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(UFU - 2014)Entre os anos de 1789 e 1801, as autor

(UFU - 2014) Entre os anos de 1789 e 1801, as autoridades de Lisboa viram-se diante de problemas sem precedentes. De várias regiões da sua colônia americana chegavam notícias de desafeição ao Trono, o que era sobremaneira grave. A preocupante novidade residia no fato de que os objetos das manifestações de desagrado, frequentes desde os primeiros séculos da colonização, deslocava-se, nitidamente, de aspectos particulares de ações do governo para o plano mais geral da organização do Estado. O que se percebe, agora, nos transbordamentos da fronteira da legalidade estrita, é que a própria forma de organização do poder se torna o alvo das críticas, e a sua substituição por outra afirma-se como o objetivo que move os homens.

JANCSÓ, István. “A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII”. In: SOUZA, Laura de Mello e. História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.388-389 (adaptado)

Ao analisar os eventos ocorridos na América portuguesa no final do século XVIII, os historiadores buscam integrá-los ao quadro geral de transformações pelas quais passava o Império luso. Assim as “desafeições ao Trono”

A

representavam a luta dos nacionais pela criação de um estado independente, da mesma maneira que havia ocorrido com os países hispânicos no começo do século XVIII.

B

apresentavam-se como um combate pela transformação social da colônia, via abolição da escravidão e privilégios de nascimentos, manifestada na Inconfidência Mineira (1789).

C

voltavam-se contra as reformas pombalinas que visaram modernizar a colônia, por meio da expulsão dos jesuítas e separação entre a Igreja e o Estado brasileiro.

D

simbolizavam a crise do Antigo Regime na periferia do sistema atlântico, decorrente do amadurecimento do capitalismo internacional e do advento das ideias iluministas.