(UNESP - 2016 - 1a fase) Nenhum dos filmes que vi, e me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoievski ou os mecanismos da vida social como os livros de Tolsti e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistir no ser humano, como me ensinaram as sagas literrias de um Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou um Proust. As fices apresentadas nas telas so intensas por seu imediatismo e efmeras por seus resultados. Prendem-nos e nos desencarceram quase de imediato, mas das fices literrias nos tornamos prisioneiros pela vida toda. Ao menos o que acontece comigo, porque, sem elas, para o bem ou para o mal, eu no seria como sou, no acreditaria no que acredito nem teria as dvidas e as certezas que me fazem viver. Mario Vargas Llosa. Dinossauros em tempos difceis. www.valinor.com.br. O Estado de S. Paulo, 1996. Adaptado. Segundo o autor, sobre cinema e literatura correto afirmar que
(UNESP - 2016/2 - 2 FASE) A discusso sobre a relao arte-sociedade levou a duas atitudes filosficas opostas: a que afirma que a arte s arte se for pura, isto , se no estiver preocupada com as circunstncias histricas, sociais, econmicas e polticas. Trata-se da defesa da arte pela arte. A outra afirma que o valor da obra de arte decorre de seu compromisso crtico diante das circunstncias presentes. Trata-se da arte engajada, na qual o artista toma posio diante de sua sociedade, lutando para transform-la e melhor-la, e para conscientizar as pessoas sobre as injustias e as opresses do presente. (Marilena Chau. Convite Filosofia, 1994.) Considerando o conceito de indstria cultural formulado pelos filsofos Adorno e Horkheimer, explique as modificaes ocorridas na relao entre arte e sociedade quando comparadas com a concepo purista da arte pela arte e com a concepo engajada.