(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 01 a 05 tomam por base uma passagem do livro A vrgula, do fillogo Celso Pedro Luft (1921-1995). A vrgula no vestibular de portugus Mas, esta, no suficiente. Porque, as respostas, no satisfazem. E por isso, surgem as guerras. E muitas vezes, ele no se adapta ao meio em que vive. Pois, o homem um ser social. Muitos porm, se esquecem que... A sociedade deve pois, lutar pela justia social. Que que voc acha de quem virgula assim? Voc vai dizer que no aprendeu nada de pontuao quem semeia assim as vrgulas. Nem poder dizer outra coisa. Ou no lhe ensinaram, ou ensinaram e ele no aprendeu. O certo que ele se formou no curso secundrio. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vrgula um objeto no identificado, para ele. Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legio. Amanh sero doutores, e a vrgula continuar sendo um objeto no identificado. Sim, porque os trs ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestbulo... Com vrgula ou sem vrgula. Que a vrgula, convenhamos, at que um obstculo meio frgil, um risquinho. Objeto no identificado? No, objeto invisvel a olho nu. Pode passar despercebido at a muito olho de lince de examinador... A vrgula, ora, direis, a vrgula... Mas justamente essa mida coisa, esse risquinho, que maior informao nos d sobre as qualidades do ensino da lngua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da lngua: a frase, sua estrutura, composio e decomposio. Da virgulao que se pode depreender a conscincia, o grau de conscincia que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expresso, do ir-e-vir do raciocnio, das hesitaes, das interpenetraes de ideias, das sequncias e interdependncias, e, linguisticamente, da frase e sua constituio. As vrgulas erradas, ao contrrio, retratam a confuso mental, a indisciplina do esprito, o mau domnio das ideias e do fraseado. Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuao. E sempre ficou clara a relao entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual. Concluso que tirei: os exerccios de pontuao constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lgicas e equilibradas. Quem ensina ou estuda a sintaxe que a teoria da frase (ou o tratado da construo, como diziam os gramticos antigos) forosamente acaba na importncia das pausas, cortes, incidncias, nexos, etc., elementos que vo se espelhar na pontuao, quando a mensagem escrita. Pontuar bem ter viso clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem governar as rdeas da frase. Pontuar bem ter ordem, no pensar e na expresso. Sim, porque os trs ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestbulo... Nesta passagem, Celso Pedro Luft sugere, com algum deboche, que:
(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 1) [...] tudo que os renascentistas pretendiam era assumir a condio humana at seus limites, at as ltimas consequncias. Nem Deus e nem o demnio; todo o desafio consistia em ser absolutamente, radicalmente humano, apenas humano. (Nicolau Sevcenko. O Renascimento, 1985.) Explique a caracterizao que o texto faz do Renascimento e d exemplo de uma obra artstica em que tal inteno se manifeste.
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Uma campanha alegre, IX H muitos anos que a poltica em Portugal apresenta este singular estado: Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder no sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianas, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas s outras, pelo ar, num rumor de risos. Quando quatro ou cinco daqueles homens esto no Poder, esses homens so, segundo a opinio, e os dizeres de todos os outros que l no esto os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a runa do Pas! Os outros, os que no esto no Poder, so, segundo a sua prpria opinio e os seus jornais os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pblica, os amigos do povo, e os interesses do Pas. Mas, coisa notvel! os cinco que esto no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a runa do Pas, durante o maior tempo possvel! E os que no esto no Poder movem-se, conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem os verdadeiros liberais, e os interesses do Pas! At que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designao herdada de esbanjadores da Fazenda e runa do Pas; em tanto que os que caram do Poder se resignam, cheios de fel e de tdio a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do Pas. Ora como todos os ministros so tirados deste grupo de doze ou quinze indivduos, no h nenhum deles que no tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e runa do Pas... No h nenhum que no tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demisso, pelas acusaes mais graves e pelas votaes mais hostis... No h nenhum que no tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas pblicas pela Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas incriminaes da opinio, pela afirmativa constitucional do poder moderador... E todavia sero estes doze ou quinze indivduos os que continuaro dirigindo o Pas, neste caminho em que ele vai, feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** to triunfante! (*) Pela: bola. (**) Chouto: trote mido. (Ea de Queirs. Obras. Porto: Lello Irmo-Editores, [s.d.].) Considere as frases com relao ao que se afirma na crnica de Ea de Queirs: I. Os que esto no poder no querem sair e os que no esto querem entrar. II. Quando um partido tico est no poder, tudo fica melhor. III. Os governantes so bons e ticos, mas vivem a trocar acusaes infundadas. IV. Os polticos que esto fora do poder julgam-se os melhores eticamente para governar. As frases que representam a opinio do cronista esto contidas apenas em:
(UNESP - 2012- 2 fase) O artista holands Albert Eckhout (c.1610- c.1666) esteve no Brasil entre 1637 e 1644, na comitiva de Maurcio de Nassau. A tela foi pintada nesse perodo e pode ser considerada exemplar da forma como muitos viajantes europeus representaram os ndios que aqui viviam. Identifique e analise dois elementos da imagem que expressem esse olhar europeu sobre o Brasil.
(UNESP - 2012/2 - 2a fase -Questo 2) A questo social um caso de polcia esta frase, atribuda a Washington Lus, presidente da Repblica de 1926 at a sua deposio em 1930, geralmente apontada como o sintoma de como as questes relativas ao trabalho (a questo social) eram descuidadas pelo Estado durante o perodo da chamada Repblica Velha (1889-1930). E, de fato, a questo social era um caso de polcia. (Kazumi Munakata. A legislao trabalhista no Brasil, 1981.) Explique a frase final do texto, exemplificando-a, e indique a principal alterao que ocorreu no tratamento da questo social pelo Estado, aps 1930.
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Uma campanha alegre, IX H muitos anos que a poltica em Portugal apresenta este singular estado: Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder no sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianas, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas s outras, pelo ar, num rumor de risos. Quando quatro ou cinco daqueles homens esto no Poder, esses homens so, segundo a opinio, e os dizeres de todos os outros que l no esto os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a runa do Pas! Os outros, os que no esto no Poder, so, segundo a sua prpria opinio e os seus jornais os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pblica, os amigos do povo, e os interesses do Pas. Mas, coisa notvel! os cinco que esto no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a runa do Pas, durante o maior tempo possvel! E os que no esto no Poder movem-se, conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem os verdadeiros liberais, e os interesses do Pas! At que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designao herdada de esbanjadores da Fazenda e runa do Pas; em tanto que os que caram do Poder se resignam, cheios de fel e de tdio a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do Pas. Ora como todos os ministros so tirados deste grupo de doze ou quinze indivduos, no h nenhum deles que no tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e runa do Pas... No h nenhum que no tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demisso, pelas acusaes mais graves e pelas votaes mais hostis... No h nenhum que no tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas pblicas pela Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas incriminaes da opinio, pela afirmativa constitucional do poder moderador... E todavia sero estes doze ou quinze indivduos os que continuaro dirigindo o Pas, neste caminho em que ele vai, feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** to triunfante! (*) Pela: bola. (**) Chouto: trote mido. (Ea de Queirs. Obras. Porto: Lello Irmo-Editores, [s.d.].) Em... cheios de fel e de tdio... Nesta passagem do sexto pargrafo, o cronista se utiliza figuradamente da palavra fel para significar
(UNESP - 2012- 2 fase) Noite aps noite, quando tudo est tranquilo E a lua se esconde por trs da colina, Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo. Com machado, lana e fuzil! Oh! meus valentes cortadores! Os que com golpes fortes As mquinas de cortar destroem. Oh! meus valentes cortadores! (...). (Cano popular inglesa do incio do sculo XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que Taylorismo, 1986.) A cano menciona os quebradores de mquinas, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras dcadas da industrializao. Alguns historiadores os consideram rebeldes ingnuos, enquanto outros os veem como revolucionrios conscientes. Justifique as duas interpretaes acerca do movimento.
(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 01 a 05 tomam por base uma passagem do livro A vrgula, do fillogo Celso Pedro Luft (1921-1995). A vrgula no vestibular de portugus Mas, esta, no suficiente. Porque, as respostas, no satisfazem. E por isso, surgem as guerras. E muitas vezes, ele no se adapta ao meio em que vive. Pois, o homem um ser social. Muitos porm, se esquecem que... A sociedade deve pois, lutar pela justia social. Que que voc acha de quem virgula assim? Voc vai dizer que no aprendeu nada de pontuao quem semeia assim as vrgulas. Nem poder dizer outra coisa. Ou no lhe ensinaram, ou ensinaram e ele no aprendeu. O certo que ele se formou no curso secundrio. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vrgula um objeto no identificado, para ele. Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legio. Amanh sero doutores, e a vrgula continuar sendo um objeto no identificado. Sim, porque os trs ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestbulo... Com vrgula ou sem vrgula. Que a vrgula, convenhamos, at que um obstculo meio frgil, um risquinho. Objeto no identificado? No, objeto invisvel a olho nu. Pode passar despercebido at a muito olho de lince de examinador... A vrgula, ora, direis, a vrgula... Mas justamente essa mida coisa, esse risquinho, que maior informao nos d sobre as qualidades do ensino da lngua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da lngua: a frase, sua estrutura, composio e decomposio. Da virgulao que se pode depreender a conscincia, o grau de conscincia que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expresso, do ir-e-vir do raciocnio, das hesitaes, das interpenetraes de ideias, das sequncias e interdependncias, e, linguisticamente, da frase e sua constituio. As vrgulas erradas, ao contrrio, retratam a confuso mental, a indisciplina do esprito, o mau domnio das ideias e do fraseado. Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuao. E sempre ficou clara a relao entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual. Concluso que tirei: os exerccios de pontuao constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lgicas e equilibradas. Quem ensina ou estuda a sintaxe que a teoria da frase (ou o tratado da construo, como diziam os gramticos antigos) forosamente acaba na importncia das pausas, cortes, incidncias, nexos, etc., elementos que vo se espelhar na pontuao, quando a mensagem escrita. Pontuar bem ter viso clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem governar as rdeas da frase. Pontuar bem ter ordem, no pensar e na expresso. (UNESP - 2012/2 - 1a fase) As frases abaixo correspondem a tentativas de corrigir o erro de virgulao apontado por Celso Pedro Luft na srie de exemplos que apresenta. I. Porque as respostas no satisfazem. II. E, muitas vezes, ele no se adapta ao meio em que vive. III. Pois o homem , um ser social. IV. A sociedade deve, pois, lutar pela justia social. As frases em que o problema de virgulao foi resolvido adequadamente esto contidas apenas em:
(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 3) Analise a charge, publicada originalmente em 17.05.1963, e identifique como ela representa as dificuldades enfrentadas pelo governo Joo Goulart em seu projeto de reformas sociais.
(UNESP - 2012- 2 fase) Nunca houve um ano como 1968 e improvvel que volte a haver. Numa ocasio em que naes e culturas ainda eram separadas e muito diferentes e, em 1968, Polnia, Frana, Estados Unidos e Mxico eram muito mais diferentes um do outro do que so hoje ocorreu uma combusto espontnea de espritos rebeldes no mundo inteiro. (Mark Kurlansky. 1968 O ano que abalou o mundo, 2005.) Indique dois movimentos de espritos rebeldes ocorridos em 1968 e identifique, em cada um deles, o carter espontneo mencionado no texto.
(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 01 a 05 tomam por base uma passagem do livro A vrgula, do fillogo Celso Pedro Luft (1921-1995). A vrgula no vestibular de portugus Mas, esta, no suficiente. Porque, as respostas, no satisfazem. E por isso, surgem as guerras. E muitas vezes, ele no se adapta ao meio em que vive. Pois, o homem um ser social. Muitos porm, se esquecem que... A sociedade deve pois, lutar pela justia social. Que que voc acha de quem virgula assim? Voc vai dizer que no aprendeu nada de pontuao quem semeia assim as vrgulas. Nem poder dizer outra coisa. Ou no lhe ensinaram, ou ensinaram e ele no aprendeu. O certo que ele se formou no curso secundrio. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vrgula um objeto no identificado, para ele. Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legio. Amanh sero doutores, e a vrgula continuar sendo um objeto no identificado. Sim, porque os trs ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestbulo... Com vrgula ou sem vrgula. Que a vrgula, convenhamos, at que um obstculo meio frgil, um risquinho. Objeto no identificado? No, objeto invisvel a olho nu. Pode passar despercebido at a muito olho de lince de examinador... A vrgula, ora, direis, a vrgula... Mas justamente essa mida coisa, esse risquinho, que maior informao nos d sobre as qualidades do ensino da lngua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da lngua: a frase, sua estrutura, composio e decomposio. Da virgulao que se pode depreender a conscincia, o grau de conscincia que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expresso, do ir-e-vir do raciocnio, das hesitaes, das interpenetraes de ideias, das sequncias e interdependncias, e, linguisticamente, da frase e sua constituio. As vrgulas erradas, ao contrrio, retratam a confuso mental, a indisciplina do esprito, o mau domnio das ideias e do fraseado. Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuao. E sempre ficou clara a relao entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual. Concluso que tirei: os exerccios de pontuao constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lgicas e equilibradas. Quem ensina ou estuda a sintaxe que a teoria da frase (ou o tratado da construo, como diziam os gramticos antigos) forosamente acaba na importncia das pausas, cortes, incidncias, nexos, etc., elementos que vo se espelhar na pontuao, quando a mensagem escrita. Pontuar bem ter viso clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem governar as rdeas da frase. Pontuar bem ter ordem, no pensar e na expresso. As vrgulas erradas, ao contrrio, retratam a confuso mental, a indisciplina do esprito, o mau domnio das ideias e do fraseado. As quatro palavras destacadas nesta frase, se substitudas, na ordem adequada, pelas palavras da relao abaixo, produzem outra frase, de sentido oposto: I. disciplina. II. organizao. III. bom. IV. corretas. Aponte a alternativa que indica a ordem em que se deve fazer a substituio:
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Uma campanha alegre, IX H muitos anos que a poltica em Portugal apresenta este singular estado: Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder no sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianas, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas s outras, pelo ar, num rumor de risos. Quando quatro ou cinco daqueles homens esto no Poder, esses homens so, segundo a opinio, e os dizeres de todos os outros que l no esto os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a runa do Pas! Os outros, os que no esto no Poder, so, segundo a sua prpria opinio e os seus jornais os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pblica, os amigos do povo, e os interesses do Pas. Mas, coisa notvel! os cinco que esto no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a runa do Pas, durante o maior tempo possvel! E os que no esto no Poder movem-se, conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem os verdadeiros liberais, e os interesses do Pas! At que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designao herdada de esbanjadores da Fazenda e runa do Pas; em tanto que os que caram do Poder se resignam, cheios de fel e de tdio a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do Pas. Ora como todos os ministros so tirados deste grupo de doze ou quinze indivduos, no h nenhum deles que no tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e runa do Pas... No h nenhum que no tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demisso, pelas acusaes mais graves e pelas votaes mais hostis... No h nenhum que no tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas pblicas pela Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas incriminaes da opinio, pela afirmativa constitucional do poder moderador... E todavia sero estes doze ou quinze indivduos os que continuaro dirigindo o Pas, neste caminho em que ele vai, feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** to triunfante! (*) Pela: bola. (**) Chouto: trote mido. (Ea de Queirs. Obras. Porto: Lello Irmo-Editores, [s.d.].) Considerando que o ltimo pargrafo do fragmento representa uma ironia do cronista, seu significado contextual :
(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 01 a 05 tomam por base uma passagem do livro A vrgula, do fillogo Celso Pedro Luft (1921-1995). A vrgula no vestibular de portugus Mas, esta, no suficiente. Porque, as respostas, no satisfazem. E por isso, surgem as guerras. E muitas vezes, ele no se adapta ao meio em que vive. Pois, o homem um ser social. Muitos porm, se esquecem que... A sociedade deve pois, lutar pela justia social. Que que voc acha de quem virgula assim? Voc vai dizer que no aprendeu nada de pontuao quem semeia assim as vrgulas. Nem poder dizer outra coisa. Ou no lhe ensinaram, ou ensinaram e ele no aprendeu. O certo que ele se formou no curso secundrio. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vrgula um objeto no identificado, para ele. Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legio. Amanh sero doutores, e a vrgula continuar sendo um objeto no identificado. Sim, porque os trs ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestbulo... Com vrgula ou sem vrgula. Que a vrgula, convenhamos, at que um obstculo meio frgil, um risquinho. Objeto no identificado? No, objeto invisvel a olho nu. Pode passar despercebido at a muito olho de lince de examinador... A vrgula, ora, direis, a vrgula... Mas justamente essa mida coisa, esse risquinho, que maior informao nos d sobre as qualidades do ensino da lngua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da lngua: a frase, sua estrutura, composio e decomposio. Da virgulao que se pode depreender a conscincia, o grau de conscincia que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expresso, do ir-e-vir do raciocnio, das hesitaes, das interpenetraes de ideias, das sequncias e interdependncias, e, linguisticamente, da frase e sua constituio. As vrgulas erradas, ao contrrio, retratam a confuso mental, a indisciplina do esprito, o mau domnio das ideias e do fraseado. Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuao. E sempre ficou clara a relao entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual. Concluso que tirei: os exerccios de pontuao constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lgicas e equilibradas. Quem ensina ou estuda a sintaxe que a teoria da frase (ou o tratado da construo, como diziam os gramticos antigos) forosamente acaba na importncia das pausas, cortes, incidncias, nexos, etc., elementos que vo se espelhar na pontuao, quando a mensagem escrita. Pontuar bem ter viso clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem governar as rdeas da frase. Pontuar bem ter ordem, no pensar e na expresso. Amanh sero doutores, e a vrgula continuar sendo um objeto no identificado. Com base nesta previso, o autor acredita que:
(UNESP - 2012/2 - 2a fase -Questo 4) Em fevereiro de 2012, uma operao naval britnica no Atlntico Sul gerou tenses diplomticas entre Argentina e Reino Unido. O episdio ocorreu s vsperas do trigsimo aniversrio do incio da Guerra das Malvinas. Identifique dois motivos que provocaram tal guerra e a relacione com o regime militar que ento controlava a Argentina.
(UNESP - 2012 - 1a Fase) Uma campanha alegre, IX H muitos anos que a poltica em Portugal apresenta este singular estado: Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder no sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianas, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas s outras, pelo ar, num rumor de risos. Quando quatro ou cinco daqueles homens esto no Poder, esses homens so, segundo a opinio, e os dizeres de todos os outros que l no esto os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a runa do Pas! Os outros, os que no esto no Poder, so, segundo a sua prpria opinio e os seus jornais os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pblica, os amigos do povo, e os interesses do Pas. Mas, coisa notvel! os cinco que esto no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a runa do Pas, durante o maior tempo possvel! E os que no esto no Poder movem-se, conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem os verdadeiros liberais, e os interesses do Pas! At que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designao herdada de esbanjadores da Fazenda e runa do Pas; em tanto que os que caram do Poder se resignam, cheios de fel e de tdio a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do Pas. Ora como todos os ministros so tirados deste grupo de doze ou quinze indivduos, no h nenhum deles que no tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e runa do Pas... No h nenhum que no tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demisso, pelas acusaes mais graves e pelas votaes mais hostis... No h nenhum que no tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas pblicas pela Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas incriminaes da opinio, pela afirmativa constitucional do poder moderador... E todavia sero estes doze ou quinze indivduos os que continuaro dirigindo o Pas, neste caminho em que ele vai, feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** to triunfante! (*) Pela: bola. (**) Chouto: trote mido. (Ea de Queirs. Obras. Porto: Lello Irmo-Editores, [s.d.].) Em No h nenhum que no tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demisso, pelas acusaes mais graves e pelas votaes mais hostis... Com esta frase, o cronista afirma que