(UNB/PAS - 2019 - 2ª ETAPA)
Texto I
Nesta sexta-feira (15/3/2019), a adolescente Greta Thunberg vai repetir a mesma atividade que tem feito todas as sextas desde agosto do ano passado: faltar propositalmente às aulas em sua escola, em Estocolmo, e sentar em uma praça em frente ao Parlamento da Suécia para protestar por medidas concretas dos políticos contra as mudanças climáticas. Dessa vez, porém, a garota de 16 anos estará acompanhada de outros estudantes do mundo inteiro: sua greve escolar semanal deve ser repetida em mais de 2 mil eventos de 123 países — no Brasil, 20 cidades têm protestos agendados.
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Apesar de ser criticada por faltar às aulas uma vez por semana para protestar, Greta defende que seu movimento também faz parte de sua formação. “Meus professores na escola me contaram que existiam as mudanças climáticas e o aquecimento global, e que ele é causado pelos humanos e o nosso comportamento. Achei que era muito estranho, porque se fosse algo tão grande que ameaçasse nossa existência, então seria nossa primeira prioridade, não estaríamos falando sobre qualquer outra coisa.”
“Poucos adultos estão escutando”, diz adolescente indicada ao Nobel que criou uma greve global pelo clima. Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
Texto II
Entrevistador: Malala, falando sobre inspirar pessoas: você vai viajar o mundo como Mensageira da Paz da ONU. Como você pretende inspirar jovens, especialmente aqueles que, pela região onde vivem, sentem que não há esperança, que não existe razão para ir à escola?
Malala: Como tenho feito no último ano, visitei vários países como Líbano e Jordânia. Conheci meninas sírias refugiadas; conversei com garotas na Nigéria. E vou continuar fazendo isso nesse cargo de Mensageira da Paz; estarei em países diferentes conhecendo meninas maravilhosas e inspiradoras. Vou fazer questão de dizer que a voz delas é importante; que isso pode mudar o mundo. Eu comecei falando no Vale do Swat e agora vocês podem ver que a voz de uma criança é mais poderosa do que as armas dos terroristas. É isso que elas precisam entender, todas as crianças, que sua opinião é importante para o mundo. E você não precisa esperar crescer, você pode contribuir agora com a mudança.
Entrevista de Malala Yousafzai à ONU News. Internet: <www.news.un.org> (com adaptações).
Texto III
Sempre se questionou se o ativismo digital, chamado pejorativamente de “ativismo de sofá”, pode ou não ser considerado ativismo. Como explica Radmann, “do ponto de vista de como a democracia foi pensada: todo o tipo de participação é válida; qualquer atitude ajuda a transformar a realidade social”. E mesmo aqueles que preferem o engajamento presencial também se utilizam das redes sociais para a organização de ações políticas.
Internet: <www.reporterunesp.jor.br> (com adaptações).
Texto IV
A Internet não é apenas um meio de divulgação e informação. É, sobretudo, um veículo para a articulação entre pessoas e instituições. Para a maioria dos ciberativistas, as mobilizações on-line e off-line precisam de retroalimentação. Iniciativas de investigação, denúncia e confronto, que podem ser desenvolvidas no mundo virtual, precisam ser levadas ao plano dos acontecimentos físicos para mudar realidades.
Internet: <www.estadao.com.br> (com adaptações).
Texto V
Considerando que os textos precedentes têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a contribuição da juventude em ações de ativismo no meio virtual e “nas ruas”.