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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UNESP - 2012 - 1a Fase)Texto 1A proibio do vu isl

(UNESP - 2012 - 1a Fase)

Texto 1

A proibição do véu islâmico, que cobre todo o rosto, aprovada pelo Senado francês, é um passo certo. Essa proibição não tem nada a ver com intolerância ou mesmo cerceamento da liberdade de praticar uma religião. O véu integral, seja o niqab ou a burca, é um obstáculo de primeira ordem à integração, que não pode ser tolerado em uma sociedade europeia aberta. O véu integral não é parte da liberdade religiosa, mas apenas instrumento da tradição, usado para privar as mulheres de suas personalidades e autonomia. A separação entre a Igreja e o Estado, na Europa, é uma grande conquista do Iluminismo.

(Bernd Riegert. Deutsche Welle. Adaptado.)

Texto 2

Há algo de profundamente cínico na lei francesa que proíbe mulheres de portar indumentárias como a burca e o niqab. Primeiro, essa lei nada tem a ver com a laicidade do Estado. Na verdade, o Estado laico é aquele indiferente à religiosidade da sociedade. Tal distância significa duas coisas: as leis não serão influenciadas pela religião e o Estado não legisla sobre práticas e costumes religiosos. No entanto, não cabe ao Estado dizer que uma roupa é signo de opressão. Até porque a opressão é algo que só pode ser enunciado na primeira pessoa do singular (“Eu me sinto oprimido”), e não na terceira pessoa (“Você está oprimido, mesmo que não saiba ou não tenha coragem de dizer. Vim libertá-lo”).

(Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, 26.04.2011. Adaptado.)

 

Da leitura dos textos, pode-se inferir corretamente que:

A

Os dois autores recorrem a argumentos de natureza religiosa para abordar o tema da proibição da burca na França.

B

Os dois textos condenam a separação entre Estado e religião na sociedade burguesa.

C

Embora expressem pontos de vista opostos, os dois textos apoiam-se em argumentos de natureza liberal.

D

Para os dois autores, o tema da proibição da burca é exclusivamente jurídico.

E

Os dois autores consideram a proibição da burca um ato autoritário por parte do Estado.