(UFU - 2017 - 2ª FASE)
I
[...] E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate.
II
[...] resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material.
III
[...] Fui correndo vestida de rosa – mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil – fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval.
IV
[...] E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.
V
E as máscaras? Eu tinha medo mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara.
A) Levando-se em conta os excertos I, II, III e IV, e considerando a leitura de “Restos de Carnaval”, explique, em um parágrafo, a simbologia da rosa nesse conto.
B) Nesse conto de Clarice Lispector, a narradora vive algumas experiências relacionadas ao medo. Levando-se em conta o excerto V, e considerando a leitura de “Restos de Carnaval”, explique, em um parágrafo, o que representa, para a narradora, o medo diante da máscara.