(UNESP - 2012/2 - 2a fase -Questo 9) Texto 1 2012 comea sob a vibrao positiva de uma Lua crescente em ries logo no dia 1.. ries o signo que tem tudo a ver com o incio de algo e traz muita garra, coragem e esperana. Ainda na primeira semana, Mercrio, das comunicaes, forma um aspecto harmonioso com Saturno e Netuno, evidenciando um momento de descobertas, dilogo e de primeiros passos coletivos na consolidao de um sonho ou projeto comum, de muitos povos e sociedades. Acordos internacionais e negociaes de paz podem ser feitos em um momento feliz e que promete bom desenvolvimento. (Barbara Abramo. Cu de janeiro de 2012. http://horoscopo.uol.com.br, 01.01.2012.) Texto 2 O Ir lanou ontem msseis de cruzeiro melhorados, que podem ameaar navios americanos, durante um exerccio naval que simula o fechamento do estreito de Hormuz por onde passa cerca de um sexto da produo de petrleo mundial. O mssil Ghader (capaz, em farsi) foi desenvolvido com o objetivo de atacar navios de guerra e proteger o litoral do pas. Duas unidades foram disparadas ontem da costa iraniana em um teste. (Ir testa mssil que ameaa frota dos EUA. Folha de S.Paulo, 03.01.2012.) Os dois textos, publicados no incio de 2012, apresentam incompatibilidade lgica entre as formas pelas quais abordam a realidade. Responda quais so os pressupostos ou pontos de vista assumidos por cada um deles e explique os motivos dessa incompatibilidade.
(UNESP - 2012- 2 fase) A cincia moderna tem maior poder explicativo, permite previses mais seguras e assegura tecnologias e aplicaes mais eficazes. No h dvida de que a explicao cientfica sobre a natureza da chuva comporta usos que a explicao indgena no comporta, como facilitar prognsticos meteorolgicos ou a instalao de sistemas de irrigao. Para a cincia moderna, a Lua um satlite que descreve uma rbita elptica em torno da Terra, cuja distncia mnima do nosso planeta cerca de 360 mil quilmetros, e que tem raio de 1736 quilmetros. Para os gregos, era Selene, filha de Hyprion, irm de Hlios, amante de Endymion e Pan, e percorria o cu numa carruagem de prata. Tenho mais simpatia pela explicao dos gregos, mas devo reconhecer que a teoria moderna permite prever os eclipses da Lua e at desembarcar na Lua, faanha dificilmente concebvel para uma cultura que continuasse aceitando a explicao mitolgica. Os astronautas da NASA encontraram na superfcie do nosso satlite as montanhas observadas por Galileu, mas no encontraram nem Selene nem sua carruagem de prata. Para o bem ou para o mal as teorias cientficas modernas so vlidas, o que no ocorre com as teorias alternativas. (Srgio Paulo Rouanet, filsofo brasileiro, 1993. Adaptado.) Cite o nome dos dois diferentes tipos de conhecimento comentados no texto e explique duas diferenas entre eles.
(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 10) Vigora entre educadores e intelectuais brasileiros uma correta e justificvel ojeriza s ditaduras de direita. Infelizmente, o mesmo vigor no encontrado quando se trata de ditaduras de esquerda. As notcias de perseguies, prises, greves de fome, fuzilamentos e fugas envolvendo opositores s duras ditaduras esquerdistas so ignoradas. Quando fica impossvel deixar de falar a respeito, so comuns alegaes de que h exagero da imprensa ou, pior, sugestes de que os dissidentes so egostas que, em nome do individualismo, ameaam um regime que deveria servir de exemplo. So as velhas tticas de questionar a liberdade de imprensa quando as notcias so desfavorveis e de desmerecer o opositor, em vez de enfrentar as opinies contrrias com argumentos. (Janana Conceio Paschoal. Cuba uma grande Guantnamo. Folha de S.Paulo, 14.02.2012.) O texto descreve um conflito de natureza ideolgica. Apresente uma definio que seja adequada para o conceito de ideologia, tal como ele empregado pela autora, e comente uma diferena bsica entre uma ideologia de direita e uma ideologia de esquerda.
(UNESP - 2012- 2 fase) Leia os textos. Texto 1 Segundo Descartes, a realidade dividida em duas vertentes claramente distintas e irredutveis uma outra: a res cogitans (substncia pensante) no que se refere ao mundo espiritual e a res extensa (substncia material) no que concerne ao mundo material. No existem realidades intermedirias. A fora dessa proposio devastadora, sobretudo em relao s concepes de matriz animista, segundo as quais tudo era permeado de esprito e vida e com as quais eram explicadas as conexes entre os fenmenos e sua natureza mais recndita. No h graus intermedirios entre a res cogitans e a res extensa. A exemplo do mundo fsico em geral, tanto o corpo humano como o reino animal devem encontrar explicao suficiente no mundo da mecnica, fora e contra qualquer doutrina mgico-ocultista. (Giovanni Reale e Dario Antiseri. Histria da filosofia, 1990. Adaptado.) Texto 2 Se voc, do nada, comear a sentir enjoo, mal-estar, queda de presso, sensao de desmaio ou dores pelo corpo, pode ter se conectado a energias ruins. Caso decida procurar um mdico, ele possivelmente ter dificuldade para achar a origem do mal e pode at fazer um diagnstico errado. Nessa hora, voc pode rezar e pedir ajuda espiritual. Se no conseguir, procure um centro esprita e faa a sua renovao energtica. Pode ser que encontre dificuldades para chegar l, pois, no primeiro momento, seu mal-estar poder at se intensificar. No entanto, se ficar firme e persistir, tudo desaparecer como em um passe de mgica e voc voltar ao normal. (Zibia Gasparetto. http://mdemulher.abril.com.br. Adaptado.) A recomendao apresentada por Zibia Gasparetto sobre a cura espiritual compatvel com as concepes cartesianas descritas no primeiro texto? Explique a compatibilidade ou a incompatibilidade entre ambas as concepes, tendo em vista o mecanicismo cartesiano e a diferena entre substncia espiritual e substncia material.
(UNESP - 2012/2 -2a fase - Questo 11) As freiras da Congregao das Pequenas Irms da Sagrada Famlia, de Cascavel (PR) e, em particular, a Irm Kelly Favareto, podero aparecer com os vus que cobrem cotidianamente suas cabeas na foto da Carteira Nacional de Habilitao (CNH). A deciso da Justia Federal, que aceitou recurso da Irm contra a Resoluo do Conselho Nacional de Trnsito que probe, por razes de segurana, que na foto da CNH o condutor aparea usando culos, bons, gorros, chapus ou qualquer outro item que cubra parte do rosto ou cabea, dificultando sua identificao. Eu s ando de vu, que um sinal de consagrao a Deus, no um acessrio que posso tirar quando quiser, alegou a Irm. (Evandro Fadel. Freira ganha direito de usar hbito na foto da CNH. O Estado de S.Paulo, 10.02.2012. Adaptado.) Comente o significado filosfico do fato noticiado, abordando a relao entre indivduo e Estado, e explique a relao entre esse fato e o movimento filosfico iluminista do sculo XVIII.
(UNESP - 2012- 2 fase) O homem o lobo do homem uma das frases mais repetidas por aqueles que se referem a Hobbes. Essa mxima aparece coroada por uma outra, menos citada, mas igualmente importante: guerra de todos contra todos. Ambas so fundamentais como sntese do que Hobbes pensa a respeito do estado natural em que vivem os homens. O estado de natureza o modo de ser que caracterizaria o homem antes de seu ingresso no estado social. O altrusmo no seria, portanto, natural. No estado de natureza o recurso violncia generaliza-se, cada qual elaborando novos meios de destruio do prximo, com o que a vida se torna solitria, pobre, srdida, embrutecida e curta, na qual cada um lobo para o outro, em guerra de todos contra todos. Os homens no vivem em cooperao natural, como fazem as abelhas e as formigas. O acordo entre elas natural; entre os homens, s pode ser artificial. Nesse sentido, os homens so levados a estabelecer contratos entre si. Para o autor do Leviat, o contrato estabelecido unicamente entre os membros do grupo, que, entre si, concordam em renunciar a seu direito a tudo para entreg-lo a um soberano capaz de promover a paz. No submetido a nenhuma lei, o soberano absoluto a prpria fonte legisladora. A obedincia a ele deve ser total. (Joo Paulo Monteiro. Os Pensadores, 2000.) Caracterize a diferena entre estado de natureza e vida social, segundo o texto, e explique por que a atribuda a Hobbes a concepo poltica de um absolutismo sem teologia.
(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 12) De certo modo, a primeira fonte de ruptura com o antropocentrismo se encontra na teoria heliocntrica de Nicolau Coprnico, a assim chamada revoluo copernicana. A segunda grande ruptura provocada pelo que se poderia chamar, em analogia com a primeira, de revoluo darwiniana, resultado da obra de Charles Darwin, A origem das espcies pela seleo natural, onde este formula sua famosa teoria da evoluo das espcies. (Danilo Marcondes. Iniciao histria da filosofia, 2001. Adaptado.) A partir do texto, explique o significado do termo antropocentrismo e descreva por que as obras de Coprnico e de Darwin so apresentadas como momentos de ruptura com essa centralidade.
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Aedo e adivinho tm em comum um mesmo dom de vidncia, privilgio que tiveram de pagar pelo preo dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisvel. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espcie de revelao, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua viso particular age sobre as partes do tempo inacessveis s criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda no . (Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.) O texto refere-se cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Leia os dois textos. Texto 1 O livro de lngua portuguesa Por uma Vida Melhor, adotado pelo Ministrio da Educao (MEC), contm alguns erros gramaticais. Ns pega o peixe ou os menino pega o peixe so dois exemplos de erros. Na avaliao dos autores do livro, o uso da lngua popular, ainda que contendo erros, vlido. Os escritores tambm ressaltam que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer preconceito lingustico. A autora Heloisa Ramos justifica o contedo da obra. O importante chamar a ateno para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da lngua deve ser substituda pela ideia de uso da lngua adequado e inadequado, dependendo da situao comunicativa. (www.opiniaoenoticia.com.br. Adaptado.) Texto 2 Ningum de bom-senso discorda de que a expresso popular tem validade como forma de comunicao. S que preciso que se reconhea que a lngua culta rene infinitamente mais qualidades e valores. Ela a nica que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das cincias. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, no apresenta vocabulrio nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver ideias de maior complexidade to caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, bvio que no cabe s escolas ensin-la. (Evanildo Bechara. Veja, 01.06.2011. Adaptado.) Assinale a alternativa correta acerca da relao entre linguagem popular e norma culta.
(UNESP - 2012 - 1a Fase)Leia o trecho da entrevista com um mdico epidemiologista. Folha No contraditrio um epidemiologista questionar o conceito de risco? Luis David Castiel Tem tambm um lado opressivo que me incomoda. Uma dimenso moralista, que rotula as pessoas que se expem ao risco como displicentes e que, portanto, merecem ser punidas [pela doena], se acontecer o evento ao qual esto se expondo. Estamos merc dessa prescrio constante que a gente tem que seguir. Na hora em que voc traz para perto a ameaa, tem que fazer uma gesto cotidiana dela. No h como, voc teria que controlar todos os riscos possveis e os impossveis de se imaginar. a riscofobia. Folha H um meio do caminho entre a fobia e o autocuidado? Luis David Castiel A pessoa tem que puxar o freio de emergncia quando achar necessrio, decidir at que ponto vai conseguir acompanhar todos os ditames da sade. () Na sade, a vigilncia constante, o excesso de exames criou uma nova categoria: a pessoa no est doente, mas no saudvel. Est sob risco. (Folha de S.Paulo, 11.04.2011. Adaptado.) Assinale a alternativa que contempla adequadamente a opinio do mdico, sob o ponto de vista filosfico.
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Texto 1 A proibio do vu islmico, que cobre todo o rosto, aprovada pelo Senado francs, um passo certo. Essa proibio no tem nada a ver com intolerncia ou mesmo cerceamento da liberdade de praticar uma religio. O vu integral, seja o niqab ou a burca, um obstculo de primeira ordem integrao, que no pode ser tolerado em uma sociedade europeia aberta. O vu integral no parte da liberdade religiosa, mas apenas instrumento da tradio, usado para privar as mulheres de suas personalidades e autonomia. A separao entre a Igreja e o Estado, na Europa, uma grande conquista do Iluminismo. (Bernd Riegert. Deutsche Welle. Adaptado.) Texto 2 H algo de profundamente cnico na lei francesa que probe mulheres de portar indumentrias como a burca e o niqab. Primeiro, essa lei nada tem a ver com a laicidade do Estado. Na verdade, o Estado laico aquele indiferente religiosidade da sociedade. Tal distncia significa duas coisas: as leis no sero influenciadas pela religio e o Estado no legisla sobre prticas e costumes religiosos. No entanto, no cabe ao Estado dizer que uma roupa signo de opresso. At porque a opresso algo que s pode ser enunciado na primeira pessoa do singular (Eu me sinto oprimido), e no na terceira pessoa (Voc est oprimido, mesmo que no saiba ou no tenha coragem de dizer. Vim libert-lo). (Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, 26.04.2011. Adaptado.) Da leitura dos textos, pode-se inferir corretamente que: