu governo, ningum passaria fome nem moraria ao relento, repetiam os seus seguidores mais ardorosos. Mas a euforia do dia da posse no durou muito: o governador revelou-se um boquirroto, que mais discursava que trabalhava. Acostumado a criticar o governo, no se deu conta de que era, ento, governo e, para o espanto de todos, clamava pela soluo dos problemas como se no fosse ele o responsvel por enfrent-los. Em face disso, o otimismo popular transformou-se, primeiro, em desencanto e, depois, em irritao e revolta, enquanto o governo, para contentar seus aliados, aumentava os gastos oficiais e escorchava o povo com novos impostos. A revolta agravou-se com a notcia de que a corrupo grassava no governo e na Cmara de Deputados. O povo enfureceu-se ainda mais porque os deputados aprovaram novos gastos em benefcio prprio. As tentativas de deter o descalabro de nada valeram, uma vez que os corruptos contavam com a complacncia de seus colegas, e o Judicirio, fazendo vista grossa, no punia ningum. S a imprensa se negava a aceitar semelhante situao, mas as denncias caam no vazio. Parecia impossvel escapar de semelhante impasse. No obstante, nestas ltimas semanas, correm boatos de que, de novo, nas cozinhas, nos mictrios pblicos e nos mercados de peixe, o povo voltou a cochichar, deixando de orelha em p os donos do poder, ainda que at agora ningum tenha pronunciado a palavra tsunami. FERREIRA GULLAR. Folha de S. Paulo de 22 de maio de 2005. Em relao ao texto, pode-se afirmar que
(UFU - 2006) Em sua teoria do conhecimento, Toms de Aquino substitui a doutrina da iluminao divina pela da abstrao, de razes aristotlicas: a nica fonte de conhecimento humano seria a realidade sensvel, pois os objetos naturais encerrariam uma forma inteligvel em potncia, que se revela, porm, no aos sentidos que s podem capt-la individualmente - mas ao intelecto. INCIO, Ins C. e LUCA, Tnia Regina de. O pensamento medieval. So Paulo: tica, 1988, p. 74. Considerando o trecho citado, assinale a alternativa verdadeira.
(UFU - 2006) O fim maior e principal para os homens unirem-se em sociedades politicas e submeterem-se a um governo a conservao de suas propriedades, ou seja, de suas vidas, liberdades e bens. Adaptado de LOCKE, John. Dois Tratados sobre o Governo. So Paulo: Martins Fontes, 1998, p.495. A autoproteo constitui a nica finalidade pela qual se garante humanidade, individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ao de qualquer um. O nico propsito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, evitar dano aos demais. Adaptado de MILL, J.Stuart. A Liberdade. So Paulo: Martins Fontes, 2000, p.17. Os trechos anteriores referem-se aos fundamentos do pensamento liberal. Sobre esse tema, assinale a alternativa que apresenta a explicao INCORRETA.
(UFU - 2006) Em relao s intensas mobilizaes polticas e sociais ocorridas nas dcadas finais do sculo XIX e no princpio do sculo XX, bem como seus desdobramentos na Europa e no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
(Ufu 2006) Um polígono circunscreve um círculo, conforme figura a seguir. Sabendo-se que AB = 4 cm, CD = 5 cm, DE = 6 cm e FA = 3 cm, então, BC - EF é igual a
(UFU - 2006) POR UNA VEZ EN LA VIDA Victor Rodriguez Gente que conoce a Cova desde hace cinco aos dice que nunca la haban visto sonrer. Cuando hay que emplear cada segundo en pensar cmo sacar adelante a cinco hijos con 445 euros 3no queda tiempo para sonrer. Pero hoy, en Pars, Cova, mujer de hechuras anchas y mirada cansada, sonre. O no sonre; se re, se parte la caja mientras 4chapotea en el agua que llega directamente del Sena a las fuentes del Trocadero. A su lado, Amador, 33 aos, ocho de ellos a la sombra, hace aguadillas a sus tres hijos y a su mujer, Gema. Se re con los ojos, con los dientes, con los brazos y con los tatuajes. Leo, de 45 aos, tambin chapotea. Y Manuela y sus cinco hijos. Y Asun. Y Carmen.Y David. Y Alberto... Y es ah, en la Plaza del Trocadero, entre manifestantes de una secta china, patinadores acrbatas, msicos callejeros y parisinos que leen novelas en un idioma que no entiende, donde Cova, Mara Covadonga Borja, a los 33 aos que cree que tiene, descubre el significado de una palabra nueva: relajarse. Es, en definitiva, la primera vez que Cova disfruta de unas vacaciones. Y como ella, la mayora de las 42 personas que han viajado a Pars de la mano del Movimiento Cuarto Mundo. Para alguno, si la cosa no cambia, tal vez sea tambin la nica. Fundada en Pars en 1957 por el sacerdote de origen polaco-espaol Joseph Wrezinski, esta ONG lleva aos trabajando por la dignidad de los ms pobres en 30 pases. Les acompaan, acuden a sus barrios, levantan las llamadas bibliotecas de calle. Y, cuando pueden, organizan unas vacaciones en el albergue de cuento de hadas a las afueras de Pars en que el movimiento tiene sede. Nunca hasta ahora lo haban hecho con familias espaolas. Es estupendo.... Alfredo Escudero, de 37 aos, es el marido de Cova. Se dira que estupendo es su palabra favorita. Gitano de tez morensima, la repite a menudo. Aunque, por lo menos hasta hace tres aos, su vida y la de los suyos, en una chabola en la que la nica agua que tenan era la que inundaba el suelo los das de lluvia, no haya tenido mucho de estupenda. Las cosas mejoraron en 2002, cuando consiguieron un realojo en un piso de Torrejn de Ardoz (Madrid) que mantienen impecable. Sobre las baldosas del saln de Cova se podra comer. Pero, aunque el da a da es ahora ms cmodo, 5Alfredo an sale a por chatarra para redondear los 445 euros que reciben de la Comunidad de Madrid. A veces, tambin les toca pedir a los vecinos o rebuscar en las cubetas. Sentado con Cova y cuatro de sus cinco hijos en el autocar, Alfredo prefiere hablar de otras cosas. 1De lo nerviosos que estn sus hijos, por ejemplo Hoy se han levantado a las siete y.... Por delante, 18 horas de viaje con las otras nueve familias que van de vacaciones con ellos y nueve de los 13 colaboradores de Cuarto Mundo que les acompaan. Que por qu nos vamos a Francia. 2Jean Venard pertenece a Cuarto Mundo desde hace 20 aos. Casado con otra voluntaria permanente de la organizacin (en total, son unos 350 por todo el mundo; se dedican al movimiento a tiempo completo y cobran el salario mnimo interprofesional del pas en que estn), ha vivido en Francia, en Burkina Faso y en Espaa. Pues porque vivir en la pobreza cansa mucho. Significa no saber qu dars de comer a tus hijos despus del da 15 de cada mes. Tener que decir no a muchas cosas que te piden. No poder vivir cosas sencillas como los dems. No poder vestir como los dems. Ir a buscar trabajo y escuchar que no. Y al final del da tanto no cansa. La gente se merece vacaciones. Mery sur Oise es un pequeo pueblo a 30 kilmetros de Pars. Es tan tranquilo que ni siquiera hay una tienda para comprar el pan. All est la sede de Cuarto Mundo. Entre pinos, membrillos, ciruelos y lirios naranjas asoman casas rsticas de piedra con vigas de madera y tejas cuadradas: una biblioteca, una capilla, un taller... Pero el edificio ms grande es el albergue de tres plantas. Tiene 80 camas. Y es ah donde se alojan las familias de vacaciones. Esto es estupendo, repite una vez ms Alfredo mientras mira por la ventana abuhardillada de la habitacin 102. Dos camas de madera, sbanas de algodn, mantita de lana, suelo alicatado, ducha con mampara... Habiendo sido una de las cinco o seis ltimas personas en salir del Pozo del Huevo, no le hace falta el Sheraton para sentirse un pach. Tras un generoso plato de alubias, la tarde transcurre entre conversacin, tazas de caf, juegos y el solaz en el csped. Unas vacaciones, vaya. Pero es el da siguiente, domingo, el da D del viaje. Con la camiseta que han estado preparando en las ltimas semanas, los 42 turistas vuelven al autocar. Destino, al fin, la Ciudad de la Luz. El Mundo, 07 de agosto de 2005 Marque a alternativa em que o verbo QUEDAR apresenta o mesmo sentido que no fragmento [...] no QUEDA tiempo para sonrer. (ref. 3)
(UFU - 2006 - ADAPTADA) H bilhes de anos, as rochas da crosta terrestre vm sofrendo um contnuo processo de formao e transformao. Atualmente possvel identificar grandes conjuntos de estruturas geolgicas. Sobre tais estruturas da Terra, assinale a alternativa correta.